Tempestade tropical Chris (2006)

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Tempestade tropical Chris
imagem ilustrativa de artigo Tempestade tropical Chris (2006)
A tempestade tropical Chris em 2 de Agosto de 2006
História meteorológica
Formação 31 de Julho de 2006
Dissipação 5 de Agosto de 2006
Tempestade tropical
1-minuto sustentado (SSHWS)
Ventos mais fortes 100 km/h (65 mph)
Pressão mais baixa 1001 hPa (mbar); 29.56 inHg
Efeitos gerais
Fatalidades nenhuma
Danos mínimos
Áreas afetadas Pequenas Antilhas, Porto Rico, Turcas e Caicos, Hispaniola e leste de Cuba.
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Parte da Temporada de furacões no Atlântico de 2006

A tempestade tropical Chris foi o quarto ciclone tropical da temporada de furacões no Atlântico de 2006. Chris formou-se em 31 de Julho no Oceano Atlântico a leste das Pequenas Antilhas de uma onda tropical. A tempestade em geral deslocou-se para oeste-noroeste, passando ao norte das ilhas do Caribe. Chris foi uma tempestade de relativa curta duração, alcançando o pico de intensidade com ventos de 100 km/h em 2 de Agosto enquanto estava localizado ao norte de São Martinho. A tempestade enfraqueceu-se gradualmente antes de finalmente se dissipar em 5 de Agosto perto do leste de Cuba.

Os danos gerais foram mínimos, causando chuvas moderadas ao longo de sua trajetória. Nenhuma morte foi registrada.

História meteorológica

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Mapa demarcando o percurso e intensidade da tempestade, de acordo com a escala de furacões de Saffir-Simpson
Chave mapa
     Depressão tropical (≤62 km/h, ≤38 mph)
     Tempestade tropical (63–118 km/h, 39–73 mph)
     Categoria 1 (119–153 km/h, 74–95 mph)
     Categoria 2 (154–177 km/h, 96–110 mph)
     Categoria 3 (178–208 km/h, 111–129 mph)
     Categoria 4 (209–251 km/h, 130–156 mph)
     Categoria 5 (≥252 km/h, ≥157 mph)
     Desconhecido
Tipo tempestade
  Ciclone extratropical, baixa remanescente, distúrbio tropical, ou depressão monsonal

Uma onda tropical deixou a costa ocidental da África em 27 de Julho. Inicialmente, fortes áreas de convecção persistiam ao longo do eixo da onda, embora ar seco tenha diminuído grandemente as áreas de convecção em 28 de Julho. A área de ventos continuava bem definida assim que a onda continuava a ir para oeste. As áreas de convecção profunda aumentaram dois dias após na porção norte do eixo da onda. As Classificações Dvorak começaram em 30 de Julho em resposta a um aumento da profundidade e da organização das áreas de convecção. Em 31 de Julho, uma boia registrou uma mudança na direção do vento do nordeste para oeste, indicando a formação de uma pequena área de baixa pressão. A organização convectiva rapidamente aumentou assim que o sistema começou a seguir para noroeste. O sistema tornou-se a depressão tropical Três em 1º de Agosto enquanto estava localizada a 375 km a leste-sudeste de Barbuda.[1]

Meteorologistas inicialmente previram que os ventos de cisalhamento de uma área de baixa pressão de altos níveis poderiam prevenir o fortalecimento e causar a dissipação dentro de três dias.[2] Entretanto, a depressão continuou a se organizar assim que as áreas de convecção profunda continuaram a se desenvolver perto da circulação apesar dos ventos de cisalhamento moderado. O sistema intensificou-se para a tempestade tropical Chris seis horas depois de sua formação.[1][3] As áreas de convecção gradualmente se consolidaram sobre o sistema e na noite de 1º de Agosto, Chris alcançou ventos constantes de 95 km/h enquanto passava a 80 km ao norte das Pequenas Antilhas.[4] A estrutura de Chris continuou a se organizar e ficou mais simétrico e um olho chegou a se formar na parte superior da tempestade no começo da madrugada de 2 de Agosto. Os fluxos externos aumentaram em todos os quadrantes.[5] A tempestade alcançou o pico de intensidade com ventos constantes de 100 km/h pouco depois, enquanto estava localizada a 195 km a leste de São Tomás, Ilhas Virgens Americanas. Apesar das previsões iniciais de que Chris se tornaria um furacão assim que uma crista de alta pressão iria forçar Chris a seguir uma trajetória para oeste-noroeste,[6] os ventos de cisalhamento dissiparam o núcleo interno bem definido da tempestade e Chris começou a se enfraquecer.[7]

 
A tempestade tropical Chris enfraquecendo-se devido aos fortes ventos de cisalhamento.

No começo da madrugada de 3 de Agosto, fortes ventos de cisalhamento sobre Chris deslocaram as áreas de convecção profunda sobre a circulação ciclônica de baixos níveis enquanto uma crista em formação ao seu norte fez mudar a trajetória de Chris para oeste, em direção a uma área de ar seco.[1][8] Por volta do meio-dia de 3 de Agosto, a circulação ciclônica estava desprovido de qualquer área de convecção num raio de 135 km do centro do sistema enquanto as áreas de convecção estavam sendo levadas pelo vento de cisalhamento até Porto Rico e Hispaniola.[9] No final do mesmo dia, novas áreas de convecção começaram a se formar perto do centro do sistema novamente,[10] embora os ventos de cisalhamento persistentes enfraqueceram Chris para uma depressão tropical em 4 de Agosto. Devido aos modelos computacionais terem previsto o enfraquecimento dos ventos de cisalhamento, os meteorologistas indicaram a possibilidade de um fortalecimento moderado no Golfo do México para uma tempestade tropical com ventos constantes de 95 km/h.[11] Entretanto, as áreas de convecção continuaram mínimas e Chris se degenerou para uma área de baixa pressão remanescente no final de 4 de Agosto.[1] No final de 5 de Janeiro, as áreas de convecção se intensificaram em associação com a área de baixa pressão e meteorologistas indicaram um desenvolvimento lento sobre o Golfo do México[12] devido às poucas condições favoráveis.[13] Um novo desenvolvimento da tempestade nunca ocorreu e a circulação ciclônica remanescente dissipou-se perto de Havana, Cuba, em 6 de Agosto.[1]

Preparativos

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A tempestade tropical Chris fotografado da Estação Espacial Internacional.

Quando o Centro Nacional de Furacões emitiu seu primeiro aviso sobre a depressão tropical Três, os governos de Antiga e Barbuda, Anguila, São Cristóvão e Neves e as Ilhas Virgens Britânicas emitiram um aviso de tempestade tropical para seus respectivos territórios.[14] Quando a depressão se fortaleceu para a tempestade tropical Chris, avisos de tempestade tropical foram emitidos também para Saba, Santo Eustáquio, São Bartolomeu e São Martinho.[15] Três navios de cruzeiros tiveram que se desviar de suas rotas originais para evitar a tempestade.[16] Representantes da Federal Emergency Management Agency coordenaram junto com as autoridades locais de gerenciamento de emergências nas Ilhas Virgens Americanas para determinar a necessidade de uso dos hospitais, abrigos e sacos de areia.[17] Em St. Tomás, todos os voos foram cancelados, exceto empresas de táxi aéreo, que foram, permitidas a trafegar durante a tempestade.[18] O serviço de balsa entre São Martinho e Anguila foram suspensos por um curto período de tempo.[19] As autoridades em São Martinho recomendaram aos cidadãos a fixar todos os objetos soltos. Também avisaram os residentes costeiros a se prepararem para as fortes ondas. Também recomendaram a canteiros de obras a fixarem todos seus equipamentos. Também foram avisados os proprietários de pequenas embarcações para que não saíssem para o mar durante a passagem da tempestade.[20]

Em 1 de Agosto, autoridades em Porto Rico emitiram um aviso de tempestade tropical para a ilha.[21] No dia seguinte, cerca de 600 turistas tiveram que sair das ilhas de Vieques e Culebra.[16] Os cidadãos em Porto Rico prepararam-se para a chegada da tempestade, estocando alimentos e combustível.[22] Em 2 de Agosto, o governo de Bahamas emitiu um alerta de furacão para Turcas e Caicos, para as Ilhas Acklins e Crooked, para a Ragged Island , para Inagua e para Mayaguana.[23] Em resposta à ameaça da tempestade, as autoridades encorajaram os cidadãos a estocarem suprimentos, enquanto que em Staniel Cay, foi recomendado aos proprietários de embarcações a fixarem seus barcos em preparativo para a tempestade.[16]

Em resposta à trajetória prevista da tempestade no Golfo do México, o preço do petróleo cru no escritório em Londres do New York Mercantle Exchange.[24] O preço do gás natural subiram consideravelmente no pregão eletrônico do New York Mercantile Exchange em 2 de Agosto. Em antecipação à ameaça de um potencial furacão Chris junto com a demanda destes produtos durante uma onda de calor foram citados como fatores para a subida dos preços.[25] Em Nova Orleans, as autoridades, incluindo Ray Nagin prepararam-se para a possível evacuação da cidade de Chris entrasse no Golfo do México como um furacão. O plano de evacuação incluía retirar todos os residentes para foram da cidade se o cenário fosse o pior, com a intenção de evitar uma nova ocorrência, como aconteceu com o furacão Katrina um ano antes.[26] O Gerenciamento de Emergências da Flórida requereu 10 centros de recuperações móveis e colocaram hospitais em Florida Keys em estado de alerta para uma possível evacuação. As autoridades em Mississippi identificaram a necessidade de 110 pessoas para assistir em um processo de evacuação no caso de Chris atingir o estado. Os centros de operação de emergências no Texas e na Luisiana monitoraram o progresso da tempestade, embora não executaram nenhum preparativo para uma possível evacuação.[17]

Impactos

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Sumário de chuvas associadas à tempestade em Porto Rico e na República Dominicana.

Os impactos causados por Chris foram mínimos e geralmente confinados em enchentes locais.

São Tomás, Ilhas Virgens Americanas, recebeu chuvas torrenciais, que chegaram a 75 mm.[18] em Anguila foi registrado pouca chuva e algumas rajadas de vento que chegava a 34 km/h.[19] Em São João, Ilhas Virgens Americanas, as rajadas de vento da tempestade não passaram de 37 km/h. Os ventos estavam associados a chuvas moderadas que chegaram a 75 mm. Também foram registrados relâmpagos quando o centro da tempestade aproximava-se da cidade.[27] Embora os danos em São Martinho fossem mínimos, o governado Franklyn Richards reconheceu que os preparativos feitos em resposta à ameaça da tempestade serviu como um teste para chamar a atenção de todos os habitantes que não estavam preparados para a temporada de furacões.[20] Em San Juan, Porto Rico, a tempestade causou poucas chuvas e ventos.[22] As áreas de convecção que foram retiradas de Chris pelos ventos de cisalhamento chegaram em Culebra, Porto Rico, que causaram ventos de até 48 km/h e uma precipitação acumulada de 33 mm.[28] Em Fajardo, a precipitação acumulada chegou ao pico de 78 mm.[1] As chuvas causaram o transbordamento do Rio Fajardo. As enchentes fecharam temporariamente uma auto-estrada na porção nordeste da ilha.[29]

As chuvas alcançaram 50 mm sobre porções de Hispaniola, Turcas e Caicos, as Baamas e no leste de Cuba. Em algumas áreas montanhosas, a precipitação acumulada chegou a 100 mm.[30] Em Santo Domingo, República Dominicana, as chuvas causaram enchentes severas. Segundo o jornal local Las Américas, a precipitação acumulada chegou a 127 mm.[31] Várias pessoas ficaram temporariamente desabrigadas devido às enchentes.[32] As enchentes deixaram muitas rodovias intransitáveis perto da capital. As chuvas também causaram muitos deslizamentos de terra.[33] As enchentes também cobriram campos de arroz na porção nordeste do país. O Escritório Nacional de Meteorologia local emitiu avisos de enchentes para os residentes em áreas baixas e perto de rios no nordeste e no noroeste do país. Apesar das enchentes, os danos gerais foram mínimos e não foram registrados mortes ou feridos em associação com a tempestade.

Ver também

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Referências

  1. a b c d e f Stacy Stewart (2006). «Tropical Storm Chris Tropical Cyclone Report» (PDF). National Hurricane Center (em inglês). Consultado em 12 de dezembro de 2006 
  2. Franklin (2006). «Tropical Depression One Discussion One». NHC (em inglês). Consultado em 22 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  3. Stewart (2006). «Tropical Storm Chris Discussion Two». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  4. Knabb (2006). «Tropical Storm Chris Discussion Six». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  5. Stewart (2006). «Tropical Storm Chris Discussion Seven». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  6. Pasch (2006). «Tropical Storm Chris Discussion Eight». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  7. Pasch (2006). «Tropical Storm Chris Discussion Nine». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  8. Avila (2006). «Tropical Storm Chris Discussion Eleven». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  9. Pasch (2006). «Tropical Storm Chris Discussion Twelve». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  10. Blake/Knabb (2006). «Tropical Storm Chris Discussion Fourteen». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  11. Brown/Beven (2006). «Tropical Depression Chris Discussion Sixteen». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  12. Mainelli/Bevin (2006). «August 5 Tropical Weather Outlook». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  13. Stewart (2006). «August 6 Tropical Weather Outlook». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  14. Franklin (2006). «Tropical Depression Three Public Advisory One». NHC (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2006 [ligação inativa]
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  16. a b c AP (2006). «Tropical Storm Chris loses steam» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  17. a b FEMA (2006). «National Situation Update» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  18. a b Stormcarib.net (2006). «Unofficial St. Thomas Reports for Tropical Storm Chris» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  19. a b Stormcarib.net (2006). «Unofficial Anguilla Reports for Tropical Storm Chris» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  20. a b Stormcarib.net (2006). «Unofficial Saint Martin Reports for Tropical Storm Chris» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  21. Pasch (2006). «Tropical Storm Chris Public Advisory Four». NHC (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  22. a b Stormcarib.net (2006). «Unofficial Puerto Rico Reports for Tropical Storm Chris» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  23. Pasch (2006). «Tropical Storm Chris Public Advisory Eight». NHC (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  24. «Oil surges as Storm Chris heads toward Gulf of Mexico». Financial Express (em inglês). 1 de agosto de 2006. Consultado em 28 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 19 de outubro de 2006 
  25. «Natural Gas Surges in New York on Hurricane Threat, Heat Wave». Bloomberg (em inglês). 2 de agosto de 2006 
  26. Reuters (2006). «New Orleans warily eyes Tropical Storm Chris» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  27. Stormcarib.net (2006). «Unofficial St. John Reports for Tropical Storm Chris» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  28. Stormcarib.net (2006). «Unofficial Culebra Reports for Tropical Storm Chris» (em inglês). Consultado em 27 de agosto de 2006 
  29. Miranda Leitsinger (2006). «Tropical Storm Chris weakens further». Associated Press (em inglês). Consultado em 4 de agosto de 2006 
  30. Zee News (2006). «Tropical storm Chris wreaks havoc before downgrading» (em inglês). Consultado em 25 de agosto de 2006. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007 
  31. DIRECCION GENERAL DE AERONAUTICA CIVIL OFICINA NACIONAL DE METEOROLOGIA. «RESUMEN TEMPORADA CICLONICA 2006.». www.onamet.gov.do [ligação inativa] Retirado em 29 de janeiro de 2007. (espanhol)
  32. Espacinsular (2006). «Llueve torrencialmente y emiten alerta verde para 11 provincias por Chris» (em espanhol). Consultado em 28 de agosto de 2006 [ligação inativa]
  33. Espancinsular (2006). «"Chris" se alejó de República Dominicana pero dejó agua, inundaciones y daños menores» (em espanhol). Consultado em 28 de agosto de 2006 [ligação inativa]

Ligações externas

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