Umbará é um bairro da região sul da cidade brasileira de Curitiba, Paraná.

Umbará
Subprefeitura Bairro Novo
Área 22,47 km²
População 14.595 hab.
Densidade 6,49 hab/km²
Bairros Limítrofes Campo de Santana, Ganchinho, Sítio Cercado e Tatuquara.
Principais Vias Rua Nicola Pellanda

Rua Ver. Ângelo Burbello Rua Jacob Wosniak

Rua Miguel Alves Filho

Rua Pedro Calisto Rua Virgília Calisto

Pontos de referência Paróquia São Pedro Umbará
Colégio Estadual Padre Claudio Morelli
Parque Lago Azul

O bairro é o segundo maior de Curitiba, com 22,47km², atrás apenas do CIC (Cidade Industrial de Curitiba) com 43,38km².

Origem do nome

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O nome Umbará surgiu em consequência da constituição argilosa do solo da região que, em tempos de chuva, formava grande quantidade de barro nos caminhos: “um bará”, ou seja, um barro só, segundo a tradição oral do povo, porém, a origem do nome se deve porque "Umbará" era a palavra que os indígenas utilizavam para designar as pequenas frutas silvestres quando começavam a amadurecer[1].

História

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A região do bairro Umbará, assim como o bairro vizinho Ganchinho, à beira do Rio Iguaçu, era predominantemente uma área com mata de várzea, habitada por algumas famílias: Calisto de Camargo, Alves, Dos Santos, Franco, Ferreira, Cruz, que tinham como atividade de subsistência pequenas lavouras, criação de animais e extração de erva-mate. Passagem para os tropeiros que circulavam entre as regiões dos Campos Gerais e o litoral do Paraná, um dos documentos mais antigos de que se tem registro é um “Termo de Vereança” datado de 11 de fevereiro de 1786, que cita obras de benfeitorias, incluindo a região do Tatuquara, como a “Ponte do Rio Grande”, facilitando o acesso à São José dos Pinhais[2].

Os imigrantes italianos e poloneses vieram a região na década de 1880, comprando terras de proprietários já estabelecidos, como a de João Santana Pinto, Manoel Alves, Fortunato Calisto de Camargo. Com isso, novas atividades incrementam a economia da região como a produção de vinho e a indústria de barricas para erva-mate e atendendo aos pedidos dos imigrantes italianos, Dom João Batista Scalabrini, bispo de Placência, na Itália, enviou missionários ao Brasil, foi quando o Padre Pietro Colbachini chegou em Curitiba, em 1886[2].

A primeira missa realizada no Umbará, foi em 1887, na casa do Sr. Luiz Bonato, pois a colônia não possuía uma igreja e que, anos mais tarde, foi construída, iniciando-se como uma capela de madeira no local onde hoje está a torre da igreja. Em 3 de fevereiro de 1896, o Bispo da Diocese de Curitiba, Dom José Camargo de Barros, autorizou a construção da igreja, que foi inaugurada em 29 de junho de 1897 e com a chegada das Irmãs Zeladoras do Sagrado Coração de Jesus, em dezembro de 1913, inaugurou-se a primeira escola paroquial do Umbará[2].

Em 1938 tem início a construção da primeira olaria da região, com isso, a indústria de fabricação de tijolos e telhas acabou, aos poucos, substituindo a de construção de barricas, devido ao declínio da produção de erva-mate, e pouco tempo depois, diversas olarias foram construídas, tornando o bairro, um importante centro oleiro[2].

A "Igreja Matriz de Umbará" foi projetada pelo arquiteto João de Mio e as obras começaram em 1928 e paralisadas em 1932, devido a problemas entre parte da comunidade e o Frei Anselmo. Somente em 1936, as obras foram retomadas, sendo concluída e inaugurada em 1939, pelo Padre Primo Bernardi[2].

A primeira linha de ônibus do bairro foi inaugurada em 1941 e em 15 de outubro de 1949, foi instalado o primeiro posto telefônico da região, no comércio de Francisco Gabardo, com a presença do prefeito Lineu Ferreira do Amaral. Em 15 de novembro de 1953, o Padre Albino Vico inaugurou a Casa Escolar, atual Colégio Estadual Padre Cláudio Morelli. Em 14 de junho de 1956 foi fundada a Sociedade Operária Beneficente do Umbará e em 1957 é inaugurada a torre da Igreja Matriz de Umbará, com a presença do Governador Moisés Lupion, além do prefeito Iberê de Matos[2].

Em resumo, a história do bairro esta ligada às olarias de tijolos e a fabricação de barricas de erva-mate e na atualidade, concentra a atividade de extração de areia para construção civil, sendo que, a sua localização, facilitou o escoamento da produção econômica e a exportação da erva-mate e proporcionou a chegada dos primeiros caboclos e mestiços brasileiros. Os colonos alemães, poloneses e, no final do século XIX, italianos, estabeleceram-se com o incentivo do governo provincial à política migratória, visando a ocupação dos espaços vazios.

Parque Lago Azul

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Área de 126.615 m², contendo trilha iluminada, espaços para esportes, como cancha de futebol de areia e de grama, cancha de voleibol, além de um bistrô, churrasqueiras, parque de diversões, mirante, deck e trapiche, moinho de milho, entre outros equipamentos e atrações[3].

Sua localização é próxima da Igreja do Umbará e foi criado para preservar a memória do bairro, pois era a antiga propriedade da família Segalla e nos anos de 1960 e 1970, como parque particular. A administração do local preservou "a casa de madeira", que foi a sede da propriedade e agora funciona como um bistrô, e "o moinho de milho", resquícios da antiga atividade econômica do local.

Ligação externa

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Referências

  1. Zanon, Marcos Affonso. Oleiros do Umbará - História e Tecnologia (1935 - 2000)
  2. a b c d e f História, Portal Umbará - O bairro, consultado em 21 de novembro de 2014 
  3. Parque Lago Azul, Site da Prefeitura de Curitiba, consultado em 21 de novembro de 2014