Staphylococcus saprophyticus

Staphylococcus saprophyticus é uma bactéria cocoide (esférica), gram positiva, anaerobia facultativa, imóvel, não esporuladora, não encapsulada e de 0,5 a 1 mm de diâmetro. Possui atividade ureásica e carece de coagulase, o que permite diferenciá-la do Staphylococcus aureus.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaStaphylococcus saprophyticus

Classificação científica
Reino: Bacteria
Filo: Firmicutes
Classe: Bacilli
Ordem: Bacillales
Família: Staphylococcaceae
Género: Staphylococcus
Espécie: S. saprophyticus
Nome binomial
Staphylococcus saprophyticus
(Shaw et al. 1951)

Habitat

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Está presente na microbiota normal da pele, região periuretral e mucosas das vias urinárias e genitais. Quando ocorre desequilíbrio da microbiota dessas vias causa infecção urinária. [2] É o segundo agente mais comum de infecção urinária em mulheres na faixa de 20 a 40 anos, o primeiro é o Sendo depois da Escherichia coli. No homem sua presença é mais frequente a partir dos 50 anos.

Patogênese

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A patogenecidade está relacionada com a sua capacidade de poder aderir às células do aparelho urinário devido a presença de proteína com propriedade de adesina/hemaglutinina; E tido como agente patogênico oportunista, principalmente em mulheres jovens, sexualmente ativas. É frequentemente agente de cistites e pielonefrites.

Pode ser identificada na urina com pequenas quantidades de sangue (hematuria), mais de 10 leucócitos por mm3 (piuria). A urina é mais frequente e causa sensação de queimação (escozo). Algumas vezes também causa febre leve e dor lombar e na cadeira. [1]

Tratamento e prevenção

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Não se deve lavar o interior da vagina com água e sabão no dia-a-dia, pois essa medida mata a flora natural e facilita a hiper colonização por bactérias patógenas. Fazer a limpeza com um antisséptico de feridas cutâneas. É resistente a fosfomicina e novobiocina, mas geralmente não tem resistências contra beta-lactâmicos nem contra sulfamidas e meticilina. [3]

A Bactéria Sensível a:

* Ampicilina/Sulbactan * Oxacilina MIC * Ciprofloxacina * Cefazolina * Gentamicina * Gatifloxacina * Levofloxacina * Moxifloxacina * Norfloxacina * Quinupriscina/ Dalf. * Linezolida * Vancomicina * Tetraciclina * Nitrofurantoína * Cloranfenicol * Tigeciclina * Rifampicina

Bactéria Resistente a:

Referências

  1. a b HIRZEL, W.. Implicancias del Staphylococcus saprophyticus en la patología infecciosa urinaria de la mujer. Acta bioquím. clín. latinoam. [online]. 2004, vol.38, n.2 [citado 2014-11-04], pp. 217-220 . Disponible en: <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0325-29572004000200012&lng=es&nrm=iso>. ISSN 1851-6114.
  2. Levinson, W. (2010). Review of Medical Microbiology and Immunology (11th ed.). pp. 94–99.
  3. Schneider, P. E, and Riley, T. V. : Susceptibility of urine isolates of Staphylococcus saprophyticus to antimicrobial agents. Pathology 23 (2): 135-8, 1991.