Sol Terena
Sol Terena (Sidrolândia, 1984?) é uma artista e técnica em Biblioteconomia indígena brasileira, da tribo Terena. Ela é ambientalista, e ativista pelos direitos dos Povos Indígenas, das indígenas mulheres e dos direitos humanos.[1][2]
Sol Terena | |
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Nascimento | 1984 (41 anos) Sidrolândia |
Cidadania | Brasil |
Etnia | Terenas |
Ocupação | empreendedora, artista |
Distinções | |
Biografia
editarSol Terena passou a infância na aldeia Córrego do Meio.[3] Quando tinha 6 anos de idade, foi picada por uma cobra urutu cruzeiro. Ela fez tratamento ccontra o veneno até os 21 anos. Nesse período, seu braço direito (picado pela cobra) se desenvolveu de forma diferente do braço esquerdo.[4]
Em 2016, Sol mudou-se para Campinas, no interior de São Paulo, para cursar Direito, na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ela pagava pelo curso trabalhando na mesma instituição.[5] Em seu cotidiano, conviveu com preconceitos e curiosidade dos colegas, dos professores e dos funcionários desde que teve a oportunidade de mencionar que é indígena. O projeto "Grafismo Indígena" surgiu para reduzir o número de vezes que precisa explicar por que vai ao trabalho com as mãos e o rosto pintado.[1] O projeto apresenta as belezas e a importância das pinturas corporais para os povos indígenas brasileiros e, com isso, busca dar visibilidade a sua cultura e suas lutas.[4]
“ | Lute como uma mulher indígena. | ” |
— Indígenas brasileiras, [1] |
A frase foi a primeira estampa do seu projeto.[1]
Em 2020, por causa da pandemia da Covid-19, trancou o curso de Direito e voltou para sua aldeia. Mas manteve o projeto como forma não só de valorizar sua cultura, mas também de ter renda.[5] No mesmo ano, uma pessoa de Orlando, Estados Unidos, encomendou 15 camisetas para o evento Solidarity With Indigenous Women Defending Mother Earth Treaty (em tradução livre: "Solidariedade com as mulheres indígenas que defendem o Tratado da Mãe Terra").[1]
Em 2021, sua primeira estampa (Lute como uma mulher indígena) foi vestida por muitas das 5 mil mulheres indígenas que participaram da 2ª Marcha das Mulheres Indígenas, organizada pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), em Brasília.[1] No mesmo ano, o Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN) encomendou camisetas com as estampas “A mãe do Brasil é indígena” e “Vidas indígenas importam”. Costura e serigrafia são feitas de forma manual e tudo acontece diretamente na aldeia Tereré.[1]
Além disso, camisetas já foram encomendadas e enviadas para Alemanha, Itália e Índia.[1][5] Pelo projeto "Grafismo Indígena", recebeu o Prêmio Sim à Igualdade Racial, na categoria "Trajetória empreendedora", em 2023.[2][3][6][7][8]
Prêmio
editar- 2023 - Prêmio Sim à Igualdade Racial, na categoria "Trajetória empreendedora".[6][7]
Links
editarReferências
- ↑ a b c d e f g h Comunicação, COMIN (8 de março de 2022). «Lute como uma mulher indígena!». COMIN. Consultado em 18 de dezembro de 2023
- ↑ a b «Indígena de Sidrolândia conquista Prêmio Sim à Igualdade Racial - PP». primeirapagina.com.br. 29 de maio de 2023. Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ a b Redação, Da (29 de maio de 2023). «Oriunda da Aldeia Córrego do Meio, indígena vence prêmio Sim à Igualdade Racial | Radio Terena». Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ a b «Instagram». www.instagram.com. Consultado em 18 de dezembro de 2023
- ↑ a b c Folha de Londrina. Mulher indígena cria marca de camisetas e ganha o mundo com suas estampas. 03-07-2021.
- ↑ a b Prêmio Sim à Igualdade Racial 2023 | ID_BR | Origens e Raízes, consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ a b Ramos, João (29 de maio de 2023). «Indígena de aldeia de MS ganha Prêmio Sim à Igualdade Racial». Jornal Midiamax | Notícias de Campo Grande e Mato Grosso do Sul. Consultado em 31 de maio de 2023
- ↑ News, Região. «Vencedora do prêmio Igualdade Racial da TV Globo é terena de Sidrolândia». Região News. Consultado em 19 de dezembro de 2023