Siratus senegalensis
Siratus senegalensis (nomeada, em inglês, Senegal murex)[2] é uma espécie de molusco marinho da costa oeste do oceano Atlântico, pertencente à classe Gastropoda e à família Muricidae da ordem Neogastropoda. Foi classificada por Gmelin em 1791; descrita originalmente como Murex senegalensis na obra de Lineu, Systema Naturae;[1] fazendo parte dos gêneros Murex[3] e Chicoreus[4] no século XX. Restos de conchas de Siratus senegalensis podem ser encontrados nos sambaquis, em sua região de ocorrência.[5] Esta é a espécie-tipo do gênero Siratus Jousseaume, 1880.[6]
Siratus senegalensis | |||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Siratus senegalensis (Gmelin, 1791)[1] | |||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||
Murex senegalensis Gmelin, 1791 Chicoreus senegalensis (Gmelin, 1791) Murex brasiliensis G. B. Sowerby II, 1834 Murex sirat d'Orbigny, 1841 (WoRMS)[1] |
Descrição da concha
editarConcha de aparência maciça;[3] de coloração cinzenta, amarelada ou creme, com 7.5[2][4] a 8[7] centímetros de comprimento e com 8 voltas quando desenvolvida, de espiral moderadamente baixa; esculpida com linhas espirais e com 3 varizes por volta, calosas e com uma projeção espiniforme, engrossada e curvada para trás, em sua borda externa. Columela e abertura de coloração branco-esmaltada. Amplo e curto canal sifonal. Opérculo córneo, de coloração castanha e esculpido com anéis concêntricos.[4] Ela pode ser confundida com Siratus tenuivaricosus (Dautzenberg, 1927), da mesma região,[8] diferindo por seus espinhos mais curtos.[9]
-
Vista lateral da concha de S. senegalensis, com o lábio externo voltado para o observador. Espécime coletado no sudeste do Brasil; Praia do Peres, Ubatuba, estado de São Paulo, em 22 de março de 1992.
Distribuição geográfica, habitat e hábitos
editarSiratus senegalensis é endêmica de águas rasas,[2] da zona entremarés até a zona nerítica, na região sudeste do Brasil, entre a Bahia e Santa Catarina, em bancos de areia; sendo uma espécie predadora, que costuma se alimentar de moluscos das espécies Anomalocardia brasiliana e Chione cancellata.[4][7] Embora a denominação dada por Gmelin para esta espécie (senegalensis) seja relativa ao país da África Ocidental, Senegal, esta citação é incorreta, sendo ela endêmica da costa do Brasil.[3][4]
Referências
- ↑ a b c d «Siratus senegalensis (Gmelin, 1791)» (em inglês). WoRMS. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018
- ↑ a b c ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 133. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ a b c STIX, Hugh; STIX, Marguerite; ABBOTT, R. Tucker; LANDSHOFF, H. (1968). The Shell. Five Hundred Million Years of Inspired Design (em inglês). New York: Harry N. Abrams, Inc. 188 páginas. ISBN 9780810904750
- ↑ a b c d e RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 108-109. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ Gernet, Marcos Vasconcellos (junho de 2012). «Gênese e ocupação do sambaqui do Guaraguaçu, Pontal do Paraná». ResearchGate. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018
- ↑ «Siratus Jousseaume, 1880» (em inglês). WoRMS. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018
- ↑ a b «Siratus senegalensis». Conquiliologistas do Brasil. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018
- ↑ «Siratus tenuivaricosus». Conquiliologistas do Brasil. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018
- ↑ Delsing, Jan (5 de março de 2014). «Siratus tenuivaricosus (Dautzenberg, 1927)» (em inglês). BioLib.cz. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018.
Brazil, Own collection. Central coast of Brazil.