Igreja dos Santos Vicente e Anastácio em Trevi

Santi Vincenzo e Anastasio a Trevi ou Igreja dos Santos Vicente e Anastácio em Trevi[1]) é uma igreja barroca de Roma, Itália, localizada no rione Trevi. Construída entre 1646 e 1650 com base num projeto do arquiteto Martino Longhi, o Jovem[2] perto da Fontana di Trevi e do Palácio Quirinal, do qual serviu como igreja paroquial, e notável por ser o local onde os precórdios e corações embalsamados de 25 papas,[3] de Sisto V até Leão XIII, estão abrigados.[4] É a igreja nacional dos búlgaros em Roma.

Igreja dos Santos Vicente e Anastácio em Trevi
Santi Vincenzo e Anastasio a Trevi
Igreja dos Santos Vicente e Anastácio em Trevi
Fachada e suas 18 colunas
Informações gerais
Tipo igreja
Estilo dominante Barroco
Arquiteto(a) Martino Longhi, o Jovem
Início da construção 1646
Fim da construção 1650
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Geografia
País Itália
Localização Rione Trevi
Região Roma
Coordenadas 41° 54′ 03″ N, 12° 29′ 02″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

História

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Santi Vincenzo e Anastasio a Trevi está no mesmo lugar de uma igreja medieval, mencionada em 962 numa bula do papa João XII como um braço da basílica de San Silvestro in Capite. Conhecida como Santi Vincenzo e Anastasio — Vicente e Anastácio são mártires comemorados em 22 de janeiro de acordo com o Calendário Geral Romano de 1954 — desde o século XVI, a igreja foi reconstruída em estilo barroco e completada em 1650. Dois entablamentos sobrepostos ao principal, os três com pedimentos arqueados, angulados ou quebrados, concentram a atenção no centro ricamente esculpido da fachada em dois andares, numa composição teatral "mais curiosa do que exemplar" que teve pouca influência em obras posteriores.[5] Sua densa concentração de colunas coríntias, dez na ordem inferior e seis acima perfazem, com as duas colunas ladeando o janelão ("finestrone") do nível superior, dezoito colunas coríntias completamente distintas, o que lhe valeu o apelido de "il canneto", "moita de canas".[6]

A igreja foi reconstruída por ordem do cardeal Mazarino, cujo brasão e galero, apresentados de forma triunfal e segurado por anjos, é o foco central da composição da fachada. Rumores da época indicam que a sobrinha de Mazarin, Marie Mancini, uma amante de Luís XIV da França, também está representado na fachada, no mascarão feminino central.[7] A escultura de uma leiga e o fato de o brasão do catedral estar apoiado esculturas de duas mulheres de peito desnudo tornam esta igreja única entre as igrejas de Roma.

Até a década de 1820, Santi Vincenzo e Anastasio a Trevi era conhecida como "Paróquia Pontifícia" ("Parrocchia Pontificia").[7] Seu interior é composto de uma nave simples e o altar-mor está decorado pelo "Martírio dos Santos Vicente e Anastácio" de Francesco Pascucci. O prolífico ilustrador e gravurista italiano Bartolomeo Pinelli (1771–1835) está enterrado em Santi Vincenzo e Anastasio a Trevi.

Sua fachada em travertino se mostrou porosa e uma reforma utilizando cimento hidráulico líquido foi realizada entre 1989-90 para cessar a deterioriação.[8]

Galeria

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Referências

  1. Outra igreja com a mesma dedicação é a antiga igreja de Santi Vincenzo e Anastasio alle Tre Fontane, construída pelo papa Honório I por volta de 625 e reconstruída pelo papa Honório III em 1221
  2. A história da construção, começando em 1646, foi narrada por Nicoletta Marconi, "La costruzione della facciata della chiesa di Santi Vincenzo e Anastasio in piazza di Trevi (1646-1660)", Quaderni di Palazzo Te 7 (2000)
  3. Кънчева, Биляна. «Църковна евроинтеграция» (em búlgaro). ТЕМА. Consultado em 12 de junho de 2009 
  4. Piperno, Roberto (1999–2007). «Santi Vincenzo e Anastasio». Baroque Rome in the etchings of Giuseppe Vasi. Consultado em 12 de junho de 2009 
  5. Touring Club Italiano, Roma e dintorni (Milan, 1965) p.263.
  6. TCI, Roma e dintorni 1965:263.
  7. a b Armellini, Mariano (1891). Le chiese di Roma dal secolo IV al XIX (em italiano). Roma: Tipografia Vaticana. 288 páginas. OCLC 65925980 
  8. Bettina Elten, "Facciata della chiesa dei SS. Vincenzo e Anastasio: impiego di malte idrauliche per il restauro conservativo" in Le pietre nell'architettura: struttura e superfici: atti del convegno di studi, Bressanone 25-28 giugno 1991 (on-line English abstract).

Bibliografia

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  • C. Rendina, Le Chiese di Roma, Newton & Compton Editori, Milano 2000, p. 370–371.
  • L. Pratesi, Rione II Trevi, in AA.VV, I rioni di Roma, Newton & Compton Editori, Milano 2000, Vol. I, pp. 131–201.