Senhorio de Mira
História
editarDurante as guerras com Castela, o rei D. João II de Portugal tomou para si as terras anteriormente pertencentes a D. Pedro de Tavares (Alcaidarias-mores de Portalegre, Assumar e Alegrete, no Alentejo). Este, não se conformando com a usurpação, fez múltiplas requisições ao rei para que lhe devolvesse as antigas terras, mas, não tendo resposta, um dia confronta o rei durante o ato da Eucaristia, não permitindo a D. João II tomar a comunhão antes de aceder ao seu pedido. O rei confirmou o seu interesse estratégico nas terras, por estarem situadas junto à fronteira, mas como compensação atribuiu ao despojado o Senhorio de Mira e os direitos do pescado da vila de Aveiro. Os Tavares estabeleceram-se em Aveiro no ano 1500, tendo sido o filho de D. Pedro, D. Gonçalo de Tavares o primeiro Senhor de Mira.
O Senhorio de Mira manteve-se até à extinção do regime senhorial em 1833.
Senhores de Mira
editar- Gonçalo de Tavares, 1.º senhor de Mira
- Simão de Tavares, 2.º senhor de Mira
- Francisco de Tavares, 3.º senhor de Mira
- Bernardim de Sousa Tavares de Távora, 4.º senhor de Mira
- Luís Freire de Andrade e Sousa, senhor de Mira (por casamento)
- Bernardim de Távora de Sousa Tavares, 5.º senhor de Mira
- Manuel de Sousa Tavares, 6.º senhor de Mira
- Bernardino de Sousa Tavares e Távora, 7.º senhor de Mira
- Manuel José de Sousa Tavares, 8.º senhor de Mira
- Maria Bernardina de Sousa Tavares, 9.ª senhora de Mira
- Mariana Augusta de Mendonça Côrte-Real de Sousa Tavares, 10.ª senhora de Mira[1][2][3][4]
Referências
- ↑ CARDOSO, George. Agiologio lusitano dos santos e varões ilustres em virtude do reino de Portugal. Lisboa: 1666
- ↑ CACEGAS, Luís de. Segunda parte da história de S. Domingos, volume 3, 3ª edição. Lisboa: Tipografia do Panorama, 1866. pp. 381-382.
- ↑ COSTA, António Carvalho da. Corografia portuguesa, volume 2, 2º edição. Lisboa: D. Gonçalves Gouveia, 1868.
- ↑ HENRIQUES, Nuno Gorjão; GORJÃO-HENRIQUES, Miguel. Gorjão Henriques, volume I. 2006. pp479-480.