Terra Indígena Parque do Tumucumaque

Terra Indígena Parque do Tumucumaque
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O Parque do Tumucumaque é uma terra indígena na Amazônia Legal com área de 3 071 mil hectares, localizada nos estado brasileiros do Amapá[1][2] e do Pará,[2][3] é habitada por sete povos: Isolados Akurio, Isolados do Citaré,[1][2][3] Isolados do Mapari,[3] Akuriyó, Aparai, Katxuyana, Tiriyó e, Wayana, formando uma população total de 2 828 pessoas.[1][2]

Em 2007, os povos tradicionais, incluindo os indígenas, foram reconhecidas pelo Governo do Brasil, através da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT),[4][5][6][7][8] por terem o modo de vida ligado aos recursos naturais e ao meio ambiente de forma harmônica e o uso comunitário da terra.[4][9] Reafirmando aos indígenas o direito a sua terra tradicional e a proteção do governo do Brasil.[10] Assim, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e o Ministério da Saúde do Brasil atuam nesta área através da Coordenação Regional e Distrito Sanitário Indígena "Amapá e Norte do Pará".[2]

Esta área habitada do Tumucumaque está registrada no CRI e na Secretaria de Patrimônio da União (SPU) via decreto s/n de 04/11/1997.[2]

Distribuição municipal

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Esta TI está presente em cinco municípios brasileiros:[1]

# Município Área

municípal (ha)

TI no município (ha)
1 Alenquer 2 364.545 174 241 (5,67%)
2 Almeirim 7 295.479 1 334.761 (43,46%)
3 Laranjal do Jari (AP) 3 078.299 61 053 (1,99%)
4 Óbidos 2 802.144 651 719 (21,22%)
5 Oriximiná 10 760.366 864 264 (28,14%)

Geografia

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Quase 44% deste território esta localizado no município paraense de Almeirim com 1 334.761 hectares, seguido de Óbidos e Oriximiná com menos de 30%, e Laranjal do Jari com 1,99%.[2]

A TI de Tumucumaque está localizada na bacia hidrográfica dos rios Jari, Paru e, Trombetas, e faz parte do bioma Amazônico, composto por uma vegetação com predominância de mata densa com 61,33%, seguido de savanas do tipo ombrófila e do tipo pioneira com 20,68% e 17,99% respectivamente.[2]

Organizações

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Nesta área atuam as seguintes organizações:[2]

  • Articulação das Mulheres Indígenas Tiriyó, Katxuyana e Txikiyana (AMITIKATXI);
  • Articulação de Mulheres Indígenas Wayana e Aparai (Amiwa);
  • Associação dos Povos Indígenas Tiriyó Katxuyana Txikiyana (Apitikatxi);
  • Associação dos Povos Indígenas Waiana e Aparai (Apiwa);
  • Centro de Cultura dos Povos Wayana e Aparai (CCPWA);

Estas organizações realizam três projetos nesta área:[2]

  • Pontão de Cultura Arte e Vida dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará II;
  • Ponto de Cultura (AP/PA), e;
  • Pontão de Cultura Arte e Vida dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará I (AM/PA).

Ameaças

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A terra indígena é ameaçada por exploradores do tipo garimpeiro.[2]

De acordo com o projeto Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (PRODES) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), esta área sofreu desmatamento de 4 328 ha até o ano 2023.[2]

A comunidade da TI reclama do atendimento precário da saúde, com falta de medicamentos básicos.[3] Com uma infraestrutura antiga (50 anos) para atender a atual quantidade populacional,[3] de quase 3 mil pessoas,[1][2] levando ao aumenta de doentes.[3]

Ver também

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Referências

  1. a b c d e Cadastro Único para Programas Sociais: Qual é a realidade dos povos indígenas no Brasil? (PDF). [S.l.]: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil 
  2. a b c d e f g h i j k l m «Parque Indígena Tumucumaque». instituto Terras Indígenas no Brasil. Consultado em 25 de outubro de 2024 
  3. a b c d e f RELATÓRIO Violência contra os povos indígenas no Brasil, DADOS DE 2015 (PDF). [S.l.]: CIMI. 2015. ISSN 1984-7645 
  4. a b «Comunidades dos Povos Tradicionais se manifestam após pedido de ruralistas pela suspensão dos processos de demarcação de territórios tradicionais». Instituto Memorial Chico Mendes. Consultado em 5 de novembro de 2024 
  5. «DECRETO Nº 6.040: Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.». Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 5 de novembro de 2024. Resumo divulgativo 
  6. «Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007». Observatório de Educação. Consultado em 5 de novembro de 2024 
  7. «Comissão de Agroecologia reafirma direitos dos povos e comunidades tradicionais e defende Decreto 6040». Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO). 24 de agosto de 2018. Consultado em 5 de novembro de 2024 
  8. «Descubra quais são os 28 povos e comunidades tradicionais do Brasil». Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (Cedefes). Consultado em 12 de agosto de 2022 
  9. «Os Faxinalenses são grupos sociais que compõe territórios específicos da região Centro e Centro-Sul do Estado do Paraná». Instituto Arvoredo Brasil. Consultado em 23 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 29 de janeiro de 2016 
  10. «Funai repudia declarações equivocadas e reafirma compromisso com a proteção dos direitos indígenas e a segurança de seus servidores». Ministério dos Povos Indígenas do Brasil. 2 de novembro de 2024. Consultado em 6 de novembro de 2024 
 
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Ligações externas

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