Triscila Oliveira
Triscila Oliveira é uma ativista e escritora contra a desigualdade social e o racismo brasileira, natural de Niterói, RJ. Desde 2015, mantém um perfil no Instagram para divulgar e produzir conteúdo autoral sobre educação, racismo, feminismos e questões de classe.[1][2][3][4]
| Triscila Oliveira | |
|---|---|
 | |
| Nascimento | Niterói |
| Cidadania | Brasil |
| Ocupação | escritora, ativista |
| Distinções | |
| Obras destacadas | Os Santos, Confinada |
Após ler um episódio da webcomic Os Bolsominions, de Leandro Assis, Triscila escreveu um comentário no perfil do desenhista no Instagram comentando que, por ser ex-empregada doméstica, havia se identificado com a situação da HQ. A tira em questão, intitulada "Manteiga", contava a história de uma empregada que acorda 4 horas mais cedo que a patroa para chegar a tempo no trabalho e que recebe uma bronca porque a manteiga estava dura no café da manhã e deveria chegar mais cedo para que isso não acontecesse. Triscila e Leandro se tornaram amigos e ela passou a ser corroteirista da webcomic, que mudou seu nome (que fazia referência ao termo pejorativo usado para os seguidores do então presidente Jair Bolsonaro) para Os Santos e passou a abordar a vida de duas famílias: uma de bancos ricos da Zona Sul do Rio de Janeiro e outra de suas empregadas domésticas, mulheres negras da periferia.[5][6][7][8]
Durante a pandemia de COVID-19, a webcomic Os Santos foi interrompida provisoriamente, sendo substituída pela série Confinada, ambientada no mesmo universo ficcional, com participação de alguns personagens da outra série, embora com foco em duas personagens novas: a influencer milionária Fran Clemente e sua empregada doméstica Ju, que passam por um período "confinadas" na cobertura de Fran durante a pandemia. A HQ ganhou uma edição impressa em 2021, publicada pela editora Todavia.[9][10][11][12]
Em setembro de 2020, Triscila e Leandro foram contratados como chargistas pela Folha de S.Paulo, mantendo a parceria focada principalmente na crítica social.[2] Triscila, se tornou a primeira mulher negra chargista na história da Folha de S.Paulo, apesar de não desenhar, o que, por si só, adiciona mais uma camada de simbolismo a sua trajetória.
Em 2022, ambos ganharam o Prêmio Angelo Agostini de melhor roteirista e de melhor lançamento pela edição impressa de Confinada.[13] E o Prêmio HQmix por melhor Webquadrinhos.
Referências
- ↑ «'Representatividade é crucial para autoestima': Triscila Oliveira, coautora de 'Os Santos'». Ponte Jornalismo. 24 de julho de 2020
- ↑ a b «Sucesso nas redes sociais, Leandro Assis e Triscila Oliveira estreiam como chargistas da Folha». Folha de S.Paulo. 8 de setembro de 2020
- ↑ «Instagram apaga conta de influencer Triscila Oliveira; veja regras da rede». UOL. 1 de agosto de 2021
- ↑ «Roteirista da série de tirinhas Confinada, Triscila Oliveira diz que Niterói vai muito além de Icaraí e do Centro». A Seguir Niterói. 21 de fevereiro de 2022
- ↑ «Confraria da Ilustração fecha o ano com a presença de Leandro Assis». Correio do Povo. 8 de novembro de 2021
- ↑ «Quadrinhos de Leandro Assis sobre desigualdade social têm feito sucesso nas redes». Diario de Pernambuco. 11 de fevereiro de 2020
- ↑ «Os Santos: tirinha política viraliza debatendo racismo no Brasil». Metrópoles. 14 de março de 2020
- ↑ «Sucesso na web, quadrinhos 'Os Santos' e 'Confinada' denunciam o Brasil racista e desigual». Diário do Nordeste. 10 de maio de 2021
- ↑ «Lígia HQ online "Confinada", de Leandro Assis e Triscila Oliveira, vira livro». O Povo. 23 de agosto de 2021
- ↑ «Confinada, de Leandro Assis e Triscila Oliveira, quebra recorde de arrecadação no Catarse». Universo HQ. 29 de outubro de 2021
- ↑ «'Confinada': crítica social na pandemia vira livro». Correio Braziliense. 7 de novembro de 2021
- ↑ «'Confinada', HQ que surgiu nas redes, escancara desigualdade na pandemia». Folha de S.Paulo. 16 de novembro de 2021
- ↑ «Troféu Angelo Agostini divulga vencedores da edição 2022». PublishNews. 29 de agosto de 2022
