Santana de Parnaíba
Santana de Parnaíba é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na Zona Oeste da Região Metropolitana de São Paulo.[5] Fundada por Susana Dias em 1580, nas adjacências do Rio Tietê, é uma das cidades mais antigas do estado e do Brasil, sendo berço das expedições e do Bandeirante Domingos Jorge Velho e o cientista Warwick Estevam Kerr, e considerada um patrimônio histórico do Brasil devido à sua rica história, arquitetura colonial, cultura e conjunto arquitetônico preservado.[6]
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Patriam feci magnam "Fiz grande a Pátria" | ||
Gentílico | parnaibano | ||
Localização | |||
Localização de Santana de Parnaíba em São Paulo | |||
Localização de Santana de Parnaíba no Brasil | |||
Mapa de Santana de Parnaíba | |||
Coordenadas | 23° 26′ 38″ S, 46° 55′ 04″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Região metropolitana | São Paulo | ||
Municípios limítrofes | Pirapora do Bom Jesus, Cajamar (N), São Paulo, (L) Barueri, (S) Itapevi (NO), Araçariguama (O). | ||
Distância até a capital | 42 km[1] | ||
História | |||
Fundação | 14 de novembro de 1580 (444 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Antônio Marcos Batista Pereira (Republicanos, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 179,949 km² | ||
População total (Estimativa IBGE/2021[2]) | 145 073 hab. | ||
Densidade | 806,2 hab./km² | ||
Clima | subtropical (Cwa) | ||
Altitude | 719 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 06500-000 até 06549-999 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,814 — muito alto | ||
PIB (IBGE/2021[4]) | R$ 11 544 903,483 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[4]) | R$ 79 579,96 | ||
Sítio | santanadeparnaiba.sp.gov.br (Prefeitura) camarasantanadeparnaiba.sp.gov.br (Câmara) |
Santana de Parnaíba e seu Centro Histórico são conhecidos pela sua arquitetura colonial portuguesa, com casas, sobrados, casarões, igrejas e monumentos históricos (muitos dos quais erguidos a taipa de pilão e pau a pique)[7] que datam do século XVII até o século XIX, e a cidade possui o único conjunto arquitetônico de origem colonial preservado da região metropolitana e um dos maiores do estado.[6][8] Sua riqueza e diversidade de construções coloniais garantiram-lhe reconhecimento por parte do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que tombaram o Centro Histórico, com suas mais de 209 dificações.[7][9]
Santana de Parnaíba é um importante polo turístico, atraindo turismo em diferentes áreas, principalmente o turismo histórico e religioso, e devido às suas festas tradicionais, tais quais o Carnaval, Drama da Paixão, o segundo maior do país, o Encontro de Antigomobilismo, a Festa do Cururuquara e o Natal de Luz, que recebe 100 mil visitantes.[7]
História
editarEm 1580, Susana Dias, neta do cacique Tibiriçá, juntamente com seu filho, Capitão André Fernandes, fundou uma fazenda à beira do Rio Anhembi (atual Rio Tietê), a oeste de São Paulo, próximo à cachoeira denominada pelos indígenas como "Parnaíba" (lugar de muitas ilhas).
Em 1610, o Capitão-Mor da Capitania de São Vicente Gaspar Conqueiro concedeu uma Sesmaria a Belchior da Costa, em terras vizinhas às de Susana Dias [10]. Devido a sua posição estratégica no vale do Rio Tietê, tornou-se ponto de partida das bandeiras que seguiam rumo ao Oeste Paulista e ao Mato Grosso. Em 1625, o povoado foi elevado à condição de vila.
No século XVIII, a vila entrou em decadência devido ao fim das bandeiras. O isolamento geográfico da vila, provocado pelas quedas de água do Rio Tietê e pelo relevo acidentado de seu território, fizeram com que a vila não figurasse nas rotas de comércio e colonização que ligavam São Paulo às nascentes cidades de Jundiaí, Sorocaba e Itu.
Em 1901, a Usina Hidrelétrica Edgard de Sousa foi inaugurada no Rio Tietê, mas não foi suficiente para revitalizar a cidade, que perdeu grande parte dos seus territórios para seus antigos distritos de Cajamar, Pirapora do Bom Jesus e Barueri ao longo do século XX.
A partir da década de 1980, o município voltou a ganhar dinamismo econômico, com a melhoria das ligações rodoviárias com o restante da Grande São Paulo e com o impulso provocado pela implantação de diversos condomínios residenciais, notadamente Alphaville.
Geografia
editarClima
editarO clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão quente e chuvoso. Inverno relativamente frio e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 20Cº, sendo o mês mais frio julho (média de 12°C) e o mais quente fevereiro (média de 23°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1382 mm.
Gráfico climático para Santana de Parnaíba | |||||||||||
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J | F | M | A | M | J | J | A | S | O | N | D |
241
27
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222
27
18
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156
27
17
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82
25
15
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64
23
13
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59
21
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42
21
11
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44
23
12
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74
23
13
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127
24
14
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128
25
16
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142
26
17
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Temperaturas em °C • Precipitações em mm Fonte: Canal do Tempo |
Meio ambiente
editarO município conta com uma política de preservação ambiental, conforme legislação em vigor, que tem proporcionado a criação e a manutenção de áreas de valor ecológico e ambiental, assim como a defesa e a preservação da fauna e da flora.[11][12]
O sistema de esgoto serve a 71,8% das residências, e a arborização em vias públicas alcança 58,4% dos domicílios.[13]
Demografia
editarSegundo o IBGE, em 2021 a população estimada de Santana de Parnaíba era de 145 073 habitantes, com densidade demográfica de 806,2 habitantes/km². No censo de 2010, a população era de 108 813 habitantes, com densidade demográfica de 604,74 habitantes/km².[2]
Política e administração
editarA administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.[14] O primeiro a governar o município foi José Pedroso de Oliveira Pinto, que ficou no cargo de intendente em 1897.[15]
Economia
editarA economia de Santana de Parnaíba é ligada ao setor de serviços e comércio, notadamente na região de Alphaville.
A atividade industrial está localizada nos bairros da Fazendinha e Tamboré.
O turismo vem se desenvolvendo na cidade, auxiliado pelo conjunto colonial do centro histórico.
Estrutura urbana
editarComunicações
editarA cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[16], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[17], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[18] para suas operações de telefonia fixa.
O data center da Telefônica/Vivo foi inaugurado em 2012 no bairro de Tamboré, em um prédio de 33,6 mil metros quadrados, e abriga as operações de telefonia fixa e móvel da empresa no Brasil.[19][20]
Rodovias
editar- Estrada dos Romeiros (SP-312)
- Estrada Ecoturística do Suru
- Estrada Tenente Marques
- Rodovia Castelo Branco (SP-280)
- Rodoanel Mário Covas (SP-021)
Faz parte do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI)[21] e é uma das 39 cidades que integram a Região Imediata de São Paulo que, por sua vez, é uma das duas regiões imediatas que formam a Região Intermediária de São Paulo.
Cultura
editarTurismo
editarO conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas dos séculos XVII e XVIII, destacando-se a Igreja Matriz de Sant'Ana. Trata-se do maior conjunto colonial existente no estado de São Paulo.
No Circuito dos Alambiques é possível conhecer o processo de fabricação da cachaça artesanal.
A cidade promove festas populares que atraem um grande número de turistas, como o carnaval da cidade, que é muito conhecido e atrai pessoas de várias regiões, e a Festa do Cururuquara.
Anualmente, é promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo do município o espetáculo teatral do Drama da Paixão de Cristo reconhecido nacionalmente. A peça é encenada às margens do Rio Tietê, nas proximidades da Barragem Edgard de Sousa por atores da própria cidade.
Além disso, a cidade recebe uma das maiores manifestações religiosas do Estado de São Paulo, a festa de Corpus Christi. Podendo ser considerada um dos principais atrativos turísticos e mais tradicionais eventos culturais do município, a festa, realizada desde os anos 1960, é caracterizada pela confecção de tapetes de pó de serra colorido, pó de café, casca de ovos, etc.
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Coreto praça da Matriz.
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Centro Histórico.
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Arruamento de paralelepípedo.
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Casário de taipa de pilão
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Conjunto arquitetônico
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Vista panorâmica de Santana de Parnaíba
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Praça
Samba Bumbo
editarO samba de bumbo é um samba típico do estado de São Paulo, sendo de grande relevância na cidade. Devido à sua importância histórica, social e cultural, é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de São Paulo e Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).[22]
Bens tombados
editar- Capela Nossa Senhora da Conceição, Morro do Voturuna (1687)
- Museu Histórico e Pedagógico Casa do Anhanguera, Praça da Matriz, 9 (início do século XVIII)
- Casa da Cultura Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo, Sobrado do Anhanguera, Praça da Matriz, 19 e 25 (século XVIII)
- Morro do Voturuna, na Estrada Capela Velha
- Figueira Centenária, entre a ponte sobre o Rio Tietê e o Centro Histórico
- Morro do Major
- Capela do Suru, na Estrada do Suru
Feriados
editarO calendário do município prevê os seguinte feriados:[24][25]
Nome | Data | Observação |
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Sexta-feira da Paixão | Sexta-feira que antecede o domingo de Páscoa[26] | A Sexta-feira Santa é o dia em que é celebrado a morte de Jesus Cristo. |
Corpus Christi | Celebrada anualmente 60 dias depois da Páscoa[27] | Festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia. |
Santa Ana | 26 de julho | Padroeira do município.[28] |
Aniversário de Santana de Parnaíba | 14 de novembro | Data da fundação da cidade. |
A Páscoa é uma festa religiosa móvel que costuma acontecer entre 22 de março e 25 de abril.
Ver também
editarReferências
- ↑ «Distâncias entre a cidade de São Paulo e todas as cidades do interior paulista». Consultado em 28 de janeiro de 2011
- ↑ a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2021). «Santana de Parnaíba». Consultado em 19 de abril de 2022
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de julho de 2013 Parâmetro desconhecido
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ignorado (ajuda) - ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 16 de julho de 2024
- ↑ «Lei Complementar nº 1.139, de 16 de junho de 2015/ 2011». Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 1 de fevereiro de 2017
- ↑ a b «Parnaíba comemora 39 anos de tombamento do Centro Histórico e lançará livro sobre sua arquitetura». Prefeitura de Santana de Parnaíba. Consultado em 17 de julho de 2024
- ↑ a b c «Centro histórico de Santana de Parnaíba preserva casas coloniais tombadas». Folha de S.Paulo. 18 de agosto de 2019. Consultado em 17 de julho de 2024
- ↑ «Turismo: Santana de Parnaíba concorre ao principal prêmio da área». Vero. 25 de abril de 2023. Consultado em 17 de julho de 2024
- ↑ «Centro Histórico de Santana de Parnaíba». Condephaat. Consultado em 17 de julho de 2024
- ↑ Documentos do Archivo de Estado de São Paulo (1921). Sesmarias 1602-1642. São Paulo: Typographia Piratininga. p. 86
- ↑ «Política de Meio Ambiente» (PDF). Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. Consultado em 12 de agosto de 2019
- ↑ «Lei Nº 2823, DE 18 de setembro de 2007, institui o Código Ambiental de Santana de Parnaíba». Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. Consultado em 12 de agosto de 2019
- ↑ «Território e Ambiente - Santana de Parnaíba». IBGE. Consultado em 12 de agosto de 2019
- ↑ «Prefeitura de Santana de Parnaíba». Consultado em 11 de agosto de 2019
- ↑ Ricardo Viveiros (2014). «A vila que descobriu o Brasil: A história de Santana de Parnaíba». Geração editorial. Consultado em 19 de dezembro de 2018
- ↑ «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ «Nossa História». Telefônica / VIVO
- ↑ GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1
- ↑ «Tamboré». Telefonica Business Solutions. Consultado em 22 de outubro de 2018
- ↑ Rafael Silva. «Por dentro do novo datacenter da Telefônica-Vivo em SP». Tecnoblog. Consultado em 22 de outubro de 2018
- ↑ «Região Metropolitana de São Paulo». Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo. Consultado em 1 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 27 de janeiro de 2017
- ↑ «Samba de Bumbo Paulista é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil». Gov.br. 9 de maio de 2024. Consultado em 16 de julho de 2024
- ↑ ASSAOC – Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo. «Rede de Informações Culturais do Estado de São Paulo». Consultado em 16 de agosto de 2010
- ↑ «Feriados Municipais Santana de Parnaiba». Feriados municipais. Consultado em 16 de agosto de 2019
- ↑ «Feriados Municipais Santana de Parnaiba». br.calendario.online. Consultado em 16 de agosto de 2019
- ↑ «Sexta-feira Santa». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019
- ↑ «Corpus Christi». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019
- ↑ «Dia de Santa Ana». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019
Bibliografia
editar- Camargo, Paulo Florêncio da Silveira (1971). História de Santana de Parnaíba. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura. 372 páginas.
- Nascimento, Haydée (1977). Aspectos Folclóricos do Carnaval de Santana de Parnaíba.São Paulo: Secretaria de Cultura. 158 páginas.
Trabalhos acadêmicos
editar- Bastos, Flávia da Cunha (2008). Gestão democrática e política municipal de esporte: o caso de Santana de Parnaíba. Universidade de São Paulo. Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) versão digital
- Boscolo, Dulcineia (2007). Projetos de estudo do meio em escolas públicas em Santana de Parnaíba - SP. Universidade de São Paulo, Geografia. Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) versão digital
- Góis, Cláudia Cristina (2018). Reabilitação/readaptação profissional da prática à teoria: atuação do Serviço Social. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo , Faculdade de Ciências Sociais . Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) versão digital
- Guanteli, Mauro Teixeira (2012). Residências em Alphaville nos municípios de Barueri e Santana de Parnaíba Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. versão digital
- Leanza, Deborah D'Almeida (2000). Entre a norma e o desejo : os filhos ilegitimos na sucessão patrimonial (Vilas de São Paulo e Santana de Parnaiba sec. XVII). Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) versão digital
- Manzatti, Marcelo Simon (2005). Samba paulista: do centro cafeeiro a periferia do centro. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. versão digital
- Morgado, Naira Iracema Monteiro (1987). O espaço e a memória : Santana de Parnaiba. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) versão digital
- Mota, Camila (2007). Edição de documentos oitocentistas e estudo da variedade lingüística em Santana do Parnaíba. Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Biblioteca Digital USP versão digital
- Rodrigues, Jailton Aparecido (2013). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Biblioteca Digital PUC versão digital
- Schunk, Rafael (2013). Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. Universidade Estadual Paulista. Repositório UNESP versão digital
- Yade, Juliana de Souza Mavoungou (2015). Vozes e territorialidades no pós-abolição: histórias de famílias e resistência identitária – O caso do Cururuquara. Universidade Federal do Ceará.Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) versão digital