Teatro Coliseu (Santos)
O Teatro Coliseu é o maior teatro de Santos, situado no centro histórico da cidade. Construído originalmente em 1909, foi palco de grandes nomes culturais da época como companhias teatrais e musicais, além de óperas, operetas e outros tipos de espetáculos. Após sofrer com a decadência estrutural e abandono, foi tombado pelo Condephaat em 1983 e fechado para reformas em 1996. Passou a pertencer ao município que, após dez anos de reformas, o reabriu.[1][2] Atualmente, o Coliseu tem capacidade para mil espectadores e é consolidado como um importante ponto turístico da cidade.
Teatro Coliseu | |
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Fachada do Teatro Coliseu | |
Informações gerais | |
Estilo dominante | Eclético |
Arquiteto | João Bernils |
Construção | 1909 |
Website | www.turismosantos.com.br |
Estado de conservação | SP |
Património nacional | |
Classificação | Condephaat |
Data | 1989 |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Santos |
Coordenadas | 23° 56′ 10″ S, 46° 19′ 28″ O |
Localização em mapa dinâmico |
História
editarConstrução
editarEm 18 de julho de 1897 a Companhia Coliseu Santista, fundada por José Luis de Almeida Nogueira e Heitor Teixeira Penteado, inaugurou um ginásio de esportes com arquibancadas e um velódromo, permanecendo ativo até 1903. Abandonada, a construção chamou a atenção do empresário Francisco Serrador que adquiriu a propriedade e lá inaugurou um bar em 23 de julho de 1909.[3] Nesse período o edifício foi muito usado para atividades políticas, sendo notória uma conferência de Ruy Barbosa.[4][5] Posteriormente passou por uma grande reforma e, em 1924, foi reinaugurado pela Companhia Cinematográfica Brasileira com sua configuração atual sob o nome de Teatro Coliseu Santista, projetado por João Bernils.[3]
Meados do século XX
editarNo dia 21 de junho de 1924 o Teatro Coliseu teve sua inauguração marcada pela encenação do libreto de João Köpke "A Bela Adormecida" pela orquestra do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, com partitura do então presidente do Estado de São Paulo Carlos de Campos.[5] Considerado o 4º teatro em ordem de importância no Brasil, foi também palco da estreia do cinema falado na cidade em 1929.[3]
Decadência
editarA década de 50 foi marcada pela decadência das casas teatrais conforme os interesses sociais de Santos se voltavam para a orla da praia. O Coliseu passou a ser utilizado também para festas de formatura, além de ter sua estrutura modificada nas décadas seguintes para a instalação não apenas de lojas como também um cartório, uma farmácia e uma sede de clube na cobertura onde anteriormente funcionava um cassino. Em 1967 começou a ser descaracterizado com a demolição dos fundos do teatro para a construção de um posto de gasolina. Já na década de 70, a exibição de filmes pornográficos toma o lugar do teatro. Com a precarização da estrutura, foi desativado na década de 1980. Em agosto de 1989 a prefeita Telma de Souza decretou a desapropriação do imóvel, que levou o mesmo a ser tombado em dezembro do mesmo ano.
Reinauguração e atualidade
editarEm 11 de janeiro de 1994 o Condephaat realizou uma consulta à prefeitura de Santos sobre a existência de diretrizes para o restauro do Coliseu. A conclusão total de sua restauração deu-se em janeiro de 2006, onde foram gastos R$ 20 milhões.[6]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Cultura: Teatro Coliseu de Santos volta a integrar memória cultural do País». Governo do Estado de São Paulo. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 20 de março de 2006. Consultado em 22 de dezembro de 2019
- ↑ «Teatro Coliseu». Prefeitura de Santos. Prefeitura de Santos. Consultado em 22 de dezembro de 2019
- ↑ a b c Schicchi, Maria Cristina (2008). «Patrimônio arquitetônico das cidades paulistas: a preservação como questão de urbanismo». Arquitetura Revista. pp. 87–109–109. doi:10.4013/5465. Consultado em 22 de dezembro de 2019
- ↑ «Festival Ibero-americano de Artes Cênicas de Santos». Mirada. Consultado em 22 de dezembro de 2019
- ↑ a b «Novo Milênio: Histórias e Lendas de Santos: Memórias do Teatro de Santos (07)». www.novomilenio.inf.br. Novo Milênio. Consultado em 22 de dezembro de 2019
- ↑ «Laudo aponta áreas de instabilidade e ferrugem na fachada do Teatro Coliseu». G1. 9 de novembro de 2016. Consultado em 23 de dezembro de 2019