Terone
Terone, Teron ou ainda Têron (535 a.C. — 472 a.C.) foi tirano [Nota 1] de Acragas na Sicília de 488 a.C. até sua morte em 472 a.C.. Sogro de Gelão I, colaborou com este para a derrota dos cartagineses em Hímeras (480 a.C.). É celebrado por Píndaro em duas odes olímpicas. Ele reinou por dezesseis anos, e foi sucedido por seu filho Thrasydaeus.[1]
Invasão cartaginesa
editarQuando Amílcar I de Cartago desembarcou na Sicília com planos de conquistar a ilha,[Nota 2][2] a primeira cidade atacada foi Hímeras, defendida por Terone.[3] Terone enviou um pedido de socorro a Gelão I, tirano de Siracusa.[3]
A vitória de Gelão I foi tão completa, contra um inimigo bem mais numeroso, que serviu até como inspiração para os gregos que, ao mesmo tempo, estavam lutando contra a invasão da Grécia por Xerxes I; mas enquanto que no caso das Guerras Médicas tanto o rei quanto a maior parte do exército persa conseguiu voltar para casa, a totalidade dos cartagineses, incluindo seu general, foram mortos.[4]
Curiosidades
editarTerone devolveu os ossos de Minos para Creta.[5] Minos havia sido enterrado por seus companheiros,[6] após ter sido assassinado por Cócalo, rei da Sicília,[7] pois Cócalo não quis entregar Dédalo para Minos.[8]
Notas e referências
Notas
- ↑ O termo tirano, que hoje tem uma conotação pejorativa, na Grécia Antiga apenas significava a forma de tomada de poder, normalmente uma troca de uma oligarquia por um governo despótico individual. Diodoro Sículo chama Terone de tirano e déspota, mas o cobre de elogios
- ↑ Diodoro Sículo sugere que havia uma aliança entre Cartago e a Pérsia, e que a parte de Cartago na guerra era conquistar a Sicília
Referências
- ↑ Diodoro Sículo, Livro XI, 53.1
- ↑ Diodoro Sículo, Livro XI, 20.1
- ↑ a b Diodoro Sículo, Livro XI, 20.5
- ↑ Diodoro Sículo, Livro XI, 23.2
- ↑ Diodoro Sículo, Livro IV, 79.4
- ↑ Diodoro Sículo, Livro IV, 79.3
- ↑ Diodoro Sículo, Livro IV, 79.2
- ↑ Diodoro Sículo, Livro IV, 79.1
Bibliografia
editar- Sir Paul Harvey (compilação) (1987). Dicionário Oxford de Literatura Clássica Grega e Latina. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 85-85061-72-3