Usuário:DAR7/Testes/Geografia de Santa Catarina/Joinville

Nota:  Artigo sobre o município brasileiro; para outros significados, veja Joinville (desambiguação).

Joinville
  Município do Brasil  
Panorâmica do Centro de Joinville
Panorâmica do Centro de Joinville
Panorâmica do Centro de Joinville
Símbolos
Bandeira de Joinville
Bandeira
Brasão de armas de Joinville
Brasão de armas
Hino
Lema "Mea autem brasiliæ magnitudo"
Gentílico joinvilense[1][2][3]
Localização
Localização de Joinville em Santa Catarina
Localização de Joinville em Santa Catarina
Localização de Joinville em Santa Catarina
Joinville está localizado em: Brasil
Joinville
Localização de Joinville no Brasil
Mapa
Mapa de Joinville
Coordenadas 26° 18′ 14″ S, 48° 50′ 45″ O
País Brasil
Unidade federativa Santa Catarina
Região metropolitana Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense
Municípios limítrofes Araquari, Campo Alegre, Garuva, Guaramirim, Jaraguá do Sul, São Francisco do Sul e Schroeder.
Distância até a capital 180 km
História
Fundação 9 de março de 1851 (173 anos)
Administração
Prefeito(a) Udo Döhler (PMDB)
Características geográficas
Área total [4] 1 126,106 km²
População total (Estimativa IBGE/2015 [4]) 562 151 hab.
 • Posição SC: 1°; BR: 36º
Densidade 499,2 hab./km²
Clima subtropical (Cfa)
Altitude 4 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [5]) 0,809 muito alto
 • Posição SC: 4°
PIB (IBGE/2012[6]) R$ 18 299 283 mil
 • Posição BR: 25°
PIB per capita (IBGE/2012 [6]) R$ 34 767,17
Sítio www.joinville.sc.gov.br (Prefeitura)
www.cvj.sc.gov.br (Câmara)

Etimologia

editar

O primeiro nome da cidade de maior população de Santa Catarina foi Colônia Dona Francisca,[7] cuja história se iniciou quando a princesa Francisca de Bragança, irmã de Pedro II do Brasil, casou-se em 1843 com o príncipe francês François Ferdinand Philipe, recebendo este o título de príncipe de Joinville. O nome da cidade foi mudado para Joinville, em homenagem ao príncipe, que recebeu aquelas terras como presente de casamento.[7] Em 1848, o casal negociou as terras pelo menos em parte, com a Sociedade Colonizadora Hamburguesa, pois o pai de François, o rei da França Luís Felipe havia sido destronado e a família encontrava-se em dificuldades financeiras.[8] O empreendedorismo dos imigrantes alemães, suíços e noruegueses construiu e deu continuidade ao seu crescimento, tornando Joinville uma das maiores potências regionais.[7]

História

editar

Primórdios

editar

Os registros dos primeiros habitantes da região de Joinville datam de 4800 a.C. Os indícios de sua presença encontram-se nos mais de 40 sambaquis e sítios arqueológicos do município. O homem-do-sambaqui praticava a agricultura, mas tinha na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência.

Índios tupis-guaranis (especificamente, carijós)[9] ainda habitavam as cercanias quando chegaram os primeiros imigrantes europeus. No século XVIII, estabeleceram-se, na região, famílias de origem portuguesa, com seus escravos negros, vindos provavelmente da capitania de São Vicente (hoje estado de São Paulo) e da vizinha cidade de São Francisco do Sul. Adquiriram lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista, Itaum, Morro do Amaral e aí passaram a cultivar mandioca, cana-de-açúcar, arroz e milho, entre outros produtos.

Origens e povoamento

editar
 Ver artigo principal: Colônia Dona Francisca

"Manchester Catarinense", "Cidade dos Príncipes", são os apelidos que Joinville ostenta.[10] O município ora em estudo tem um dos melhores IDHs de Santa Catarina. A cidade foi criada ao mesmo tempo que Blumenau (segunda metade do século XIX), com grupo étnico igual ao da sua cidade contemporânea.[10] O povo alemão, que veio de uma região com baixas temperaturas para um país com temperaturas elevadas, impôs sua determinação na construção da cidade conhecida pela sua população trabalhadora[10] e pelas indústrias metal-mecânica, de tecidos, de alimentos, softwares, eletrodomésticos, computadores, máquinas, etc.[10] Joinville, disputando com Blumenau, foi, antes de 2012, o município com o maior PIB de Santa Catarina, sendo atualmente superado por Itajaí.[11][12]

 
A casa enxaimel é um exemplo da herança germânica de Joinville.

A história de Joinville tem ligação com a Princesa do Brasil Dona Francisca Carolina, que se casou, em 1843, com o Príncipe de Joinville, terceiro filho do rei Luís Filipe I.[10] Ela ganhou como prêmio de casamento, 25 léguas cúbicas, em plena Mata Atlântica, que situavam-se na região do município que ganhou o nome de um dos descendentes do monarca gaulês.[10]

Porém, depois que o rei Luís Filipe I se destronou em 1848 e o Príncipe de Joinville se refugiou na Inglaterra, foi que apareceu a ideia de colonizar esse terreno.[10] O Príncipe de Joinville e o senador Christian Mathias Schroeder (que ganhou sem custo algum oito léguas cúbicas) aceitaram organizar a colônia, que seria habitada por europeus.[10]

As pessoas que idealizaram foram, além dos já referidos, Léonce Aubé, Jerônimo Francisco Coelho, João Otto, Ottokar Doerffel, Frederico Brustlein e demais indivíduos. Porém, o imenso reconhecimento é cabível aos imigrantes (quase todos agricultores), que passaram a chegar desde 1851. A barca Colon transportou os imigrantes iniciais. Eram 191 no total, a maioria de alemães, além de suíços e noruegueses.[10] De acordo com o historiador Apolinário Ternes, o projeto iniciou‐se um ano antes da chegada da barca Colon, que partiu de Hamburgo em 1851. Em 1850, veio o vice-cônsul Léonce Aubé, acompanhado de duas famílias de trabalhadores braçais, mais o engenheiro responsável das primeiras benfeitorias e demarcações do que viria a ser a nova colônia, e também do cozinheiro franco-suíço Louis Duvoisin. Louis Duvoisin veio ao Brasil anos antes com a expedição do 1842, o Benoît Jules Mure, na instalação fracassada do Falanstério do Saí. A barca Colon partiu de Hamburgo levando os primeiros imigrantes. No dia 9 de março do mesmo ano, a barca chegou ao local e foi fundada a Colônia Dona Francisca. A população foi reforçada com a chegada da barca Emma & Louise, com 114 pessoas. Em 1852, foi decidido que, em homenagem ao príncipe François, a cidade passaria a se chamar Joinville.[13]

Uma residência de verão foi construída para abrigar o príncipe e a princesa de Joinville, com um caminho de palmeiras em frente à casa. Entretanto, nenhum dos dois chegou a conhecer a cidade. A casa que foi construída para os príncipes atualmente é o "Museu Nacional de Imigração e Colonização – Palácio dos Príncipes de Joinville", e a via à sua frente tornou-se a Rua das Palmeiras, hoje ponto turístico da cidade.

Imigração, formação administrativa e história recente

editar

A malária, doença desconhecida na Europa, foi causa de morte de muitos dos destemidos colonizadores.[10] Porém, a imigração andou para frente de qualquer maneira com a chegada de novas levas de alemães e Joinville progrediu muito devido a isso e em 1858 se elevou à categoria de freguesia. Criou-se o município por meio da Lei nº 566, de 15 de março de 1866, com o nome de São Francisco Xavier de Joinville que, em seguida, se reduziu para Joinville. O novo município foi instalado em 7 de janeiro de 1869.[10]

Se a agricultura era a fonte de renda que predominava nos primórdios de Joinville, na atualidade mais de cem indústrias do município são a sua principal atividade econômica.[10] Sua área é de 1.131 km². Joinville é um município pertencente à Microrregião homônima e a cidade mais populosa de Santa Catarina.[4]

Geografia

editar

Demografia

editar

Governo e política

editar

Subdivisões

editar

Economia

editar

Infraestrutura

editar

Cultura

editar

Ver também

editar

Notas

Referências

  1. Dicionário Aurélio
  2. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
  3. http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23
  4. a b c «Santa Catarina » Joinville». IBGE Cidades. IBGE. 1 de julho de 2015. Consultado em 8 de setembro de 2015  Texto "joinville" ignorado (ajuda)
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 29 de julho de 2013 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos municípios - 2012» 
  7. a b c Carneiro 2006, p. 101-102.
  8. PRADO, Emanuel Marcos Cruz (2013). Clube de Autores, ed. Contos Catarinenses. [S.l.: s.n.] 64 páginas 
  9. BUENO, E (2003), Brasil: uma história 2ª rev ed. , São Paulo: Ática, pp. 18-19 .
  10. a b c d e f g h i j k l El-Khatib 1970, p. 52-53.
  11. «Produto Interno Bruto dos Municípios 2010"». IBGE. Consultado em 18 de julho de 2013 
  12. «Sistema de Contas Nacionais - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010». IBGE. Consultado em 18 de julho de 2013 
  13. MÜLLER, Kelly (9 de março de 2007), «Um presente real, terra de sonhos», A Notícia, pp. 12-14 .

Bibliografia

editar

Ligações externas

editar