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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPica-pau-amarelo
Pica-pau-amarelo macho em Parque Nacional Manú, Peru
Pica-pau-amarelo macho em Parque Nacional Manú, Peru
Pica-pau-amarelo fêmea em Iranduba, Estado de Amazonas, Brasil
Pica-pau-amarelo fêmea em Iranduba, Estado de Amazonas, Brasil
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae
Género: Celeus
Espécie: C. flavus
Nome binomial
Celeus flavus
(Statius Müller, 1776)
Distribuição geográfica
Distribuição do pica-pau-amarelo
Distribuição do pica-pau-amarelo
Sinónimos
Crocomorphus flavus P. L. S. Müll

Revisão

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Geovana: alguns textos colocados são generalistas, pois são coisas comuns da espécie e também de comportamento, anatomia do pica-pau amarelo. visto que os sites sempre trazem as mesmas informações que já foram escritas.

O pica-pau-amarelo[2] (nome científico: Celeus flavus, do (grego) Celevus = pica-pau verde, do (latim) flavus = amarelo[3]), também chamado ipecutauá,[4] é uma ave piciforme da família dos picídeos (Picidae).[5][6]

Na família Picidae existem algumas especializações, como a capacidade de escalar árvores, escavações de ninhos e alimentação por uma língua longa e dotada de diversos tipos de pontas modificadas. É uma ave de muito fácil identificação por conta de hábitos e morfologia específicos, um exemplo é o hábito de bater o bico sobre uma superfície produzindo um som mecânico muito característico, ele é utilizado na comunicação entre espécies, proteção do território e atração sexual. [7]

Características

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Mede cerca de 24 a 26 centímetros de comprimento e pesa entre 95 a 131 gramas[8].

A cauda e as asas são preto-pardacentas e sua plumagem é amarelo claro, tem um topete bem alto. Os machos apresentam uma faixa vermelha nas laterais da cabeça, próximo à base do bico.[9]

Etimologia

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Ipecutauá é oriundo do termo tupi ïpe'ku ta'wá, que significa "pato amarelo".[10] Ele pode ser encontrado em florestas, plantações de cacau, capoeiras e áreas pantanosas. É uma ave solitária, sendo mais sociável e encontrada em pequenos grupos na época da reprodução.[11]

Alimentação

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Normalmente eles permanecem no mesmo local o ano inteiro, porém a medida que os climas vão se alterando, eles também alteram suas dietas para aproveitar os alimentos que estão disponíveis na natureza mais facilmente. A dieta inclui larvas, insetos, formigas que são capturadas de troncos e cupins de cupinzeiros arborícolas. Eventualmente alimenta-se de frutos e às vezes desce ao solo para pegar insetos.[12]

As unhas do Pica-Pau-Amarelo são fortes e curvas, na hora da alimentação elas ficam agarradas no substrato enquanto procuram e exploram as cavidades onde as larvas de insetos estão abrigadas. A língua, que também é móvel, é cheia de muco e captura o alimento.[13]

Durante o inverno para terem comida, o pica pau amarelo realiza sua provisão de alimentos ainda no verão e na primavera. Dessa forma, o mais comum é que ele guarde o alimento para os meses mais frios do ano. É comum que outros animais se sintam atraídos para o local onde foram guardados os alimentos. Porém uma característica importante do pica-pau é a forma como o animal consegue defender o seu território das ameaças de outras aves, então é bastante comum que eles fiquem agressivos e atacam com força e mantém os animais distantes da sua comida.[14]

Subespécies

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São reconhecidas quatro subespécies:[15]

  • Celeus flavus flavus (Muller, 1776) - na Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, oeste do Brasil e Bolívia;
  • Celeus flavus peruvianus (Cory, 1919) - no leste do Peru;
  • Celeus flavus subflavus (Sclater e Salvin, 1877) - nordeste do Brasil;
  • Celeus flavus tetricialis (Hellmayr, 1922) - leste e sul do Brasil.

Comportamento

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O pica-pau-amarelo acasala de abril a junho na Colômbia e um pouco mais cedo na Venezuela. O casal forma um ninho em árvores altas, por serem mais protegidas dos predadores, e mortas, para facilitar na hora de fazer buraco para o ninho, onde é posto 3 ovos brancos e brilhantes. Quando o ninho está pronto, a fêmea vai colocar os ovos que vão ser incubados pelo casal por cerca de 15 dias[16]. A escavação dos ninhos acontece em troncos que não são muito duros. Ela é feita pelo bico forte e flexível, e o impacto das bicadas é minimizado por conta da presença de uma articulação diferenciada entre a maxila superior e o crânio que permite o músculo do local absorver e dissipar parte do impacto. Os filhotes abandonam o ninho quando ainda não são capazes de voar, permanecendo em galhos próximos por alguns dias ainda.[17]

Conservação

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Embora não haja estudos quanto ao número total de indivíduos, é assumido que a população de pica-pau-amarelo esteja decrescendo devido à perca de habitat, porém como tem ampla distribuição geográfica, foi avaliada como pouco preocupante na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN).[1] No Brasil, em 2005, foi classificado como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[18] em 2010, como criticamente em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais;[19] em 2017, como em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[20] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[21]

O Pica Pau Amarelo é uma espécie ameaçada de extinção, muito rara, que teve seus últimos registros para o Brasil assinalados na década de 40, em Santa Catarina, e na de 50, no Paraná.

Curiosidades

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O pica-pau- amarelo é bastante conhecido por conta dos livros e da série de televisão "O sítio do pica-pau-amarelo", porém a ave não é protagonizado em nenhuma parte do livro ou algum episódio, por isso as pessoas não são familiarizada com essa espécie. O que mais chama a atenção são as características físicas, como a coloração, pois é uma ave quase completamente amarela, incluindo o bico, o peito, a cabeça e as asas.

Habita a maior parte  do Brasil, principalmente em áreas onde a água é abundante, entretanto não são facilmente encontrados na costa litorânea.[22]

Referências

  1. a b BirdLife International (2016). «Celeus flavus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22681344A92902694. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22681344A92902694.en . Consultado em 27 de abril de 2022 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 177. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. «pica-pau-amarelo (Celeus flavus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  4. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1 325 
  5. del Hoyo, Joseph (1992). Handbook of the Birds of the World - Volume 7: Jacamars to Woodpeckers. Barcelona: Lynx Edicions. p. 522. ISBN 84-87334-37-7 
  6. «Celeus flavus Tschudi». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  7. Alves, Mayk (10 de outubro de 2020). «Pica-pau é ave de tamanho médio e penas coloridas». Agro20. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  8. «pica-pau-amarelo (Celeus flavus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  9. «pica-pau-amarelo (Celeus flavus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  10. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 966 
  11. «pica-pau-amarelo (Celeus flavus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  12. «pica-pau-amarelo (Celeus flavus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  13. «Pica-pau -». 24 de junho de 2018. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  14. «Tudo Sobre o Pica-Pau: Características, Nome Científico e Fotos | Mundo Ecologia». 27 de março de 2020. Consultado em 2 de janeiro de 2023 
  15. Peterson, Alan P. (2011). «Piciformes». Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2012 
  16. «pica-pau-amarelo (Celeus flavus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  17. Alves, Mayk (10 de outubro de 2020). «Pica-pau é ave de tamanho médio e penas coloridas». Agro20. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  18. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  19. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022 
  20. «Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.» (PDF). Secretaria do Meio Ambiente. Agosto de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de abril de 2022 
  21. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  22. «Pica-Pau-Lindo: Curiosidades da Especie e Fotos | Animais - Cultura Mix». animais.culturamix.com. Consultado em 6 de janeiro de 2023