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Representação medieval de um dragão na História de São Jorge e o dragão, de Paolo Uccello. Este dragão, representado de variadas formas ao longo da história e da arte[1] é frequentemente chamado "Serpe" ou "Coca" na tradição galega e portuguesa popular-cristã,[2][3] separada da figura do "dragão" desde pelo menos o século XVII.[4]

Uma serpe[5][6] (ou de forma mais completa, "serpe alada"), ou guivra (/ˈɡɪvɾa/) é um tipo de fera mítica dracónica, representado como um réptil alado de duas patas[7] ou, mais raramente, nenhuma XXXX. Frequentemente acompanhada de uma cauda pontiaguda a qual pode abrigar um ferrão venenoso em forma de ponta de lança.

Ao contrário dos dragões de quatro patas, na heráldica, a serpe raramente cuspia fogo. Ainda assim, nas suas mais variadas formas, é frequentemente representada nos brasões medievais de boca aberta, voraz.[8][9][10][11]

É uma criatura lendária popular na literatura europeia, e criações dela derivadas, como a fantasia moderna, os videojogos, ou como mascote de escolas e equipas desportivas.

A "coca", ou também somente "serpe", na mitologia popular e cristã ibérica, em particular a portuguesa e a galega, frequentemente toma esta forma dracónica.[nota 1] XXXXXXXX

Terminologia

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Contextos de uso

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Representação ilustrativa da guivra

Distinção de dragões e controvérsias

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Mais que a maioria dos termos, "serpe" (e equivalentes) e "dragão", em várias línguas incluindo o português, a distinção requer uma atenção ao contexto de uso.

Historicamente, fora do contexto heráldico e em certos contextos religiosos, não encontramos firme a distinção entre "serpes" de duas patas, ou "dragões" de quatro patas. A distinção terá sido promovida pelas necessidades descritivas da sistematização heráldica. Desde o século XVI, em particular na heráldica portuguesa, inglesa, escocesa e irlandesa, nota-se uma crescente tendência para marcar a diferença de que uma serpe alada tem duas patas, enquanto um dragão tem quatro. Noutras heráldicas mais tradicionalistas, como na francesa, esta distinção não é tão demarcada. XXXXX

Uma das principais controvérsias heráldicas na distinção entre "serpe" e "dragão", é quando a figura é "nascente", isto é, quando apenas se vê a parte superior da figura, sem ser possível adivinhar o número de patas total. Neste caso, dada a difícil distinção entre as duas figuras, na ausência de documentação adicional ou de consenso sobre esta, é frequente os heraldistas divergirem sobre qual símbolo está representado, se a "Serpe", se o "Dragão".[12] XXXX

Quando o réptil alado não tem quaisquer patas, também é considerado de tipo "serpe alada", conforme significado mais literal do termo (serpente com asas). XXXX

Ainda que sem consenso absoluto até aos dias de hoje, a distinção é vincadamente defendida por seus apologistas.[13][14] Tem sido crescentemente abraçada a distinção até em criações fora deste contexto, como a religião popular portuguesa em torno da "Santa Serpe", que distingue Serpes e Dragões desde pelo menos o século XVII.[4]

Mas, por os termos partilharem semelhante reptiliana etimologia (e não haver tradição de distinção que date à antiguidade em que o latim ganhou raízes em toda a Europa), em muitas culturas e contextos, pouca ou nenhuma distinção é feita entre serpes e dragões, onde criaturas parecidas com "dragões de duas patas" (e, conforme se verificaria na antiguidade, até mesmo grandes serpentes não aladas), são frequentemente chamadas de dragões.[15]

Incluso, no folclore occitano, o conceito de drac ("réptil" / "drago") passou a incluir vários outros seres fantásticos, por vezes antropomórficos, até alguns nem sequer reptilianos. XXXX

Igualmente, no género de fantasia moderno, dependendo dos autores há por vezes pouca diferenciação entre dragões e serpes aladas, ou guivras, com criaturas mágicas reptilianas de duas patas a provavelmente também serem chamadas de "dragões", sem qualquer diferenciação entre os tipos.

XXXXXX A serpe aparece frequentemente na ficção de fantasia moderna, embora as suas primeiras aparições literárias tenham sido em antigos bestiários.[16]

Regionalidade

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Sumariamente, "serpe alada" referir-se-á a este ser no contexto da mitologia e heráldica da tradição neo-romance, "guivra" à mitologia de anglo-franco-germânica e ibérica medieval de leste, seguindo a origem de cada termo, preservada no modo geral de seu uso histórico. Não obstante, são em grosso modo sinónimos, dado que se referem à mesma tipologia de ser mitológico reptiliano alado bípede, e frequentemente os termos "concorrem" entre si. XXXXXX

Etimologias

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Todos têm histórico de reptéis de tamanho monstruoso sem asas XXXXXXX

XXXXX Equivalentes no [[1]], [[2]]

Guivra

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Ao português, chega "guivra" tão cedo como na tradução de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Noutros pontos da Península Ibérica, encontramos paralelos víbria em catalão, XXXXXXXXXXXX

Em francês, em particular nas vertentes de leste (oïl), de maior proximidade e influência germano-franca, cedo se registra [[3]], na heráldica francesa considerando-se que se a serpe alada figura devorando algo, a mesma se nomeia de guivre. XXXX (fonte wiktionary) XXXX

Chega também inglês médio wyver (século XIII) , depois, wyvern ou wiverne (pronúncia em inglês: /ˈwvəɹn/), derivada da palavra francesa wivre, "víbora", que por sua vez advém do anglo-normando francês wivre (que originaria também em francês: guivre ou vouivre). Que se originam do latim vīpera, que significa "víbora" XXXXXX, "colubridae" ou "áspide".[7][17] A atual grafia em inglês, wyvern, não é atestada antes do século XVII como "dragão alado de dois pés".

Por outro lado, o medievalista William Sayers propõe uma origem mais complexa para o termo. William observa que o guivre anglo-francês e o seu derivado em inglês médio deixaram de reter o sentido original de "cobra venenosa" depois do termo latino ter sido reintroduzido no latim medieval, libertando-os para assumir um significado alternativo.[18]:460 Aduzindo outro significado de wiver (desta vez em inglês antigo) e guivre, "dardo leve",[18]:461 e observando semelhanças parciais entre o tamanho e a forma entre dardos e cobras,[18]:462, William propõe que os conceitos de "cobra venenosa" e "dardo leve" tenham sido fundidos para produzir um novo termo, de cobra-voadora, uma espécie de dragão.[18]:463

Também no inglês wyvern concorre com outros termos, como wyrm. XXXX

XXXXX Dragonete

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(criar artigo separado), ou dragonete[8][19] (dragonete é sinónimo de dragante, que é somente uma representação exclusiva da cabeça do dragão a comer ou cuspir algo...)

À semelhança da serpe, também o dragão surge primeiro acompanhado de "alado" para o distinguir dos "sem asas"; "dragão" quereria dizer apenas "serpente", especialmente as exóticas, mas abrangendo cada vez mais outros reptéis de grande porte (e já os romanos incluiriam o crocodilo egípcio), o que ainda hoje se verifica contextualmente. A palavra "dragão", do grego δράκων (drákōn), crê-se que virá para o português por via do latino dracōnem, ou por nasalização de draccō.

Quando mais tarde surge o termo dragonete no português, é por via do occitano provençal dragonet[9][20], à semelhança de muitas palavras medievais galego-portuguesas, tendo nessa era o occitano muito prestígio nas cortes dos reinos cristãos ibéricos.[21] Dragão já seria principalmente referente à criatura mitológica, sendo "-ete" um sufixo que nas línguas galo-romanas que quer dizer "feminino, pequeno", que distingue a "serpente grande com asas e quatro patas" (dragão) do seu congénere "mais pequeno", dragonete de "apenas" duas patas.[nota 2]

No entanto, no galego-português, o termo "compete" nesse período com o mais regionalizado "serpe alada", e com a queda do prestígio do occitano cai na relativa obsolescência, só recentemente sendo "resgatado" para uso na heráldica (de aristocracia que em determinados períodos reconheceram mais prestígio a termos francófonos, e ingleses), "concorrendo" de novo com outros termos equivalentes. XXXX XXXXXX

No próprio francês d'oïl, em especial o padrão, dragonette não é um termo usual para o ser mitológico, não se encontrando vulgarmente nem dicionarizado com essa significância nem fora da literatura fantástica contemporânea, e mesmo aí com mero esporádico uso.

XXXXXXXX

XXX De cocatrix, ou celta para cabeça, que acreditavam ter a alma, e sobre a qual tinham muitas outras superstições. XXaqui XXXX

 
Serpe alada heráldica (muitas vezes chamada de "dragão")

História

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Origens mediterrânicas

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O desenho da serpe é considerado, por alguns historiadores, ter sido derivado da figura do dragão (sem asas, alusivo ao "grande réptil" crocodilo) usado pelas legiões de Trajano na Dácia. XXXXX

Uma serpente alada, sem membros, aparece num fresco da Vila dos Mistérios, subterrada no século I, em Pompeia, num fresco que retrata outros temas egípcios.[23]

O conceito de cobras aladas é comum em culturas ao redor do Mediterrâneo, com um exemplo notável a ser a deusa egípcia Uto.[24] As criaturas mais antigas chamadas de "dragões alados" são os corcéis da carruagem de Hélio, que ajudam Medeia. XXXXXXXXXXXX

Judaísmo, com parte de sua mitologia religiosa a ganhar prestígio com a expansão do cristianismo, Fiery flying serpent XXXXXXXXXX

Origens nórdicas

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Nos reinos ibéricos e seus legados coloniais

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Portugal

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Armas do Rei Dom Manuel I na Sala de Sinta. Ao centro, a sua Serpe Alada, representada em cimeira de elmo[25]
 
Brasão de Fernando de Portugal[26]
Localidades
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É símbolo brasonal de Serpa, Algoz, Marrazes e Coimbra.

Casas nobres
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Em consequência, é símbolo da Casa de Serpa, originária em Fernando, Senhor de Serpa, cujo brasão é tido por alguns como o primeiro registro português de exibição da serpe alada nas armas pessoais.[26]

É em consequência dos brasões regionais, símbolo dos Duques de Coimbra ?? XXXX.

Encontra-se frequente em representações de D. Afonso V, a mais notória sendo a do XXXXXXXXX, as serpes em cimeiras, de elmos ou brasões, também descritas frequentemente como "dragões nascentes".

 
Ceptro da Coroa e Constituição, feito para a aclamação da rainha D. Maria II, simbolizando a Coroa de Portugal, a Carta Constitucional de 1826, e uma serpe emblemática da Casa de Bragança

D. Manuel I continua o uso da Serpe Alada, e daí a "Serpe Real" prossegue sendo o símbolo da casa real portuguesa.[27]

Como símbolo nacional
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Serpes como suportes do brasão da portuguesa Casa de Bragança

Após as guerras napoleónicas, a Serpe Alada surge na litográfica alegoria Funiculus Triplex Difficile Rumpitur (Em português, "Fio triplo, difícil rompe"), simbolizando Portugal ao lado do unicórnio britânico e do leão espanhol. Noutra litografia do mesmo período, Restauração de Portugal em 1808, a Serpe Alada aparece a comer a Águia Francesa, de novo do lado do unicórnio britânico.[28] Por fim, a Serpe Real foi utilizada na propaganda republicana na Implantação da República de 1910, derrotada.

 
Detalhe de Serpe Real "derrotada" aquando a Implantação da República, nesta ilustração comemorativa intitulada Proclamação da República Portugueza.
Folclore
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XXXXXX

Excepções
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Casos em que a serpe lusa "ganha" quatro patas verificam-se historicamente, talvez na intenção de empoderar o animal alegórico. A mais notável talvez seja a série ilustrada Lusitania Liberata, publicada em 1645 em Londres e escrita pelo Dr. António de Sousa de Macedo, partidário de D. João IV contra Filipe III, em que a Serpe portuguesa é em várias ilustrações apresentada tendo quatro patas. No lado oposto, no ano antes à Restauração da Independência, em 1639, Juan Caramuel Lobkowitz tinha feito publicar Philippus Prudens (obra que defendia a subjugação total de Portugal à administração das cortes centrais espanholas, como demais reinos espanhóis, em unilateral desacordo com os termos do fim da Guerra da Sucessão Portuguesa que legitimavam o papel monárquico filipino cimeiro à União Ibérica), cujo frontíspicio desenhado por Erasmus Quellinus apresentava o leão espanhol subjugando semelhante alegoria dracónica de Portugal.

Em República
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É hoje símbolo da Base Aérea N.º 6 e da XXX

 
Cimeira do Rei d'Aragão, representando o elmo de Pedro IV. Atribui-se inicialmente a Jaime I, e entrementes a seus descendentes Martim I e Pedro III. Todos teriam usado cimeiras com simbologia referentes à guivra.[29]

Brasil

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XXXXX

Galiza

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Heráldica
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Brasão de Luís Vaz de Camões, de família galega.

Vindo da Galiza para Viseu, em Portugal, no século XVI, o nobre galego Garcia Tenreiro, filho de Diogo Lopes Tenreiro, alcaide da Corunha, tinha no seu brasão uma serpe alada.[30] Aparentados dos galegos Freire de Andrade, que também tinham uma serpe como símbolo, e também viriam para Portugal.[31]

Também tidos como aparentados aos Tenreiro, era a família galega de Luís Vaz de Camões, também hostentando assim a Serpe Alada no seu brasão.[32]

Na Galiza do século XVII, assume-se como sueva a associação simbólica a figuras dracónicas aos suevos, não estando certo como seria a sua representação. XXXX

Folclore
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XXXXX

 
Escudo de Alboraya, Aragão, que incorpora a "cimeira de Jaime I o conquistador".
 
Serpes aladas dos Bragança figuram no brasão do Império do Brasil, durante o Primeiro Reinado.[33][34]
 
Trono imperial de D. Pedro II, encimado pela Serpe Real.[35]
 
Pormenor da Serpe brigantina do Manto de D. Pedro II.

XXXXXXXXXX

Andaluzia

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Em 1604, o frade Pedro de Medina[36] publica Victoria gloriosa y excelencias de la esclarecida Cruz de Iesu Christo, na qual relata a existência de serpes aladas. No original, sierpes aladas / con alas / boladoras. Traduz de outros textos, por exemplo Lucano, que segundo o frade dá nota da existência de Serpitis aurato nitidi fulgore Dracones (...) Aera cum pennis (Em português "Serpes, com nítido fulgor dourado, dragões, (...) aéreas com penas") na Etiópia ou Líbia. Estudando fontes hebraicas como "Rabino Selemoth", possivelmente Selemoh-Ha Levi, relata serem venenosíssimas, e que no Médio Oriente se fez costume pendurar uma serpe alada de bronze, ou esculpida, a uma cruz, aereum serpente in crucem suspendum, perfurada pelas asas, o que faz retratar no livro.[37]

Aragão

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A partir da semelhança "d'Aragão" (em catalão, d'Aragó. "Dragão" em catalão medieval dir-se-ia também dragó[38]), surge a associação heráldica de Aragão a figuras dracónicas.[39] O catalão é uma língua cuja tradição mantém múltiplos termos referentes a dragões. Para esta serpent ou drac alat, considerando a sua tipologia, o termo hoje mais comum em catalão é víbria, cognato a "guivra".[40][41]

Figura também no brasão de armas do País Valenciano, no brasão da província capital homónima, e dos municípios valencianos de Alboraya e Rafelbunyol. Outros municípios com heráldica de idêntica referência são os de Serra d'em Galcerão, Suera, Benimuslem e Titáguas. Caso único é Novelda, em que as serpes, da mesma origem, aparecem sim como suportes.

Esta criatura inspirou também o catalão Antoni Gaudi, em particular no desenho de detalhes da Bellesguard, situada onde antes existira um castelo de Martim I.[42][43]

 
O Ceptro Imperial do Brasil, com a Serpe Real.[44][45]

Na restante Europa

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Itália

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Mosaico da Abadia de Bobbio, do séc. XII. "Serpe Alada" descrita como "Draco". Aparentemente a pelejar contra um acéfalo, outra criatura mítica, descrita por Plínio no seu História Natural, que inspirou muitos bestiários medievais.


Origens

Escandinávia, povos Germânicos XXXXXXXXXX

Ilhas Britânicas e seus espaços pós-coloniais
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XXXXXXX A utilização de dragões para representar o País de Gales remonta a séculos atrás; como visto na Historia Regum Britanniae de Godofredo de Monmouth, ao retratar a profecia de Merlin, em que o dragão vermelho do País de Gales derrota o dragão anglo-saxão branco e em que são vistos com duas patas em vez das quatro patas que o dragão galês atual possui.[46] Desde o século IV, os reis e príncipes galeses carregam consigo a representação de um dragão, onde cada governante muda a aparência de uma serpe para um dragão de quatro patas. XXXXXXXXXXXX

A guivra é uma frequente figura na heráldica e vexilologia inglesas, também ocasionalmente aparecendo como um suporte ou timbre.

 
Guivras a suportar o brasão de John Churchill, 1.º Duque de Marlborough

Uma guivra é tipicamente retratada a descansar sobre as suas patas e cauda, mas pode ser retratada com as garras no ar e apenas sustentada pela cauda. Ocasionalmente, uma serpe pode ser retratada sem asas e com uma cauda agulhada.[47]

Uma guivra branca (Argento) formou o brasão da vila de Leicester conforme registado na visitação heráldica de Leicestershire em 1619: "Uma serpe sem pernas argênteas salpicado de feridas gules, asas expandidas arminho." O termo "sem pernas" pode não significar que as suas pernas não estavam representadas, mas escondidas ou dobradas sob.[48] Tal foi adotado pela Midland Railway em 1845, quando se tornou a parte do seu brasão de armas não oficial.[49] A empresa afirmou que o "guivra era o padrão do Reino da Mércia", e que também era "um quartel nos braços da cidade de Leicester".[50] No entanto, em 1897, a Railway Magazine notou que parecia "não haver fundamento de que a guivra estivesse associada ao Reino da Mércia".[51] A guivra tem sido associada a Leicester desde a época de Thomas (segundo conde de Lancaster e Leicester (c. 1278–1322)), o senhor mais poderoso de Midlands, que o usava como o seu brasão pessoal.[52]

Uma guivra verde ergue-se no emblema da antiga e histórica cidade da Úmbria de Terni, o dragão é chamado pelos cidadãos com o nome de Thyrus. Uma guivra zibelina num fundo branco com asas endossadas, forma o brasão de armas da família Tilley.

Na armaria da Venerável Sociedade dos Apotecários (Worshipful Society of Apothecaries) representa-se uma guivra, simbolizando a doença, tendo sido vencida por Apolo, simbolizando a medicina. XXXXXXXXXXXXXXX

Estados Unidos da América
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Uma guivra está representada no brasão da unidade da 31ª Asa de Caça da USAF. XXXXXXXXXX Também faz parte da heráldica do 51º Esquadrão de Apoio a Operações da Base Aérea de Osan, com o lema: "breathin' fire!" (em português: "respirando fogo!"), [53]

 
Presença histórica da cultura Guarani, a rosa (a violeta, Tupis).

No restante mundo

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América do Sul pré-colonial

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Peru L'Amarú XXXXX

Guaranis Mboi Tu'i XXXX

Como logótipo ou mascote

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Guivras presentes no emblema do clube de futebol inglês Leyton Orient F.C.

A guivra também é um logótipo comercial ou mascote bastante popular.

Lusosfera

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XXXXXXXXXXXXX

Ilhas Britânicas e Angloesfera

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No País de Gales, cujo próprio dragão vermelho nacional poderá outrora ter sido uma guivra[54], e no que outrora foi o Reino de Wessex, em West Country, mas também em regiões mais distantes como em Herefordshire e Worcestershire, ligados a Gales pelos rios Wye e Severn. Uma estação de rádio local anteriormente era chamada de Wyvern FM.

A Vauxhall Motors teve um modelo, na década de 1950, chamado 'Wyvern'. A Westland Wyvern foi uma aeronave britânica de ataque multifunções de assento único, baseada em porta-aviões, construída pela Westland Aircraft e que serviu na década de 1950.

A guivra é um mascote frequente em equipas desportivas, faculdades e universidades, principalmente no Reino Unido e nos Estados Unidos. É também mascote da equipa SSG Landers, fundada em 2000, que participa na KBO League, da King's College, na Universidade de Queensland,

É também apresentada no símbolo dos clubes de ambas as equipas inglesas Leyton Orient F.C. e Carlisle United F.C.. É ainda a mascote da equipa do Woodbridge College em Woodbridge, em Ontário, no Canadá e do Quinsigamond Community College em Worcester, Massachusetts.

Demais Europa

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Os logótipos tanto do LLVM, o projeto de infraestrutura do compilador, como também do fabricante de chocolate suíço Lindt são guivras.

No resto do mundo

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e da equipa japonesa de basquetebol, Passlab Yamagata Wyverns que participa na B. League do Japão.


Outras representações na cultura

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Fantasia

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Literatura fantástica

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XXXXX

Cinema

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Wyvern é o título de um filme de 2019, em que uma guivra caça os habitantes de uma pequena cidade alasquiana, após despertar do gelo devido ao aquecimento global.

Principalmente por influência da literatura e adaptações ao cinema XXXXX

No Dungeons & Dragons (em português, "Atamorras e Dragões"),[55] guivras, distintas de dragões, tendem a não parecer tão mágicas e mais como feras perigosas: menores, mais fracos e menos inteligentes do que os dragões. Enquanto um dragão de fantasia geralmente tem um sopro, como o fogo, as guivras raramente têm tais habilidades e são mais temidas pela sua ferocidade e pelos dentes e garras afiados. Por vezes, também são associadas a veneno, seja na forma de presas venenosas, pela presença de uma farpa na cauda, ou pelo hálito venenoso, mas essa característica não é universalmente representada e pode ser uma adição mais recente à tradição baseada no monstro-de-gila XXXXXXX.[55]

Outros

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Para além disso, é o apelido de uma aeronave fictícia da série Ace Combat: o X-02 'Wyvern'.

Outros exemplos

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Ver também

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Notas

  1. Apesar de este termo se aplicar a várias outras tipologias populares de monstros fantásticos, inspiradores de medo. A coca chegará ao folclore brasileiro na forma da reptiliana "cuca".
  2. Confrontar também com dragonat (jovem dragão)[22].

Referências

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Bibliografia

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