Tahorot
Tahorot (em hebraico טהורת, "Purezas") é a sexta ordem da Mishná (assim como da Tosefta e do Talmude). Esta ordem debruça-se sobre a distinção entre 'puro' e 'impuro' em termos rituais e sobre pureza familiar. Esta é a mais longa das Ordens da Mishná. Tem 12 tratados:
- Kelim (כלים, "Utensílios").
- Ohalot (אוהלות, "Tendas").
- Negaim (נגעים, ‘’Pragas’’).
- Pará (פרה, "Vaca").
- Tohorot (טהורת, "Purezas").
- Mikvaot (מקואות, "Piscinas de Água").
- Nidá (נידה, "Separação").
- Machshirin (מכשירין, "Actos preliminares de preparação").
- Zavim (זבים, "Emissões Seminais").
- Tebul Yom (טבול יום, "Imersão do dia").
- Yadaim (ידיים, "Mãos").
- Uktzim (עוקצים, "Hastes").
A ordenação dos diferentes tratados é explicada, de acordo com Rambam) da seguinte forma:
Kelim é o primeiro, uma vez que introduz os níveis de impureza e dita para cada objecto as várias impurezas que se aplicam. Ohalot segue-se por analisar o mais grave tipo de impureza, a impureza de um cadáver. Depois vem Negaim porque é o nível seguinte de impureza e porque, tal como um morto, o metzorá também transmite impureza como uma tenda. O tratado de Pará define a purificação para os tipos graves de impureza já destacados. O próximo nível é o das impurezas mais leves Tohorot e o seu método de purificação que é a imersão (Mikvaot). Nidá segue-se por ser um nível menor de impureza mas ter a facto de se aplicar exclusivamente a uma parte das pessoas (ou seja, as mulheres). Makshirin, Zavim e Tebul Tom seguem-se a Nidá baseadas na ordem de menção nas Escrituras. O próximo nível de impureza é de decreto rabínico apenas (Yadaim). Finalmente, Uktzin é colocado em último por ser restrito e não ter base nas Escrituras, sendo as suas leis apenas derivadas do raciocínio dos Sábios.
Apenas existe uma Guemará do Talmude Babilónico para o tratado de Nidá. Isto justifica-se por a maioria das outras leis de pureza e impureza não se aplicarem quando o Templo de Jerusalém não existe. O Talmude Yerushalmi (ou de Jerusalém) apenas cobre quatro capítulos de Nidá.