Sandro Mabel

político brasileiro

Sandro Antonio Scodro ComMM (Ribeirão Preto, 31 de dezembro de 1958), conhecido como Sandro Mabel, é um administrador e político brasileiro filiado ao União Brasil.[2] Atualmente é prefeito eleito de Goiânia com 55,33% dos votos, 353.518. Também foi deputado federal durante quatro mandatos e deputado estadual por Goiás, Onde também recebeu mandato de busca e apreensão pela polícia federal na operação tokens envolvendo fraudes no ibama.

Sandro Mabel
Sandro Mabel
Sandro Mabel
33.° Prefeito de Goiânia
Eleito(a)
Período A partir de 1º de janeiro de 2025
Vice-prefeita Coronel Cláudia
Antecessor(a) Rogério Cruz
Deputado federal por Goiás
Período 1º de fevereiro de 2003
até 1º de fevereiro de 2015
(3 mandatos consecutivos)
Período 1º de fevereiro de 1995
até 1º de fevereiro de 1999
Deputado estadual de Goiás
Período 1º de fevereiro de 1991
até 1º de janeiro de 1995
Dados pessoais
Nome completo Sandro Antonio Scodro
Nascimento 31 de dezembro de 1958 (65 anos)
Ribeirão Preto, SP
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Maria Luiza Scodro
Pai: Nestore Scodro
Alma mater Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Cônjuge Cláudia Marques Scodro
Partido PMDB (1986–1999)
PFL (1999–2003)
PL (2003–2006)
PR (2006–2011)
MDB (2011–2021)
Republicanos (2022-2024)
UNIÃO (2024–presente)
Profissão administrador, político

Atuação parlamentar

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Em 1997, como deputado federal, Mabel foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]

Foi relator do substitutivo da PEC 74-A que altera o Sistema Tributário Nacional, que realiza a Reforma Tributária Brasileira. O trabalho foi desenvolvido para simplificar a tributação do país e redistribuir a arrecadação entre União, Estados e Municípios, desconcentrando o dinheiro público das mãos da União. O projeto não foi votado por falta de vontade política.

É autor do PL 4330 de 2004 que, segundo os defensores da proposta, tem como objetivo proteger ainda mais os trabalhadores terceirizados. No entanto o projeto divide opiniões, pois enseja a terceirização de quaisquer atividades das empresas, ao não definir o que seria atividade fim e atividade meio[3] e esvazia a responsabilidade da contratante, quanto a eventuais inadimplências da prestadora de serviços em relação aos seus empregados. Além de liberar a terceirização nas atividades essenciais da empresa, acaba com a responsabilidade solidária da contratante. Desse modo, se a terceirizada não arcar com as obrigações trabalhistas, a tomadora de serviços pode não ter qualquer responsabilidade pelos trabalhadores que prestavam serviço a ela e nem ser cobrada na Justiça.[4]

As centrais sindicais e movimentos sociais afrontaram diretamente a proposta, chegando a interromper sua votação em 3 de setembro de 2013.[5] Os órgãos patronais que representam os setores ligados ao capital industrial, do qual o deputado é representante, e agrário defendem o projeto em busca de tornar as empresas mais competitivas e de se elidirem dos encargos trabalhistas. Segundo Souto Maior, especialista em direito trabalhista da Universidade de São Paulo o projeto (4330/04) vem preconizar que terceirização 'é técnica moderna de administração do trabalho’, mas de fato, representa uma estratégia de destruição da classe trabalhadora, de inviabilização do antagonismo de classe, servindo ao aumento da exploração do trabalhador, que se vê reduzido à condição de coisa invisível.[6]

Em dezembro de 2024, o TRE-GO pediu a cassação de Mabel e de sua vice, Coronel Cláudia. O pedido seria relacionado a uma condenação do governador Ronaldo Caiado. Segundo a decisão proferida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, Caiado usou a sede de seu governo, o Palácio das Esmeraldas, para realizar eventos de campanha para Mabel, que era seu candidato em Goiânia. A cassação foi justificada porque Mabel e Cláudia teriam sido beneficiados pelos episódios. Os eventos em questão tratam-se de jantares com lideranças políticas que ocorreram entre sete e nove de outubro, logo após o primeiro turno do pleito.[7]

Denúncias de corrupção

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O ex-deputado é suspeito de cobrar propina da Odebrecht em troca da liberação de uma obra, segundo inquérito autorizado pelo ministro o STF Edson Fachin, e cujos valores chegaram a dez milhões de reais. Os delatores da Odebrecht (atual Novonor) relataram terem destinado pagamento um total de 50 milhões de reais a um grupo de quatro parlamentares para auxiliarem a Odebrecht e Andrade Gutierrez a vencerem a licitação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio e aparar arestas com o governo federal. Um dos nome era o de Mabel, que recebeu 10 milhões de reais; os outros eram o então deputado Eduardo Cunha (20 milhões de reais), o senador Romero Jucá (dez milhões de reais), e o deputado Arlindo Chinaglia, na época o presidente da Câmara dos Deputados (dez milhões de reais). Os valores seriam pagos pelas duas construtoras, de acordo com sua fatia no consórcio que ganhou a licitação. [8]

Atuação na sociedade civil

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Foi reeleito Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás - FIEG para o período 2023-2026. [9]. Desenvolve e apoia projetos humanitários como associado do Rotary Club de Goiânia desde 1984.[10]

Desempenho eleitoral

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Ano Eleição Partido Cargo Votos % Resultado Ref
1990 Estaduais em Goiás PMDB Deputado estadual 12.037 n/d Eleito
1992 Municipal de Goiânia Prefeito 55.019 45,31% Não eleito
1994 Estaduais em Goiás Deputado federal 61.735 4,94% Eleito
2002 Estaduais em Goiás PFL 147.387 5,65% Eleito
2006 Estaduais em Goiás PL 108.629 3,83% Eleito
2010 Estaduais em Goiás PR 148.687 5,15% Eleito
2024 Municipal de Goiânia UNIÃO Prefeito 190.278 27,66%

(1º Turno)

Eleito [11][12]
353.518 55,53%

(2º Turno)

Notas


Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 31 de março de 1997.
  2. Entrelinhas. «Caiado filia ex-deputado Sandro Mabel ao União Brasil e o lança como candidato em Goiânia». Gazeta do Povo. Consultado em 4 de abril de 2024 
  3. Pedrosa, Leyberson (7 de agosto de 2013). «Saiba o que é o PL 4330/2004, que trata da terceirização no Brasil». EBC 
  4. Ciaffone, Andréa (5 de setembro de 2013). «Terceirizado ganha 27% menos e sofre mais». Diário do Grande ABC. Consultado em 10 de fevereiro de 2014 
  5. SILVA, Juliana C. (4 de setembro de 2013). «Protestos e violência na Câmara dos Deputados adiam votação do PL 4330». GGN. Consultado em 10 de setembro de 2015 
  6. Batista, Caê (21 de agosto de 2013). «Um retrato da terceirização e os perigos do PL 4330/04 que pode abrir portas para a privatização». CSP-Conlutas. Consultado em 10 de fevereiro de 2015 
  7. «Justiça Eleitoral condena Caiado por abuso de poder político e cassa seu aliado eleito em Goiânia». O Globo. 11 de dezembro de 2024. Consultado em 11 de dezembro de 2024 
  8. «Delação da Odebrecht: Arlindo Chinaglia é suspeito de cobrar propina para liberar obra». G1. Globo. 12 de abril de 2017. Consultado em 17 de abril de 2017 
  9. https://fieg.com.br/noticia-sandro-mabel-e-reeleito-presidente-da-federacao-das-industrias-do-estado-de-goias
  10. «Sandro Mabel | ABROL». Consultado em 9 de novembro de 2024 
  11. «Carla Zambelli - Políticos do Brasil». Poder360. Consultado em 8 de outubro de 2022 
  12. «No 2º turno, Goiânia (GO) elege Mabel para prefeito». Justiça Eleitoral. Consultado em 28 de outubro de 2024 

Ligações externas

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