O Quinto Mosqueteiro
The Fifth Musketeer (bra/prt: O Quinto Mosqueteiro)[2][3][4] é um filme austríaco-alemão de 1979, dos gêneros swashbuckler e aventura histórica, dirigido por Ken Annakin, estrelado por Beau Bridges, e coestrelado por Sylvia Kristel, Ursula Andress, Cornel Wilde, Ian McShane, Lloyd Bridges, Alan Hale, Jr., Helmut Dantine, Olivia de Havilland, José Ferrer e Rex Harrison. O roteiro de David Ambrose foi baseado no romance "O Visconde de Bragelonne" (1847), de Alexandre Dumas; e no roteiro da produção "The Man in the Iron Mask" (1939), de George Bruce.[1]
O Quinto Mosqueteiro | |
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The Fifth Musketeer | |
Cartaz promocional do filme. | |
Áustria • Alemanha 1979 • cor • 104–16 min | |
Gênero | swashbuckler aventura histórica |
Direção | Ken Annakin |
Produção | Ted Richmond |
Produção executiva | Heinz Lazek |
Roteiro | David Ambrose |
História | H. A. L. Craig Charles Kuenstle |
Baseado em |
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Elenco | Beau Bridges Sylvia Kristel Ursula Andress Cornel Wilde Ian McShane Lloyd Bridges Alan Hale, Jr. Helmut Dantine Olivia de Havilland José Ferrer Rex Harrison |
Música | Riz Ortolani |
Cinematografia | Jack Cardiff |
Direção de arte | Theo Harisch |
Efeitos especiais | Fernando Perez Helmut Graef |
Figurino | Tony Pueo |
Edição | Malcolm Cooke |
Companhia(s) produtora(s) | Sacha-Wien Films Ted Richmond Productions |
Distribuição | Columbia Pictures |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
Orçamento | US$ 7 milhões[1] |
O romance no qual o filme foi baseado foi inspirado na lenda francesa do homem da máscara de ferro, um prisioneiro mantido em diversas prisões durante 34 anos, incluindo a Bastilha.
A produção marcou o último trabalho cinematográfico de de Havilland, que fez uma participação especial como Ana da Áustria, Rainha da França.
Sinopse
editarFilipe de Gasconha (Beau Bridges), o irmão gêmeo do rei francês Luís XIV (Beau Bridges), foi injustamente preso e exilado. Para esconder seu rosto dos outros, uma máscara de ferro foi colocada sobre sua cabeça, na qual ele não consegue remover sozinho. O idoso D'Artagnan (Cornel Wilde) e seus amigos mosqueteiros tentam corrigir a injustiça e libertar o misterioso prisioneiro, já que apenas ele possui direito legítimo ao trono da França. Com o plano, eventos levam a inúmeras confusões e intrigas na corte.
Elenco
editar- Beau Bridges como Luís XIV / Filipe de Gasconha
- Sylvia Kristel como Maria Teresa
- Ursula Andress como Luísa de La Vallière
- Cornel Wilde como D'Artagnan
- Ian McShane como Nicolas Fouquet
- Lloyd Bridges como Aramis
- Alan Hale, Jr. como Porthos
- Helmut Dantine como Embaixador da Espanha
- Olivia de Havilland como Ana da Áustria, Rainha da França
- José Ferrer como Athos
- Rex Harrison como Jean-Baptiste Colbert
- Patrick Pinney como Capitão dos Guardas
Produção
editarAs filmagens começaram em setembro de 1976, com o título de produção "Behind the Iron Mask", para evitar confusão com uma versão de um telefilme chamado "The Man in the Iron Mask".[5][6]
O filme foi gravado em Viena e arredores, em locações como o Palácio de Schönbrunn, o Palácio de Auersperg, a Igreja Votivkirche, o Castelo de Liechtenstein e o Castelo de Kreuzenstein.[1] As falas de Sylvia Kristel foram supostamente dubladas por outra atriz.[7] Ela recebeu US$ 300.000.[8]
Alan Hale, Jr. interpretou o mesmo personagem, Porthos, que seu pai, Alan Hale Sr., interpretou em "The Man in the Iron Mask" (1939). Hale, Jr. também interpretou Porthos em "Lady in the Iron Mask" (1952) e Porthos, Jr. em "At Sword's Point" (1952).
Nos Estados Unidos, o filme foi classificado como PG pela MPA.
Lançamento
editarO filme não foi lançado por vários anos. A razão devia-se em parte ao fracasso financeiro de outro filme feito pela produtora austríaca, Sacha-Wien Films, "A Little Night Music". Outra razão foi devido ao fato de que outra adaptação, "The Man in the Iron Mask" (1977), havia ido ao ar recentemente na televisão.[9]
Eventualmente, o título do filme foi alterado para "The Fifth Musketeer", embora a produção não tivesse afiliação com os filmes de sucesso de Richard Lester, "Os Três Mosqueteiros" (1973) e "The Four Musketeers" (1974), além de serem todos baseados em histórias de Dumas. O título foi escolhido para capitalizar o sucesso recente desses filmes e informar ao público que os mesmos personagens estavam envolvidos na trama.[1][7]
Recepção
editarVincent Canby, em sua crítica para o The New York Times, escreveu: "Embora The Fifth Musketeer seja carregado de intrigas, duelos, luta de espadas em grande escala, trajes pesados e decoração mais pesada ainda, é singularmente sem estilo ou mesmo emoção. No centro, o Sr. Bridges, o mais novo, parece perplexo como alguém que não tem certeza de sua verdadeira identidade".[10]
Dale Pollock, para a revista Variety, afirmou que o filme "não acrescenta nada de novo ao gênero, derivando totalmente sua inspiração do lançamento da United Artists de 1939 escrito por George Bruce, que é creditado aqui junto com Dumas", acrescentando que o diretor Ken Annakin "sufoca The Fifth Musketeer com valores de produção ornamentados, luta de espadas mortalmente séria e diálogos tão carcomidos quanto as fantasias de camponês. O resultado? Sono".[11]
Gene Siskel, para o Chicago Tribune, deu ao filme 2.5/4 estrelas e chamou-o de "uma daquelas grandes produções de uma estrela de cada país. Esses filmes invariavelmente são mal dirigidos ... O diretor Ken Annakin é obrigado a dar a cada uma de suas estrelas uma quantidade decente de tempo na tela, e o resultado é um filme que se move aos trancos e barrancos".[12]
Kevin B. Thomas, para o Los Angeles Times, escreveu: "Existem alguns bons momentos ao longo do caminho de um elenco amplamente nostálgico e alguns cenários razoavelmente suntuosos, com o Palácio de Schoenbrunn substituindo Versalhes. No entanto, como a direção de Ken Annakin e o roteiro de David Ambrose não são inspiradores, The Fifth Musketeer tende a ser lento".[13]
Rick Groen, para o The Globe and Mail, perguntou: "Como um filme tão ruim assim é feito? ... os atores recitam suas falas em um tom monótono e a direção é absolutamente dura; as cenas de reação são tão estudadas que quase se pode ouvir a contagem do diretor. De fato, o timing de todos está muito errado, como se toda a produção tivesse sido feita em algum estupor induzido por Metaqualona".[14]
Avaliação de Annakin
editarEm sua autobiografia de 2001, "So You Wanna Be a Director?", Annakin concordou com as críticas ao filme, sentindo que não tinha feito um bom trabalho com os atores (em particular Andress e Kristel), além de não traduzir o roteiro para a tela de forma eficaz.[15]
Referências
- ↑ a b c d e «The First 100 Years 1893–1993: The Fifth Musketeer (1979)». American Film Institute Catalog. Consultado em 15 de agosto de 2023
- ↑ «O Quinto Mosqueteiro (1979)». Brasil: AdoroCinema. Consultado em 15 de agosto de 2023
- ↑ «O Quinto Mosqueteiro (1979)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 15 de agosto de 2023
- ↑ «O Quinto Mosqueteiro (1979)». Portugal: FilmBooster. Consultado em 11 de setembro de 2024
- ↑ Kilday, Gregg (18 de setembro de 1976). «Redford Tackles Producer Role». Los Angeles Times. p. a5
- ↑ Kilday, Gregg (2 de outubro de 1976). «Dictator Made the Final Cuts». Los Angeles Times. p. b7
- ↑ a b «The Fifth Musketeer». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 15 de agosto de 2023
- ↑ «Conjuring Up a Career Boost». Los Angeles Times. 13 de junho de 1978. p. f17
- ↑ Thomas, Bob (7 de julho de 1978). «Noncoming Attractions: MISSING MOVIES». Los Angeles Times. p. h16
- ↑ Canby, Vincent (8 de setembro de 1979). «Film: Dumas Is Revived In 'The Fifth Musketeer':The Cast». The New York Times (em inglês). Consultado em 15 de agosto de 2023
- ↑ Pollock, Dale (11 de abril de 1979). «Film Reviews: The 5th Musketeer». Variety. p. 21
- ↑ Siskel, Gene (8 de maio de 1979). "'Fifth Musketeer' rarely buckles down, but you'll love the swash". Chicago Tribune. Seção 2, p. 9.
- ↑ Thomas, Kevin (6 de abril de 1979). «'Fifth Musketeer' a Swashboiler». Los Angeles Times. p. Parte IV, p. 25
- ↑ Groen, Rick (14 de maio de 1979). «The 5th Musketeer displays fading galaxy of dwarf stars». The Globe and Mail. p. 16
- ↑ So You Wanna Be a Director? (2001). Publicado por Tomahawk Press (ISBN 0-953 1926-5-2)