Teresa Pires I de Bragança
Teresa Pires I de Bragança (m. depois de 1198) foi uma rica-dona portuguesa.
Teresa Pires I de Bragança | |
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Rica-dona/Senhora | |
Senhora consorte de Baião | |
Reinado | c.1175-c.1195 |
Nascimento | Antes de 1162 |
Morte | Depois de 1198 |
Cônjuge | Afonso Ermiges de Baião |
Descendência | Lopo Afonso, tenens Ponço Afonso, tenens Berengária Afonso, Senhora de Lima Sancha Afonso |
Dinastia | Bragança |
Pai | Pedro Fernandes de Bragança |
Mãe | Fruilhe Sanches de Celanova |
Religião | Catolicismo romano |
Biografia
editarTeresa era filha do magnate Pedro Fernandes de Bragança, Mordomo-mor de Portugal, filho do bravo Fernão Mendes II de Bragança, e da galega Fruilhe Sanches de Celanova, filha do magnate Sancho Nunes de Celanova[1].
Casamento
editarPouco se conhece da sua vida. Sabe-se que terá usufruído de um dote régio aquando do seu casamento com o magnate, por volta de 1185, demonstrando que o casal deveria manter boas relações com a corte, ao que contribuiu ou deve ter sido consequência da criação do infante Rodrigo Sanches, filho natural de Sancho I de Portugal[2] [1]. De facto, o infante parece ter sido criado por Teresa e Afonso, na vila de Régua[2].
O casamento revelar-se-ia frutífero para a família, pois daria à Casa de Baião acesso à tenência de Bragança, e a bens na região, estendendo a área de influência da família para nordeste[3].
Gestão fundiária
editarSegundo as Inquirições Gerais, Teresa revelou-se, como viriam a ser também os seus descendentes,uma ativa e ávida usurpadora de bens fundiários[4]. Uma passagem da fonte relata que Teresa terá construído umas casas junto a Mesão Frio, para delas fazer lugares de venda ou comércio, com os quais a coroa perdia direitos, pelo que Sancho I de Portugal veio pessoalmente a Mesão Frio e, sem qualquer consideração, lhas queimou todas, à exceção de uma só, que reservou para pousa sua, ou do seu rico-homem[4].
Morte
editarTerá falecido depois de 1198, pois o monarca só encetou a sua relação com Maria Aires de Fornelos após a morte da esposa, naquele ano de 1198, e só depois desta data terá nascido o infante que Teresa criou, pelo que a bragançã terá de ter falecido nos primeiros anos do século XIII.
Não terá sobrevivido ao marido, pois este casa pela segunda vez pouco depois da morte dela.
Casamento e descendência
editarTeresa desposou Afonso Ermiges de Baião (antes de 1162 - depois de 1195), filho de Ermígio Viegas de Baião, por volta de 1185.[5] Do casal proveio a seguinte descendência:
- Lopo Afonso de Baião casado com Aldara Viegas de Alvarenga.
- Ponço Afonso de Baião (1190 - 1235) casado com Mor Martins de Riba de Vizela (1200 -?).
- Berengária Afonso de Baião (1200 -?) casada com João Fernandes de Lima, “o Bom” (1170 - 1245)
- Sancha Afonso de Baião, não casou
Referências
- ↑ a b Sottomayor-Pizarro 1997.
- ↑ a b Barroca 2013, p. 151-189.
- ↑ Ventura 1992.
- ↑ a b GEPB 1935-57, vol.21, p. 251.
- ↑ Nesta altura o casal recebe uns bens do monarca de Portugal como dote de casamento.
Bibliografia
editar- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols., Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa. vol. 16-pg. 887.
- Barroca, Mário Jorge (2013). «As quatro faces de Rodrigo Sanches» (PDF). Portugália - Nova Série (34)
- Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. I.
- Sottomayor-Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Universidade do Porto
- Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra