Pro-Música Brasil
A Pro-Música Brasil (PMB),[1] anteriormente conhecida como Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), é uma entidade privada que representa as principais gravadoras do mercado fonográfico do país.[2] É também a parada de sucesso e de vendas oficial do Brasil.[3]
Tipo | Indústria fonográfica |
Fundação | abril de 1958 (66 anos) |
Sede | Rio de Janeiro |
Línguas oficiais | Português brasileiro |
Pessoas importantes | Pedro Rosa |
Antigo nome | Associação Brasileira dos Produtores de Discos |
Sítio oficial | pro-musicabr.org.br |
Sobre
editarO objetivo da Pro-Música Brasil, como associação representante das gravadoras do Brasil, é conciliar os interesses das organizações com os de autores, intérpretes, músicos, produtores e editores musicais, e de defesa coletiva e institucionalmente os direitos e interesses comuns de seus associados, combater à pirataria musical e promover levantamentos de estatísticas e pesquisas de mercado fonográfico.[2]
Ela é também responsável por pesquisas de mercado, dados estatísticos e de vendagens do setor fonográfico no Brasil e pela emissão dos certificados que autorizam as gravadoras a premiar os intérpretes das canções com discos especiais (Discos de Ouro, Platina, múltiplos de Platina, Diamante e múltiplos de Diamante), em decorrência de grandes volumes vendidos.[2]
Com sede no Rio de Janeiro, a ABPD foi fundada em Abril de 1958, sendo filiada à IFPI, que agrega cerca de 1,4 mil gravadoras em 76 países.[4][5] Para dar as licenças para outras mídias a ABPD criou, em 1995, a ABLF (Associação Brasileira de Licenciamento Fonográfico) e a APDIF (Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos), que tem como objetivo o combate à divulgação e lucro não autorizada de gravações musicais.[2]
Mercado fonográfico brasileiro
editarSegundo uma reportagem da IFPI, disse que o Brasil é uma grande potência no mercado fonográfico digital, uma das razões são as inovações de mercado e de tecnologia fazendo assim ser a maior indústria da América Latina em 2009.[6] Cerca de 80% das vendas digitais são de Telefonia móvel, e o que ajuda isso também são as redes sociais de grande audiência no Brasil, entre eles o Orkut, YouTube e MySpace.[6] E que no futuro o país será um dos maiores mercados digitais do mundo, devido aos altos índices de crescimento a cada ano.[6] O faturamento em 2007 foi de mais 24 milhões de reais, equivalente a 8% do faturamento total do Mercado Brasileiro de Música, segundo dados oficiais da ABPD.[7]
Em uma publicação de 2010 pela IFPI mostra que as vendas cresceram em 12% em relação de 2008 para 2009 no mundo, porém o país que mais perdeu mercado por causa da pirataria digital foi o Brasil. 80% foi o número apresentado pela Federação, porém o presidente da ABPD, Paulo Rosa, discordou dos números mostrados e disse que a queda foi de 50% e justifica os números apresentados pela IFPI que, eles se basearam apenas em discos com "preço inteiro" e não o custo que as gravadoras brasileiras colocavam no mercado.[8][9]
O relatório anual do mercado musical brasileiro feito em 2010, mostrou que o setor fonográfico movimentou mais de R$ 358 milhões em 2009, na parte digital foram 11,9% desse total, com mais de R$ 42 milhões, com um crescimento de 0,7% em comparação de 2008. Na parte física também houve um aumento de 1,08% nas vendas.[10] Que segundo opinião do Paulo Rosa, presidente da ABPD, disse que ter dois anos consecutivos de crescimento é uma grande vitória, mas que não deve ser festejada.[10]
O mercado brasileiro de música é forte em comparação com os estrangeiros, que movimenta cerca de 80% de todos os CDs e DVDs vendidos no Brasil, ou seja, 8 em cada 10 álbuns vendidos são de artistas nacionais. O país é um dos poucos com percentual de música local tão relevante. Para se ter uma ideia países da Europa como Inglaterra, França e Itália não possuem 80% do mercado nacional. Logo, o Brasil pode ser considerado um dos maiores consumidores de música nacional do mundo, segundo dados da ABPD.[11]
- CD Singles
No Brasil não são vendidos CD Singles, também chamados de compactos, por não haver aceitação por parte do público consumidor e do comércio. Esse tipo de formato foi testado em diferentes artistas em diversos gêneros em 1995 a 1997.[11]
Tabelas musicais
editarCrowley Broadcast Analysis
editarA Pro-Música Brasil utiliza a Crowley Broadcast Analysis, para fornecer dados para a associação, e para o ECAD, além de ser a parada musical oficial do Brasil.[12] Em agosto de 2009 passou a fornecer também exclusivamente as paradas para a revista Billboard Brasil (extinta em 2019[13]), que se baseava na grade básica de rádios com 250 estações, pesquisadas em dez cidades brasileiras.[14]
Top Álbuns Brasil
editarA Top Álbuns Brasil (anteriormente CD - TOP 20 Semanal) foi a parada oficial de vendas de CDs, o qual se baseia na venda registrada pelas gravadoras, mercados em massa, pesquisa reproduzida pela ABPD e pesquisada pela empresa Nielsen.[15]
Top DVDs Brasil
editarA Top DVDs Brasil (anteriormente DVD - TOP 20 Semanal ou TOP DVD 20) é a parada oficial de vendas de DVDs, o qual se baseia na venda registrada pelas gravadoras, mercados em massa, pesquisa reproduzida pela ABPD e pesquisada pela empresa Nielsen.
Top 50 Streaming
editarA Top 50 Streaming é uma parada mensal das 50 canções mais ouvidas das plataforma digitais Spotify, Apple Music, Napster, Google Play e Deezer. A parada é elaborada e compilada pela empresa BMAT.[16]
Objetivo
editarAs resoluções declaradas pela Pro-Música Brasil são:[2]
- conciliar os interesses das gravadoras com os de autores, intérpretes, músicos, produtores e editores musicais;
- defender coletiva e institucionalmente os direitos e interesses comuns de seus associados;
- combater a pirataria musical;
- promover levantamentos estatísticos e pesquisas de mercado.
Prêmio de Música Digital
editarPrêmio Música Digital é uma premiação musical surgida em 2010 no Brasil e que é anualmente realizada pela M.A.S. Mazzola Edições Musicais, Editora do produtor Marco Mazzola, em parceria com Marcelo Alves, diretor da ADMA Eventos, eleita como a "agência do ano" pelo prêmio Colunistas Promo 2009 e 2010. A cerimônia conta com a chancela das principais gravadoras brasileiras representadas pelas entidades ligadas ao mercado fonográfico do país, além da ABPD, ABMI, ABEM e ABER, juntamente com a participação das maiores empresas envolvidas na comercialização de donwload digital a Oi, TIM, Claro, Vivo, UOL, Nokia, Terra Networks e iMusica.[17]
Lista de associados e afiliados
editarTodas as companhias associadas e afiliadas com a Pro-Música Brasil:[18]
- Som Livre
- Sony Music Entertainment
- Universal Music
- Warner Music
- Midas Music
- Altafonte Brasil
- ONErpm
- The Orchard
- Atração Fonográfica
- Ingrooves Music Group
- Believe
Níveis de certificação
editarA Pro-Música Brasil disponibiliza, para buscas e pesquisas, todos os certificados de disco de ouro, platina, múltiplos de platina, diamante e múltiplos de diamante. A associação realiza certificações desde 1990 até os dias de hoje, com a solicitação das gravadoras associadas.[19]
E desde novembro de 2008, a entidade começou a premiar os produtos digitais, que são os downloads para internet, e ringtones que são vendas feita via telefonia móvel (celular). Em seu site oficial poderá ser visualizada todas as premiações.[19]
A partir de 2017, as certificações para vendas digitais foram unidas às de vendas físicas com as seguintes regras: Para certificação de álbuns, downloads digitais de álbuns completos são iguais a uma venda física de álbuns. Os downloads digitais pagos de singles do álbum também são contabilizados para a certificação, onde dez downloads de singles são equivalentes a uma venda de álbum. Para streamings de áudio e vídeo de uma ou mais faixas do álbum, 5.000 transmissões são equivalentes a um álbum. Certificações de singles são baseadas em download digital. Para streaming de áudio e vídeo, 500 streams são iguais a um download. A contagem para as certificações de álbum e single são iguais as previamente atribuídos aos CDs.[20]
Produtos digitais (internet/telefonia móvel)
editar- Downloads/Ringtones
Certificação | Emitidos a partir de novembro de 2008 |
---|---|
Ouro | 50.000 |
Platina | 100.000 |
2× Platina | 200.000 |
3× Platina | 300.000 |
9× Ouro | 450.000 |
Diamante | 500.000 |
Repertório nacional
editar- CD/Single
- DVD
(*) Hipotética, pode haver/ acontecer ou não.
Repertório internacional
editar- CD/Single
- DVD
(*) Hipotética, pode haver/ acontecer ou não.
Ver também
editarNotas e referências
- ↑ «Resumo do Mercado Fonográfico no 1º Semestre de 2016 e mudança de nome da ABPD para Pro-Música». Rio de Janeiro: Pro-Música Brasil. 25 de outubro de 2016. Consultado em 26 de novembro de 2016
- ↑ a b c d e «Sobre ABPD» (asp). ABPD. Consultado em 15 de dezembro de 2009
- ↑ «INTERNATIONAL CHART COMPANIES» (pdf). IFPI (em inglês). Consultado em 15 de dezembro de 2009
- ↑ «Local record industry associations» (html). IFPI (em inglês). Consultado em 15 de dezembro de 2009
- ↑ «Sobre Nós – Pro-Música Brasil». Pro-Música Brasil
- ↑ a b c «DMR2009» (pdf). IFPI (em inglês). Consultado em 15 de dezembro de 2009
- ↑ «Música na internet» (asp). ABPD. Consultado em 15 de dezembro de 2009
- ↑ «IFPI Digital Music Report 2010» (pdf). ABPD (em inglês). 2010. Consultado em 7 de fevereiro de 2010
- ↑ Carlos Miguel, Antônio (21 de janeiro de 2010). «Venda de música digital cresce 12% em 2009» (asp). oglobo. Rede Globo. Consultado em 7 de fevereiro de 2010
- ↑ a b «Mercado Fonográfico Brasileiro 2009» (pdf). ABPD. 2010. Consultado em 25 de março de 2010
- ↑ a b «Ind. Fonográfica». ABPD. Consultado em 6 de junho de 2010
- ↑ «crowley». crowley. Consultado em 29 de janeiro de 2010
- ↑ «Exclusivo: após 10 anos de atuação, Billboard Brasil encerra operações no país». Mundo da Música. 1 de abril de 2019
- ↑ Ben-Yehuda, Ayala (22 de outubro de 2009). «Billboard Brazil Launches Monthly Magazine With Local Charts». Billboard.biz (em inglês). Consultado em 29 de janeiro de 2010
- ↑ «Justin Bieber assume primeiro lugar no Brasil» (html). R7. Rede Record. Consultado em 1 de julho de 2010
- ↑ pro-musicabr.org.br. «pro-musicabr.org.br». Consultado em 23 de outubro de 2019
- ↑ «1° PRÊMIO DE MÚSICA DIGITAL». ABPD. Consultado em 14 de julho de 2010
- ↑ «Produtores» (asp). Pro-Música Brasil. Consultado em 28 de dezembro de 2022
- ↑ a b «Níveis de Certificação». ABPD. Consultado em 15 de dezembro de 2009. Arquivado do original (asp) em 25 de fevereiro de 2013
- ↑ «Tabela de Níveis de Certificação Pro-Música». Pro-Música Brasil. Consultado em 20 de junho de 2018. Arquivado do original em 21 de junho de 2018