Simplício Rezende
Simplício Coelho de Rezende (Piripiri, 1 de abril de 1841 — Manaus, 16 de fevereiro de 1915) foi um advogado, jornalista, professor e político do Brasil.[1][2]
Simplício Coelho de Rezende | |
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Advogado Simplício Rezende | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Simplício Coelho de Rezende |
Nascimento | 01 de abril de 1841 Piripiri, Piauí, Brasil |
Morte | 16 de fevereiro de 1915 (73 anos) Manaus, Amazonas, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Rosa Lina de Castelo Branco Pai: Simplício Coelho de Rezende |
Alma mater | Faculdade de Direito do Recife |
Cônjuge | Cândida Nympha de Mello Rezende |
Filhos(as) | Lista
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Partido | Partido Conservador |
Profissão | Advogado, jornalista, professor e político |
Biografia
editarNascido em 1841, em Piripiri, estado do Piauí, era filho do tenente-coronel Simplício Coelho de Rezende e de Rosa Lina de Castelo Branco. Era tio-avô do diplomata brasileiro Espedito Resende.[3] Formou-se em Direito em Recife, em 1868, retornando, posteriormente, ao Piauí, onde foi promotor público em Piracuruca e Parnaíba, e juiz municipal em Barras. Exerceu também o magistério, tornando-se professor de Geografia no Liceu Piauiense. Coelho de Rezende foi um notável jornalista, redigindo os jornais A Época, A Falange e o O Democrata.[4]
Em 1870, elegeu-se deputado provincial pelo Partido Conservador, cargo que ocupou até 1873. Elegeu-se, em 1885, deputado geral pelo Piauí, cargo que ocupou até 1889. Na Assembleia Geral do Império, propôs a rede telegráfica do Piauí. Em 1886, ao defender o militar Pedro José de Lima, acusado de corrupção, discursou violentamente contra o coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos, o que gerou a mais grave das questões militares do Império. Ao ser proclamada a República, foi vítima de perseguições políticas que o levaram a se transferir para o Amazonas, onde exerceu a advocacia e foi um dos fundadores da Escola Universitária Livre de Manaós, em 1909, assim como primeiro diretor da Faculdade de Direito.[5]
Simplício permaneceu ligado à família imperial exilada, hospedando-se em suas viagens à Europa na residência de D. Luiz de Orleans e Bragança.[6] Seu filho mais velho, Simplício Coelho de Mello Rezende, foi secretário político de D. Luiz de Orleans e Bragança e traduziu, juntamente com este príncipe, o livro Sob o Cruzeiro do Sul, cuja edição em português foi custeada pelo Centro Monarquista do Amazonas.[7]
Em 1910, Coelho de Rezende teve sua residência bombardeada pela Armada no célebre episódio do Bombardeio de Manaus. O motivo de sua casa ter sido alvo de ataques não foi devidamente esclarecido, mas, provavelmente, se deve ao fato de que a residência era próxima da casa do governador do Amazonas, Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt, sendo atingida por engano.[8]
Simplício Coelho de Rezende era casado com a pernambucana Cândida Nympha de Mello Rezende e deixou notável descendência, a destacar seu filho Análio de Mello Rezende, advogado e professor emérito da Faculdade de Direito do Amazonas, seu neto Jorge Fonte de Rezende, obstetra, professor emérito da UFRJ e membro da Academia Nacional de Medicina e seu bisneto Álvaro Rubin de Pinho, psiquiatra, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Academia de Medicina da Bahia, e professor emérito pela Faculdade de Medicina da Bahia.[6] Simplício era ainda sogro do senador Aristides Rocha e do governador do Amazonas, César do Rego Monteiro, bem como tio-avô do diplomata piauiense Espedito Resende.
Morte
editarFaleceu em Manaus em 16 de fevereiro de 1915.[9] Foi homenageado dando nome a uma importante rua em Teresina (Coelho de Rezende). É patrono da cadeira 26 da Academia Piauiense de Letras.[5]
Referências
- ↑ «Simplício Coelho de Rezende-Pequena Biografia». Consultado em 22 de abril de 2020
- ↑ «Dr. Simplício Coelho de Rezende». Consultado em 29 de julho de 2020
- ↑ «Árvore genealógica, Family Search». www.familysearch.org. Consultado em 16 de outubro de 2024
- ↑ Bastos 1994, p. 486.
- ↑ a b Bastos 1994, p. 487.
- ↑ a b Doria 1995, p. Tabela XV.
- ↑ Bittencourt 1973, p. 357.
- ↑ Bittencourt 1973, p. 170.
- ↑ Bittencourt 1925, p. 334.
Bibliografia
editar- Bastos, Cláudio de Albuquerque. Dicionário Histórico e Geográfico do Estado do Piauí. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves-PMT, 1994. p. 600
- Doria, Franscisco Antonio. Com a colaboração de Ricardo Teles Araujo, Gilson Nazareth, Jorge Ricardo Fonseca e Carlos Barata. Os Herdeiros do Poder. Rio de Janeiro: Revan, 1994, 2º edição rev. e ampl. 1995.
- Bittencourt, Agnello. Dicionário Amazonense de biografias: vultos do passado. Rio de Janeiro, Conquista, 1973.
- Coelho de Rezende, Adauto. Dr. Simplicio Coelho de Rezende-Biografia Resumida. Rio de Janeiro, 1981.
- Bittencourt, Agnello. Chorographia do Estado do Amazonas. Manáos: Typ. Palácio Real, 1925. 346 pp