Sinaptotagmina

composto químico

Synaptotagminas são um grupo de 15 proteínas de membrana caracterizadas por uma região N-terminal transmembranar (do inglês, TMR), uma região variábel e domínios C2 C-terminais (C2A e C2B). Há outros grupos de proteínas (nominalmente Ferline, E-Syts, MCTPs, RIMs, Munc13s e B/K) que possuem domínios C2, sendo esses aparentados com as sinaptotagminas.

O mecanismo molecular que regula a exocitose durante a liberação de neurotransmissores.[1]

Função

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Com base em sua distribuição no cérebro/sistema endócrino e suas propriedades bioquímicas (em especial a capacidade de ligação à cálcio dos domínios C2 de certas sinaptotagminas), essas proteínas tem como função proposta a detecção do nível de cálcio para regulação da liberação de neurotransmissores e para secreção hormonal. Apesar das sinaptotagminas compartilharem um domínio estrutural semelhante e um alto grau de homologia nos domínios C2, nem todas as sinaptotagminas são capazes de fazer ligação com cálcio. Na verdade, apenas 8 das 15 são capazes de tal feito. As sinaptotagminas ligantes de cálcio são as de número 1,2,3,5,6,7,9 e 10.

As sinaptotagminas que se ligam à cálcio agem como sensores de Ca2+ e estão envolvidas em:

  • (i) O acoplamento inicial das vesículas sinápticas à membrana pré-sináptica através de interação com neurexina[2] ou SNAP-25[3]

A ligação da sinaptotagmina ligada à cálcio ao complexo SNARE inibe o efeito de prensa da complexina, permitindo a fusão de vesículas e a continuação do processo de exocitose.[7]

Referências

  1. Georgiev, Danko D .; James F . Glazebrook (2007). «Subneuronal processing of information by solitary waves and stochastic processes». In: Lyshevski, Sergey Edward. Nano and Molecular Electronics Handbook. Col: Nano and Microengineering Series. [S.l.]: CRC Press. pp. 17–1–17–41. ISBN 978-0-8493-8528-5. Consultado em 3 de abril de 2015. Arquivado do original em 16 de janeiro de 2016 
  2. Fukuda M, Moreira JE, Liu V, Sugimori M, Mikoshiba K, Llinas RR (2000). «Role of the conserved WHXL motif in the C terminus of synaptotagmin in synaptic vesicle docking». Proc Natl Acad Sci USA. 97 (26): 14715–14719. PMC 18984 . PMID 11114192. doi:10.1073/pnas.260491197 
  3. Schiavo G, Stenbeck G, Rothman JE, Söllner TH (1997). «Binding of the synaptic vesicle v-SNARE, synaptotagmin, to the plasma membrane t-SNARE, SNAP-25, can explain docked vesicles at neurotoxin-treated synapses». Proc Natl Acad Sci USA. 94 (3): 997–1001. PMC 19628 . PMID 9023371. doi:10.1073/pnas.94.3.997 
  4. Pang ZP, Melicoff E, Padgett D, Liu Y, Teich AF, Dickey BF; et al. (2006). «Synaptotagmin-2 is essential for survival and contributes to Ca2+ triggering of neurotransmitter release in central and neuromuscular synapses». The Journal of Neuroscience. 26 (52): 13493–13504. PMID 17192432. doi:10.1523/JNEUROSCI.3519-06.2006 
  5. Maximov A, Südhof TC (2005). «Autonomous function of synaptotagmin 1 in triggering synchronous release independent of asynchronous release». Neuron. 48 (4): 547–554. PMID 16301172. doi:10.1016/j.neuron.2005.09.006 
  6. O'Connor V, Lee AG (2002). «Synaptic vesicle fusion and synaptotagmin: 2B or not 2B?». Nature Neuroscience. 5 (9): 823–824. PMID 12196805. doi:10.1038/nn0902-823 
  7. PMID 19164751 (PubMed)

Ligações externas

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