União Caboverdiana Independente e Democrática
A União Cabo-verdiana Independente e Democrática[2] (UCID) é um partido político de direita em Cabo Verde.
União Caboverdiana Independente e Democrática (UCID) | |
---|---|
Presidente | António Monteiro |
Fundação | 13 de maio de 1978 (46 anos) |
Sede | Praia, Cabo Verde |
Ideologia | Conservadorismo Democracia cristã |
Assembleia Nacional de Cabo Verde | 4 / 72 |
Espectro político | Centro-direita/Direita[1] |
Cores | Verde e azul |
Histórico
editarA UCID foi formada em 1977 pelos cabo-verdianos da diáspora. Surgia como movimento de oposição ao PAIGC, o partido único no Estado unificado da Guiné e de Cabo Verde até 1980. Depois da cisão entre os dois países, foi criado o PAICV em janeiro de 1981, e a UCID passou a fazer oposição a este partido. Mesmo sendo o único movimento de oposição até à democratização cabo-verdiana, a atuação da UCID era bastante reduzida, limitando-se basicamente aos cabo-verdianos da diáspora.[3]
A UCID foi formalmente reconhecida, como partido político, após a abertura política de 1990, mais concretamente a partir do seu I Congresso Nacional em julho de 1991. Devido ao atraso na sua legalização, a UCID não participou nas primeiras eleições livres e multipartidárias em Cabo Verde, mas apoiou o Movimento para a Democracia (MpD).
Nas primeiras eleições livres, em 1995, a UCID alcançou 1,56% dos votos, o que não lhe permitiu eleger qualquer deputado. Nas eleições de 14 de janeiro de 2001, fazia parte da coligação Aliança Democrática para a Mudança (ADM), que conquistou 6,12% dos votos e dois assentos no parlamento (a Assembleia Nacional). Jorge Carlos Fonseca, candidato da Aliança na eleição presidencial de fevereiro de 2001, alcançou 3,9% dos votos.
Nas eleições legislativas de 22 de janeiro de 2006 para a Assembleia Nacional, ganhou 2,64% dos votos populares e 2 assentos.
Nas eleições de 6 de fevereiro de 2011, conseguiu 4,39% dos votos, mas, embora crescendo em relação às eleições anteriores, manteve os mesmos 2 assentos no parlamento.[4]
Resultados Eleitorais
editarEleições presidenciais
editarData | Candidato
apoiado |
1.ª Volta | 2.ª Volta | ||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
CI. | Votos | % | CI. | Votos | % | ||
1996 | António Mascarenhas Monteiro | 1.º | 81 821 | 92,11 / 100,00 |
|||
2001 | Jorge Carlos Fonseca | 3.º | 5 142 | 3,88 / 100,00 | |||
2006 | Nenhum candidato apoiado | ||||||
2011 | Jorge Carlos Fonseca | 1.º | 60 887 | 37,79 / 100,00 |
1.º | 97 735 | 54,26 / 100,00 |
2016 | Nenhum candidato apoiado |
Eleições legislativas
editarData | CI. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1995 | 4.º | 2 369 | 1,56 / 100,00 |
0 / 72 |
Extra-parlamentar | ||
2001 | Aliança Democrática pela Mudança | ||||||
2006 | 3.º | 4 495 | 2,64 / 100,00 |
2 / 72 |
Oposição | ||
2011 | 3.º | 9 842 | 4,39 / 100,00 |
1,75 | 2 / 72 |
Oposição | |
2016 | 3.º | 15 488 | 6,87 / 100,00 |
2,48 | 3 / 72 |
1 | Oposição |
2021 | 3.º | 19 872 | 8,81 / 100,00 |
1,94 | 4 / 72 |
1 | Oposição |
Referências
- ↑ CRUZ, Pedro Lopes da. Ideologias Políticas: Direita e Esquerda em Cabo Verde, de 1975 a 2010 - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa
- ↑ SANCHES, EdalinaInstitucionalização dos Sistemas Partidários na África Lusófona – O caso cabo-verdiano - Cadernos de Estudos Africanos - PUC/RJ, 20 | 2011, 111-138.
- ↑ VAN-DUNÉM, Belarmino. Cabo Verde: Vitória de Jorge Carlos Fonseca abre novo cenário político. Luanda, 2011.
- ↑ Elections in Cape Verde - African Elections Database