Bowdichia virgilioides Kunth, conhecido popularmente como sucupira-do-cerrado, sicupira-do-cerrado, sapupira-do-campo,[1] sucupira-preto, sucupira-açu, cutiúba, sepifirme, sucupira-amarela, sucupira-da-praia, sebepira, paricarana, jurema-mineira e acari-açu, é uma árvore nativa do Brasil, Bolívia, Paraguai, Venezuela e Guiana.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSucupira-preto
Bowdichia virgilioides
Bowdichia virgilioides
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Bowdichia
Nome binomial
Bowdichia virgilioides
Kunth 1823

Foram descritas as seguintes variedades da espécie:

  • Bowdichia virgilioides fo. ferruginea (Vogel) Yakovlev, 1972;
  • Bowdichia virgilioides var. ferruginea (Vogel) Benth., 1862;
  • Bowdichia virgilioides var. glabrata Benth., 1862;
  • Bowdichia virgilioides fo. major (Mart.) Yakovlev, 1972;
  • Bowdichia virgilioides var. pubescens (Benth.) Benth., 1862;
  • Bowdichia virgilioides var. tomentosa Pilg., 1901;
  • Bowdichia virgilioides fo. villosa Yakovlev, 1972.

A espécie consta na lista de ameaçadas do estado de São Paulo.[2]

Características

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Altura de 8 a 16 metros, tronco com 30–50 cm de diâmetro. Folhas compostas pinadas com folíolos pubescentes. Flores violeta, em panículas terminais. A árvore florida é muito ornamental. Os frutos são vagens pequenas, achatadas, indeiscentes, com mais de uma semente cada. Este fato distingue a espécie da sucupira (Pterodon emarginatus), cujo fruto contém apenas uma semente, com propriedades medicinais.

É planta pioneira, nativa de terrenos secos e pobres, decídua, heliófita, xerófita. Sua dispersão é uniforme, mas em baixa densidade, tanto em formações primárias quanto secundárias. Floresce em agosto-setembro e os frutos amadurecem a partir de outubro até dezembro (outro fator que a distingue da P. emarginatus). O desenvolvimento das plantas no campo é lento.

Ocorrência

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No cerrado do Pará, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A madeira é usada em assoalhos, portas e acabamentos internos. Embora seja citada na Pharmacopeia Brasileira de 1929 como tendo sua casca usada na obtenção de extrato fluido e tintura (tintura de sucupira), e a Universidade Federal do Maranhão refira a tintura de sucupira (Bavichia vergilioides no artigo, que se deve corrigir para Bowdichia virgilioides), como analgésico nos casos de reumatismo e artrose,[3] estudos mais recentes indicam a Pterodon emarginatus como sendo a sucupira medicinal, usada na tratamento de reumatismo, diabetes[4] e na profilaxia da esquistossomose.[5]

 
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Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 625.
  2. «Instituto de Botânica de São Paulo». Consultado em 2 de maio de 2009. Arquivado do original em 6 de maio de 2008 
  3. «UFMA». Consultado em 2 de maio de 2009. Arquivado do original em 6 de junho de 2009 
  4. Mors, W. B., Rizzini, C. T. & Pereira, N. A. 2000. Medicinal plants of Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac, Michigan.
  5. Mors, W. B., M. F. Santos Filho, H. J. Monteiro, B. Gilbert & J. Pelegrino. 1967. Chemoprophylactic agent in schistosomiasis: 14,15-epoxigeranylgeraniol. Science 157: 950-951.

Fontes

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  • Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 4a. edição. ISBN 85-86174-16-X.

Ligações externas

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