Shōkō
Shōkō (称光? 12 de junho de 1401 – 30 de agosto de 1428) foi o 101º imperador do Japão, na lista tradicional de sucessão. Pertencia ao Ramo Jimyōin-tō da Família Imperial.[1] Seu reinado abrangeu os anos de 1412 a 1428.[2]
Shōkō | |
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Imperador do Japão | |
Reinado | 5 de outubro de 1412 a 30 de agosto de 1428 |
Entronamento | 29 de janeiro de 1415 |
Predecessor | Go-Komatsu |
Sucessor | Go-Hanazono |
Xogum | Ashikaga Yoshimochi (1412–23) Ashikaga Yoshikazu (1423–25) |
Nascimento | 12 de junho de 1401 |
Morte | 30 de agosto de 1428 (27 anos) |
Nome de nascimento | Mihito (実仁?) |
Esposa | Fujiwara no Mitsuko |
Casa | Casa Imperial Japonesa |
Pai | Go-Komatsu |
Mãe | Hinonishi Motoko |
Religião | Xintoísmo |
Vida
editarAntes de ascender ao Trono do Crisântemo, seu nome pessoal era Mihito. Ele era o filho do Imperador Go-Komatsu. Sua mãe era Hinonishi Motoko, filha de Hino Sukekuni. Shōkō tornou-se imperador após a abdicação de seu pai, Imperador Go-Komatsu em 5 de outubro de 1412, mas este continuou a administrar o pais como Imperador Aposentado durante o reinado de Shōkō com a supervisão do xogum Yoshimochi.[2]
A sucessão de Shōkō enfureceu muito o antigo imperador do sul, Go-Kameyama, que protestou ao xogum afirmando que sua concordância com o acordo de reconciliação de 1932 estava no entendimento de que um membro de seu ramo da Família imperial sucederia Go-Komatsu. Este realmente foi o caso, mas a alegação de Go-Kameyama foi ignorada por Yoshimochi. Go-Kameyama tentou reunir apoio suficiente para um desafio armado, mas não obteve sucesso, apesar de Shōkō ter provado que não tinha as minimas condições para ser um bom soberano.[3]
Em 18 de julho de 1419 ocorreu a Invasão Oei onde a Dinastia Joseon da Coreia invadiu a província de Tsushima para lutar contra piratas que estavam baseados na Ilha de Tsushima.[4]
Em 1423 o xogum Yoshimochi se aposenta em favor de seu filho, Ashikaga Yoshikatsu, que tinha na época 17 anos de idade. Mas, três anos depois Yoshikatsu veio a falecer e Yoshimochi volta a assumir o cargo se xogum até sua morte em 3 de fevereiro de 1428, aos 43 anos de idade. Neste mesmo ano em agosto o Shōkō veio a falecer.[2]
Durante seus dezesseis anos no trono Shōkō não se interessou pelos assuntos familiares, mas revelou ter um temperamento violento, excêntrico e imprevisível. Apesar de se interessar por exercícios militares em geral e no arco e flecha em particular. Professava ser um budista fervoroso e ser vegetariano. Mas também era um bêbado briguento, que frequentemente espancava as mulheres do palácio com as costas de sua espada. Shōkō era pai de três filhas, mas depois, tornou-se obcecado pela magia tântrica, e absteve-se do sexo na crença de que assim aumentaria seus poderes. O que não adiantou muito para prolongar a sua vida, pois morreu com menos de 30 anos.[3]
Antes da morte de Shōkō, seu pai Go-Komatsu o havia instado a adotar o Príncipe Imperial Sadafusa, neto do terceiro soberano do norte Sukō, e torná-lo seu herdeiro. Mas Shōkō teve um de seus ataques de fúria e não pôde ser persuadido a obedecer. Sadafusa, prudentemente, deixou a capital e tornou-se um sacerdote budista então Go-Komatsu adotou o filho deste Hikohito de dez anos de idade, seu sobrinho de terceiro grau. Que foi o sucessor de Shōkō após a morte deste se tornando o Imperador Go-Hanazono.[5]
A Agência da Casa Imperial reconhece Fukakusa no kita no misasagi em Fushimi-ku, Quioto como seu túmulo.[1]
Referências
- ↑ a b Agência da Casa Imperial: Shōkō-tennō (em japonês)
- ↑ a b c Klaproth, Julius von (1834). Annales des empereurs du Japon (em francês). [S.l.]: Oriental Translation Fund, pp.327-331
- ↑ a b Martin, Peter (1997). The Chrysanthemum Throne:. A History of the Emperors of Japan (em inglês). [S.l.]: University of Hawaii Press, pp. 94-95. ISBN 9780824820299
- ↑ Rambelli, Fabio (2018). The Sea and the Sacred in Japan:. Aspects of Maritime Religion (em inglês). [S.l.]: Bloomsbury Publishing, p.91. ISBN 9781350062863
- ↑ Martin (1997). The Chrysanthemum Throne:. ... [S.l.]: pp. 95-96