Tratado de Ayllón

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O Tratado de Ayllón foi um tratado de paz entre o Reino de Portugal e o Reino de Castela assinado em 31 de outubro de 1411 em Ayllón (Segóvia),[1] na sequência da batalha de Aljubarrota. Foi ratificado a 30 de abril de 1423.[2]

Tratado de Ayllón
Tratado de Ayllón
Local de assinatura Ayllón
Signatário(a)(s) Reino de Castela, Reino de Portugal
Assinado 31 de outubro de 1411
Ratificação 30 de abril de 1423

Dados históricos

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A batalha de Aljubarrota ocorrera a 14 de agosto de 1385, entre tropas portuguesas sob o comando de João I de Portugal e o seu condestável Nuno Álvares Pereira e o exército castelhano de João I de Castela. A batalha teve lugar no campo de São Jorge, perto da vila de Aljubarrota, entre Leiria e Alcobaça, no centro de Portugal. O resultado foi a derrota castelhana, o fim da crise portuguesa de 1383-1385, e a consolidação de D. João I como rei de Portugal, iniciando a dinastia de Avis. A paz definitiva com Castela foi selada apenas em 1411, com a assinatura do tratado de Ayllón, já no reinado de João II de Castela, após a agressão portuguesa em território castelhano e ações como a batalha de Valverde, com a vitória de Nuno Álvares Pereira.

Já antes Martim de Ocem, que era muito estimado por D. João I, no ano de 1400 tinha sido enviado como embaixador a Henrique III, rei de Castela, a fim de assentar tréguas, ou pazes, com ele, dando-lhe por companheiros a D. João Esteves de Azambuja, arcebispo de Lisboa, e a João Vasques da Cunha. Chegando todos a Segóvia no 1.º de Junho daquele ano, onde estava o rei castelhano, por motivo das condições propostas pelo cardeal de Avinhão, que respondia pelo dito rei. Depois vem a Lisboa, e assistindo a alguns conselhos em que na sua presença se tomaram as resoluções, que pareceram convenientes, tornou a Segóvia, e se estabeleceram tréguas de dez anos.[3]

Em 1411 foi nomeado embaixador a Castela, com João Gomes da Silva, alferes-mor, e Fernão Gonçalves Beliagua, deão da sé de Coimbra, para tratar pazes com a rainha D. Catarina, meia-irmã de Filipa de Lencastre, que governava na menoridade do rei D. João II de Castela, seu filho, as quais se estabeleceram e ratificaram em 31 de outubro do mesmo ano de 1411, para depois serem aprovadas pelo rei. Em 1418 quis o rei D. João de Portugal, confirmar estas pazes e foi mandado segunda vez Martim de Ocem com os mencionados Gomes da Silva e Gonçalves Beliagua, mas recebendo a resposta que o rei ainda não tinha completado catorze anos, voltaram ao reino sem efeito. Em 1419, em que o monarca castelhano já chegara à referida idade de catorze anos, foi outra vez nomeado e com os mesmos companheiros, para o mesmo fim e com o mesmo sucesso se recolheram a Portugal.[3]

Referências


Bibliografia

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