Teódulo Albuquerque

Médico e político baiano

Teódulo Lins de Albuquerque (Pilão Arcado, 16 de junho de 1914Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1979) foi um médico e político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte pela Bahia em 1946.[1]

Teódulo Albuquerque
Teódulo Albuquerque
Nascimento 16 de junho de 1914
Pilão Arcado
Morte 15 de agosto de 1979 (65 anos)
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Filho(a)(s) Carlos Albuquerque
Irmão(ã)(s) Wilson Lins
Ocupação político

Biografia

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Formou-se em medicina no ano de 1939, pela Faculdade de Medicina da Bahia, tendo exercido o cargo de de Inspetor Federal de Educação antes de iniciar a carreira parlamentar em dezembro de 1945. Naquela ocasião, foi o único deputado eleito pela Bahia na legenda do extinto Partido Popular Sindicalista (PPS) para a Assembleia Nacional Constituinte. Em 1946, a sua agremiação política uniu-se ao Partido Republicano Progressista e ao Partido Agrário Nacional, formando o Partido Social Progressista (PSP), cuja liderança maior era o ex-Interventor paulista Ademar de Barros. Naquele primeiro mandato parlamentar (que duraria até 31 de janeiro de 1951), exerceu a presidência da Comissão Especial da Bacia do São Francisco e participou da Comissão de Transportes e Comunicações da Câmara.[2]

Na eleição posterior, ocorrida em três de outubro de 1950, tentou a reeleição através da Aliança Democrática, coligação formada pela União Democrática Nacional (UDN), o Partido Republicano (PR), o Partido Socialista Brasileiro (PSB), o Partido Democrata Cristão (PDC) e o PSP, obtendo apenas uma suplência, o que iria se repetir no pleito seguinte, ocorrido em 1954. Somente conseguiria voltar à Câmara Federal na eleição de 3 de outubro de 1958, através da legenda do PR. Àquela época, viajou por duas vezes aos Estados Unidos, convite do governo daquele país. Exerceria também a vice-liderança da bancada do PR a partir de junho de 1960, tendo viajado à Tchecoslováquia em 1962, representando a Câmara dos Deputados. Consegui a reeleição no pleito legislativo de 1962 através da Aliança Trabalhista, formada pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido de Representação Popular (PRP) e o PR. Em 4 de maio de 1965, assumiria vice-liderança da maioria na Câmara.

Com a extinção dos partidos políticos brasileiros por força do Ato Institucional nº 2, decretado pelo presidente Castelo Branco em 27 de outubro de 1965, que criou o bipartidarismo no país, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), que dava sustentação politica ao regime iniciado em 1964.[3] Através da ARENA, foi sucessivamente reeleito pelo seu estado para a Câmara Federal em 1966, 1970 e 1974, sempre representando o Estado da Bahia, cumprindo integralmente todos os mandatos. Em 1974, apoiou a candidatura vitoriosa de Roberto Santos ao governo baiano.[4] Como deputado, participaria também da Comissão de Orçamento e foi relator de três comissões parlamentares de inquérito sobre questões relativas ao petróleo.

Vida pessoal

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Além de político, foi também jornalista, tendo sido diretor dos jornais O Imparcial e Diário de Notícias, de Salvador. Pertenceu também à Associação Comercial da Bahia e à Sociedade Brasileira de Medicina. Era irmão do ex-banqueiro, jornalista e deputado Wilson Lins de Albuquerque, que foi diretor da financeira A Tradição, vinculada ao antigo Banco Halles.

Foi casado com Inês de Oliveira Albuquerque.

Homenagem

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Placa de inauguração do bairro do Cabula VI, que homenageia Teódulo Albuquerque

Em março de 1980, a estatal baiana Habitação e Urbanização do Estado da Bahia S/A - URBIS inaugurou o conjunto habitacional Deputado Teódulo Albuquerque, que viria a ser conhecido como Cabula VI. A principal via do bairro viria a ser nomeada como Rua Teódulo de Albuquerque.

Referências

  1. «Teódulo Lins de Albuquerque - CPDOC». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 31 de outubro de 2017 
  2. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «TEODULO LINS DE ALBUQUERQUE». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 5 de fevereiro de 2019 
  3. NÊUMANE, José (1992). A república na lama: uma tragédia brasileira. São Paulo: Geração Editoral. pp. 37, 38. Consultado em 5 de fevereiro de 2019 
  4. NERY, Sebastião (2002). Folclore Político. São Paulo, SP: Geração Editorial. pp. 309, 310, 311. Consultado em 5 de fevereiro de 2002