Fernando dos Santos Costa
Fernando dos Santos Costa GOTE • GCTE • OC • GOC • GCC • OA • M?MM (Mangualde, Alcafache, 19 de Dezembro de 1899 — 15 de Outubro de 1982) foi um oficial do Exército Português que assumiu um papel preponderante na ligação entre António de Oliveira Salazar e os sectores militares mais conservadores que apoiaram a Ditadura Nacional e o Estado Novo. Era monárquico, embora a sua oposição tenha sido descisiva para a não restauração da monarquia em 1951, defendida pelos monárquicos do regime.[1].
Fernando dos Santos Costa | |
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Fernando dos Santos Costa. | |
Nascimento | 19 de dezembro de 1899 |
Morte | 15 de outubro de 1982 |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | político, militar |
Distinções |
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Biografia
editarExerceu as funções de Subsecretário de Estado da Guerra e depois de Ministro da Guerra (entre 1944 e 1958), permanecendo 22 anos no Governo e afirmando-se como um dos mais estreitos colaboradores de António de Oliveira Salazar e um dos mais longevos ministros dos seus governos.
Principal factor da reestruturação das Forças Armadas Portuguesas sob o Estado Novo e da sua subordinação ao poder político, Santos Costa participou ao lado de Salazar, de modo decisivo, na formulação da política de defesa de Portugal desde o deflagrar da Guerra Civil de Espanha até ao início da Guerra Fria, incluindo o período conturbado da Segunda Guerra Mundial. Nessas funções desempenhou um relevante papel nacional e internacional, em particular nas relações com os Aliados e na entrada de Portugal na NATO.
Condecorações
editar- Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal (26 de Outubro de 1933)[2]
- Oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis de Portugal (26 de Outubro de 1933)[2]
- Medalha de ?.ª Classe de Mérito Militar de Portugal (? de ? de 19??)
- Grande-Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal (18 de Junho de 1937)[2]
- Grande-Oficial da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal (2 de Agosto de 1945)[2]
- Grã-Cruz da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal (6 de Junho de 1949)[2]
- Excelentíssimo Senhor Grã-Cruz da Ordem Imperial do Jugo e das Flechas (Orden Imperial del Yugo y las Flechas) de Espanha (14 de Agosto de 1954)[3]
- Excelentíssimo Senhor Grã-Cruz da Real e Distinguida Ordem Espanhola de Carlos III de Espanha (9 de Dezembro de 1958)[3]
- Grã-Cruz da Ordem Real do Leão (Ordre Royal du Lion) da Bélgica (9 de Dezembro de 1958)[3]
- Grã-Cruz da Ordem do Rei Jorge I da Grécia (9 de Dezembro de 1958)[3]
- Grande-Oficial da Ordem do Mérito Militar do Brasil (9 de Dezembro de 1958)[3]
- Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal (13 de Julho de 1967)[2]
- Comendador-Chefe da Legião do Mérito dos Estados Unidos da América (? de ? de 19??)
- Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil (? de ? de 19??)
Referências
- ↑ Porque não houve Restauração em 1951, Monarquia Portuguesa, 30-06-2010
- ↑ a b c d e f «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Fernando dos Santos Costa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 2 de dezembro de 2014
- ↑ a b c d e «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Fernando dos Santos Costa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 2 de dezembro de 2014
- Paul H. Lewis. Latin Fascist Elites: The Mussolini, Franco and Salazar Regimes. Praeger Publishers, 2002. ISBN 027597880X.
- Paul H. Lewis. Salazar's Ministerial Elite, 1932-1968. // The Journal of Politics, Vol. 40, No. 3 (Aug., 1978), pp. 622–647.
- -----, Correspondência do General Santos Costa. Lisboa: Verbo, 2004 (ISBN 9789722222754).