Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo

freguesia do município de Matosinhos, Portugal

Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo (oficialmente: União das freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo) é uma freguesia portuguesa do município de Matosinhos, com 22,65 km² de área[1] e 29 646 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 1 308,9 hab./km².

Portugal Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo 
  Freguesia  
Padrão da Memória
Padrão da Memória
Padrão da Memória
Localização
Localização no município de Matosinhos
Localização no município de Matosinhos
Localização no município de Matosinhos
Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo está localizado em: Portugal Continental
Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo
Localização de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo em Portugal
Coordenadas 41° 13′ 27″ N, 8° 41′ 52″ O
Região Norte
Sub-região Área Metropolitana do Porto
Distrito Porto
Município Matosinhos
Código 130813
História
Fundação 28 de janeiro de 2013
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 22,65 km²
População total (2021) 29 646 hab.
Densidade 1 308,9 hab./km²

História

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Foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo e tem a sede em Perafita.[3]

Geografia

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Geograficamente localiza-se no norte do concelho de Matosinhos, fazendo fronteira com o concelho de Vila do Conde, a norte, e a este com o concelho da Maia. Integra as antigas três freguesias autónomas de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, com características económicas, sociais e demográficas diferentes. A Lei 11-A/2013, de 28 de janeiro, definiu Perafita (Largo da Igreja, Apartado 5111, 4456-901 Perafita) como sendo a sede da nova unidade orgânica e administrativa, assumindo Lavra e Santa Cruz do Bispo o lugar de pólos onde se encontram serviços administrativos e os diferentes departamentos. É presidida por Rodolfo Maia Mesquita.

Do ponto de vista geomorfológico, e no entender de Nery Delgado e Paul Choffat, na Carta Geológica de Portugal (1889), este território matosinhense repousa, ao nível estratigráfico do subsolo, sobre um extenso maciço granítico que, desde as serras de Valongo e Gondomar (Pias e Santa Justa), se estende até à orla do oceano Atlântico, para norte e sul do Rio Douro.

Uma série de empreendimentos possibilitaram o crescimento económico, e urbanístico, desta união de freguesias: o Aeroporto Francisco Sá Carneiro (e as obras de requalificação da antiga estrada nacional 107), o Porto de Leixões, o Centro de Negócios de Freixieiro (onde se fixam várias empresas de expressão nacional), a Refinaria de Leça da Palmeira (Petrogal), a Exponor e o Metro do Porto (ainda que não existam estações em nenhuma das três unidades o seu impacto, para os residentes, é bastante positivo) e, mais recentemente, o MarShopping e o IKEA, como dinamizadores e atractores da economia e de não-residentes.

Foi entre Perafita e Lavra, na zona da Memória, onde se encontra o Obelisco, que a 8 de julho de 1832 desembarcaram as tropas liberais de D. Pedro IV, e não no Mindelo como erradamente se tem dito. A localização exata do desembarque das tropas é difícil de obter e, ao longo destes anos, tem granjeado uma certa “tensão” entre as duas antigas freguesias que aclamam, para si, a importância deste acontecimento. Aquilo que se pode afirmar, é que Matosinhos deteve especial importância na implantação definitiva do liberalismo e, independentemente de ser o centro Lavra ou Perafita, na transformação política que, desse momento em diante se viveu em Portugal. D. Pedro IV e os seus partidários, que o acompanhavam desde a Ilha Terceira nos Açores, tinham previsto este desembarque para a foz do Rio Ave, junto a Vila do Conde. Porém, a hostilidade que Bernardo de Sá Nogueira encontrou, juntamente com as condições geográficas favoráveis de Pampelido – por indicação do lavrense Francisco José da Silva –, determinaram que, efetivamente, as tropas desembarcassem no local onde, hoje em dia, se encontra o obelisco. O liberalismo, no ano seguinte, passa a ser uma realidade em Portugal, essencialmente depois da assinatura da Convenção de Évora-Monte (1834) e tudo começou em Arnosa de Pampelido, como disse Almeida Garrett, “onde o Portugal Velho acaba e o Novo começa”.

Demografia

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A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Perafita[4]
AnoPop.±%
2001 12 298—    
2011 13 607+10.6%
População da freguesia de Lavra[4]
AnoPop.±%
2001 9 408—    
2011 10 033+6.6%
População da freguesia de Santa Cruz do Bispo[4]
AnoPop.±%
2001 6 108—    
2011 5 767−5.6%
População da União das freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo[2]
AnoPop.±%
2021 29 646—    
Distribuição da População por Grupos Etários[4]
Antes da agregação
Ano 0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos >= 65 anos Total
2001 4560 4044 15996 3214 27814
2011 4292 3147 17433 4535 29407
Após a agregação
Ano 0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos >= 65 anos Total
2021 3961 2822 16427 6436 29646
 
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Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b c Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 21 de Março de 2014.
  4. a b c d INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
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