Sylvia (género)
Sylvia é uma género de aves passeriformes, onde se classificam entre 7 e 29 espécies de felosas, papa-amoras, papuxas e toutinegras.[1][2] O grupo ocorre na Europa, Sul e Sudeste Asiático, África e Arábia.
Sylvia | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||
São aves de pequeno porte, muito activas, que se movimentam constantemente em busca dos insectos de que se alimentam. Habitam zonas de bosque e floresta aberta, campos agrícolas e áreas urbanas. A maioria das espécies apresenta dimorfismo sexual e os machos distinguem-se, habitualmente, por manchas, riscas ou coroas pretas na cabeça.
As espécies que nidificam em climas temperados são migratórias.
Taxonomia e sistemática
editarO género Sylvia foi descrito em 1769 pelo naturalista italiano Giovanni Antonio Scopoli.[3] Scopoli não especificou uma espécie-tipo, tendo a Sylvia atricapilla sido designada por Charles Lucien Bonaparte em 1828.[4][5] O nome do género vem do Latim moderno silvia, um espírito da floresta, relacionado com silva o que quer dizer "um bosque".[6]
As toutinegras formam uma linhagem principal num clado contendo também os Paradoxornithidae, e alguns taxa anteriormente considerados parte dos Timaliídeos.[7][8] Outras espécies foram movidos para as suas próprias famílias, redelimitando a família Sylvidae.[9]
Uma análise filogenética molecular usando dados de sequências de DNA mitocondrial publicada em 2011 descobriu que as espécies no género Sylvia formam dois clados distintos[10] Baseados nestes resultados, os ornitólogos Edward Dickinson e Leslie Christidis decidiram, na quarta edição do Howard and Moore Complete Checklist of the Birds of the World, dividir o género e moveram a maioria das espécies para o género Curruca que "ressuscitaram", retendo apenas a toutinegra (Sylvia atricapilla) e a felosa-das-figueira (Sylvia borin) no género Sylvia. Moveram também Sylvia abyssinica (originalmente no género Drymophila) e Sylvia dohrni (do género Horizorhinus) para Sylvia.[11]
Espécies
editar- Sylvia buryi
- Sylvia lugens
- Sylvia boehmi
- Felosa-chapim-de-layard, Sylvia layardi
- Felosa-chapim-dos-bosques, Sylvia subcaeruleum
- Toutinegra-de-barrete-preto, Sylvia atricapilla
- Felosa-das-figueiras, Sylvia borin
- Sylvia minula
- Sylvia althaea
- Toutinegra-do-sara, Sylvia nana
- Toutinegra-gavião, Sylvia nisoria
- Toutinegra-do-mar-vermelho, Sylvia leucomelaena
- Toutinegra-de-ruppell, Sylvia rueppelli
- Toutinegra-do-chipre - Sylvia melanothorax
- Toutinegra-de-menetries, Sylvia mystacea
- Toutinegra-do-atlas, Sylvia deserticola
- Toutinegra-sarda, Sylvia sarda
Em 2021, mudaram de género:
- Toutinegra-de-cabeça-preta ou toutinegra-dos-valados, Curruca melanocephala
- Papa-amoras-comum, Curruca communis
- Papa-amoras-cinzento, Curruca curruca
- Toutinegra-carrasqueira ou toutinegra-de-bigodes, Curruca iberiae
- Felosa-do-mato ou toutinegra-do-mato, Curruca undata
- Toutinegra-tomilheira, Curruca conspicillata
- Toutinegra-real, Curruca hortensis
Referências
editar- ↑ «Sylvia Scopoli, 1769 | COL». www.catalogueoflife.org. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Sylviid babblers, parrotbills, white-eyes – IOC World Bird List». www.worldbirdnames.org. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ Scopoli, Giovanni Antonio (1769). Annus I historico-naturalis (em latim). Lipsiae (Leipzig): C.G. Hilscheri. p. 154
- ↑ Bonaparte, Charles Lucien (1828). American Ornithology; or, The Natural History of Birds Inhabiting the United States, Not Given By Wilson. 2. Philadelphia: Carey, Lea & Carey. p. 17
- ↑ Mayr, Ernst; Cottrell, G. William, eds. (1986). Check-list of Birds of the World. Volume 11. 11. Cambridge, Massachusetts: Museum of Comparative Zoology. p. 270
- ↑ Jobling, James A (2010). The Helm Dictionary of Scientific Bird Names. London: Christopher Helm. p. 376. ISBN 978-1-4081-2501-4
- ↑ Alström, P.; Ericson, P. G. P.; Olsson, U.; Sundberg, P. (2006). «Phylogeny and classification of the avian superfamily Sylvioidea». Molecular Phylogenetics and Evolution. 38 (2): 381–397. PMID 16054402. doi:10.1016/j.ympev.2005.05.015
- ↑ Cibois, Alice (2003). «Mitochondrial DNA phylogeny of babblers (Timaliidae)». The Auk. 120 (1): 35–54. JSTOR 4090138. doi:10.1642/0004-8038(2003)120[0035:MDPOBT]2.0.CO;2
- ↑ Cai, T.; Cibois, A.; Alström, P.; Moyle, R.G.; Kennedy, J.D.; Shao, S.; Zhang, R.; Irestedt, M.; Ericson, P.G.P.; Gelang, M.; Qu, Y.; Lei, F.; Fjeldså, J. (2019). «Near-complete phylogeny and taxonomic revision of the world's babblers (Aves: Passeriformes)». Molecular Phylogenetics and Evolution. 130: 346-356. doi:10.1016/j.ympev.2018.10.010
- ↑ Voelker, Gary; Light, Jessica E. (2011). «Palaeoclimatic events, dispersal and migratory losses along the Afro-European axis as drivers of biogeographic distribution in Sylvia warblers». BMC Evolutionary Biology. 11 (163): 163. PMC 3123607 . PMID 21672229. doi:10.1186/1471-2148-11-163
- ↑ Dickinson, E.C.; Christidis, L., eds. (2014). The Howard & Moore Complete Checklist of the Birds of the World, Volume 2: Passerines 4th ed. Eastbourne, UK: Aves Press. ISBN 978-0-9568611-2-2