Servácio Carpentier

Servácio Carpentier[2] (em neerlandês: Servaas Carpentier; Aken, 22 de abril de 1599Recife, 25 de fevereiro de 1646) foi um médico e administrador colonial neerlandês. Como diretor da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, integrou o Conselho Político, de 1630 a 1636, e foi membro do governo do Recife, além de administrador da Capitania da Paraíba.

Servácio Carpentier[1]
Nascimento 22 de abril de 1599[1]
Aken
Morte 25 de fevereiro de 1646 (46 anos)[1]
Recife
Nacionalidade  Países Baixos
Ocupação Governador da Paraíba

Capitania da Paraíba

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Administrador colonial

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Em 26 de janeiro de 1635 as forças neerlandesas na Capitania da Paraíba, sob o comando do Coronel Sigismundo de Schkoppe, regressaram à de Pernambuco e deixaram Carpentier na administração do governo paraibano, com a jurisdição se estendendo até à capitania do Rio Grande do Norte. Carpentier administrou a Paraíba por um ano, sendo o responsável pela reconstrução do Forte de Santa Catarina do Cabedelo, arrasado pela conquista. No início de 1636 passou o cargo a Ipo Eysens, também diretor da Companhia.[3]

Após uma rápida passagem pelos Países Baixos, retornou ao Brasil com Maurício de Nassau (1637), como secretário do Alto e Secreto Conselho então criado. No mesmo ano adquiriu as terras do engenho Três Paus, em Goiana, dedicando-se à agromanufatura açucareira. Em 1639 deixou a sua função para dedicar-se exclusivamente à vida rural. Viu-se forçado a retornar ao Recife quando da eclosão da insurreição de 1645, vindo a falecer em 25 de fevereiro de 1646.[4] O seu corpo foi sepultado na Igreja do Corpo Santo, naquela cidade.[nota 1]

Relatório descritivo

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A sua fama, entretanto, deve-se ao «Relatório» de sua autoria acerca da Capitania da Paraíba (Raport van de Capitania Paraíba – 1635, Leida, 1644), com observações e recomendações acerca das áreas mais adequadas ao plantio da cana-de-açúcar, tabaco e mandioca, além da criação de gado. Demonstrando entusiasmo com a fertilidade da terra, fornece descrições detalhadas sobre as árvores, frutos e animais que nela encontrou.[5]

Notas

  1. Algumas fontes citam o dia 18 de setembro de 1649 como data da morte.

Referências

  1. a b c Huygens ING (2006). «Gijsbert de Witt –Biografie». Biografisch Portaal van Nerdeland 
  2. Taunay, Afonso de Escragnolle (1941). Subsídios para a história do tráfico africano no Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado. p. 79 
  3. Ben M. Cahoon (2005). «Provinces of Portuguese Brazil». World Statesmen.org. Consultado em 5 de setembro de 2015 
  4. José Antônio Gonçalves de Mello (1985). Fontes para a História do Brasil Holandês (v. 2). [S.l.]: Fundação Nacional Pró-Memória. 506 páginas 
  5. Servaas Carpentier (1989). Relatório sobre a Capitania da Paraíba em 1635, pelo Dr. Servaes Carpentier, Conselheiro Político e Diretor da mesma Capitania. [S.l.: s.n.] 

Precedido por
Antônio de Albuquerque Maranhão
(capitão-mor)
Governador da Paraíba
1635 – 1636
Sucedido por
Ipo Eysens
(adm. neerlandês)
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