Vitor Negrete
Vítor Negrete (Campinas, 13 de dezembro de 1967 - Monte Everest, 19 de maio de 2006) foi um montanhista brasileiro.
Vitor Negrete | |
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Nascimento | 13 de novembro de 1967 Campinas |
Morte | 19 de maio de 2006 Monte Everest |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | explorador |
Biografia
editarVitor foi o brasileiro que escalou o Monte Aconcágua (6959 m) pelo maior número de vias. Em 2 de junho de 2005 chegou ao cume do Monte Everest (8850 m), no Himalaia pela face norte e com auxílio de oxigênio suplementar. Com Rodrigo Raineri, formou a primeira dupla brasileira a escalar a Face Sul do Aconcágua, a mais difícil e perigosa, sendo considerada uma das escaladas mais comprometedoras do mundo; e o primeiro brasileiro a escalar o Aconcágua, pela rota normal, em pleno inverno, na companhia de Rodrigo Raineri.
Em 18 de Maio de 2006 escala novamente o Everest, desta vez sem auxílio de oxigênio, fato inédito para um brasileiro. Entretanto na descida Vitor não resistiu ao desgaste físico, hipotermia e a falta de oxigênio extrema, vindo a falecer aos 38 anos[1] vítima de edema pulmonar ou cerebral (provavelmente ambos). A primeira temporada de escaladas de 2006 no Everest foi particularmente trágica em mortes (superada apenas pelo desastre de 1996). Vitor havia manifestado em vida o desejo de que seu corpo deveria permanecer na montanha caso esta viesse a ceifar sua vida. Por esta razão, foi sepultado, com o consentimento da família, no próprio Everest (aproximadamente aos 8300 metros, no Acampamento 3) pelos sherpas que o acompanhavam. Vitor era casado e deixou dois filhos.
Em 2008, Marina Soler, sua esposa, escreveu o livro biográfico "Espírito Livre: Da transamazônica ao Everest" contando a trajetória de Vítor como pessoa e montanhista. ISBN 9788586323195. [2]
Homenagens
editarEm junho de 2006, o GEEU (Grupo de Escalada Esportiva e Montanhismo da Unicamp), do qual foi um dos precursores, homenageou Vitor dando seu nome ao muro de escalada esportiva da instituição.
No mesmo ano, a Prefeitura de Campinas deu seu nome ao mirante da Torre do Castelo, que passou a se chamar Torre do Castelo - Vítor Negrete[3].
Em 28 de junho de 2010, a Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp também prestou sua homenagem dando o seu nome ao espaço compartilhado entre atividades estudantis da Comissão de Estágios (Comestag) e da Associação Atlética Acadêmica da Faculdade de Engenharia de Alimentos (AAAFEA) [4].
Referências
- ↑ A história de Vitor Negrete, que, horas antes demorrer, tornou-se o primeiro brasileiro a alcançar o pico do Everest sem oxigênio suplementar.
- ↑ Revista Planeta entrevista Marina Soler.
- ↑ Ponto turístico de Campinas recebe nome do montanhista Vitor Negrete.
- ↑ FEA inaugura espaço com nome do alpinista Vitor Negrete, seu ex-aluno.