Sangue-de-dragão
Sangue de dragão (quando em preparados farmacêuticos sanguis draconis) é uma resina vermelha, brilhante, obtida a partir da seiva de algumas espécies dos géneros botânicos Croton, Dracaena, Daemonorops, Pterocarpus e Calamus, sendo na antiguidade em geral obtida a partir da espécie Dracaena draco (o dragoeiro).[1] Esta resina vermelha foi usada desde a Antiguidade Clássica europeia como verniz e pigmento vermelho em pintura artística e como aditivo em preparados de medicina tradicional, produção de incenso e como pigmento em tinturaria.[2] Embora de forma restrita, continua a ser empregue para esses propósitos.
No Brasil
editarA seiva extraída da Croton lechleri e da Croton urucurana é usada por alguns povos amazônicos no Brasil, Peru, Bolivia e Equador como cicatrizante e anti-inflamatório, utilizado como uma forma de bandagem líquida.[3]
Lista de espécies produtoras de «sangue-de-dragão»
editar- Calamus rotang L.
- Croton draconoides Müll. Arg.
- Croton draco Schltdl. & Cham.
- Croton lechleri Müll. Arg.
- Croton palanostigma
- Croton urucurana Baill.
- Croton xalapensis Kunth
- Daemonorops draco Blume
- Daemonorops didymophylla Becc.
- Daemonorops micranthus Becc.
- Daemonorops motleyi Becc.
- Daemonorops rubra (Reinw. ex Blume) Mart.
- Daemonorops propinquus Becc.
- Dracaena cinnabari Balf.f.
- Dracaena cochinchinensis Hort. ex Baker
- Dracaena draco (L.) L.
- Pterocarpus officinalis Jacq.
Referências
editar- ↑ Safety data for mercuric sulphide
- ↑ De Hamel, Christopher. Scribes and Illuminators.Medieval Craftsmen series. Toronto: U Toronto P,1992. Print. 62.
- ↑ Miller, Mark J. S.; Vergnolle, Nathalie; McKnight, Webb; Musah, Rabi A.; Davison, Cathy A.; Trentacosti, Ann Marie; Thompson, Jane H.; Sandoval, Manuel; Wallace, John L. (1 de setembro de 2001). «Inhibition of Neurogenic Inflammation by the Amazonian Herbal Medicine Sangre de Grado». Journal of Investigative Dermatology (em inglês) (3): 725–730. ISSN 0022-202X. PMID 11564183. doi:10.1046/j.0022-202x.2001.01446.x. Consultado em 27 de janeiro de 2023
Bibliografia
editar- Casson, L. 1989. The Periplus Maris Erythraei (em inglês). Princeton University Press. Especialmente pp. 69, 169-170.
- Jean H. Langenheim (2003). Plant Resins: Chemistry, Evolution, Ecology, and Ethnobotany (em inglês). [S.l.]: Timber Press Inc. ISBN 0-88192-574-8
- Schafer, E. H. 1963. The Golden Peaches of Samarkand: A study of T'ang Exotics (em inglês). University of California Press. Primera edición, 1985, p. 211.
- Schoff, Wilfred H. 1912. The Periplus of the Erythraean Sea (em inglês). Longmans, Green, and Co., New York, Second Edition. Reprint: New Delhi, Oriental Books Reprint Corporation. 1974. (Una edición de pasta dura nueva está disponible en Coronet Books Inc. También reimpresa por South Asia Books, 1995, ISBN 81-215-0699-9).
- Catherine Yronwode (2002). The Lucky Mojo Curio Co., Forestville, CA, ed. Hoodoo Herb & Root Magic (em inglês). [S.l.: s.n.] ISBN 0-9719612-0-4