Tude Neiva

político brasileiro
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Tude Soares Neiva (João Pessoa, então Paraíba do Norte, 28 de fevereiro de 1838[1]Rio de Janeiro, 19 de julho de 1901[1]) foi um militar e político brasileiro.[2]

Tude Soares Neiva
Tude Neiva
Tude Soares Neiva
6º Governador da Bahia
Período 24 de novembro de 1891
até 12 de dezembro de 1891
Antecessor(a) José Gonçalves da Silva
Sucessor(a) Leal Ferreira
Dados pessoais
Nascimento 28 de fevereiro de 1838[1]
Paraíba do Norte
Morte 19 de julho de 1901 (63 anos)

Atuação republicana

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Aderindo logo ao movimento republicano, parte do grupo que buscava pela farda assumir os principais postos de comando, ele e seu irmão João, também militar, foram daqueles homens que "fizeram-se políticos da noite para o dia", com a Proclamação da República, a 15 de novembro de 1889.

Na Paraíba natal, ambos forçaram a nomeação de um outro irmão, Venâncio Neiva que, de Catolé do Rocha deveria assumir o governo, então sob disputa entre militares e a oligarquia local.

Com a doença e afastamento da Bahia do irmão de Deodoro da Fonseca - Hermes Ernesto da Fonseca - assume Tude Neiva o comando do 13º Distrito Militar.

Governo da Bahia

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Foi um governo que durou apenas treze dias: de 24 de novembro a 12 de dezembro de 1891.[2][3] No conturbado período que seguiu-se à mudança dos regimes monárquico para republicano, o Marechal Deodoro da Fonseca tenta aplicar um golpe de estado, fechando o Congresso Nacional.

Contra este arbítrio, insurgiu-se a população baiana da Capital, sob o comando de Cezar Zama, parlamentar cuja oratória inflamada encontrava resposta junto ao povo - o que forçara ao governador José Gonçalves da Silva, que apoiara o ato de Deodoro, a refugiar-se em sua residência, cercado pela massa enfurecida.

Ante o impasse, e a iminência de deflagrar-se um conflito de proporções maiores - pois um grupo armado protegia o Governador - seu sucessor imediato, o Conselheiro Luiz Vianna, Presidente do Senado Estadual, renuncia ao cargo, forçando ao Comandante do 13º Distrito Militar, General Tude Neiva, a tomar o controle da situação.

Havendo o golpe militar recrudescido, por falta de apoio nas próprias tropas, envia Tude Neiva um ultimato a José Gonçalves, e este finalmente renuncia, evitando-se maiores derramamentos de sangue, a 24 de novembro de 1891.

A fim de que o Senado Estadual procedesse à escolha de novo Presidente, e portanto substituto legal do cargo, Tude Neiva responde interinamente pelo cargo máximo da Bahia.

Isto ocorre, finalmente, a 12 de dezembro, sendo eleito um novo militar, o Almirante Leal Ferreira, também Senador - que iria governar a Bahia até a eleição de seu primeiro Governador escolhido em pleito popular, dr. Rodrigues Lima.

Em tão breve período de governo, coube a Tude Neiva assegurar a tranqüilidade e a paz na Bahia, não realizando, na prática, qualquer ato administrativo.

Referências

  1. a b c Barata, Carlos Eduardo (1997). Presidentes do Senado no Império. Brasília: Senado Federal. p. 673 
  2. a b Revista da Fundação Pedro Calmon. Salvador: Governo do Estado da Bahia, Secretaria da Cultura e Turismo, Fundação Pedro Calmon, Centro de Memória da Bahia. 1996. p. 154 
  3. «NEIVA, Venâncio» (PDF). CPDOC. p. 1. Consultado em 11 de abril de 2021 


Precedido por
José Gonçalves da Silva
Presidente da Bahia
1891
Sucedido por
Leal Ferreira