Valandro[1] (em nórdico antigo: Vanlanda; em islandês: Vanlande ou Vanlandi; em latim: Valander[2]) foi rei dos Suíones (Suídia) no século II da Casa dos Inglingos.[3][4]

Valandro
Rei lendário dos Suíones
Valandro
Representação de Valandro de 1554 na História de João Magno
Reinado século II
Antecessor(a) Suérquero
Sucessor(a) Visbur
Cônjuge Driva
Descendência Visbur
Casa dos Inglingos
Pai Suérquero

Fontes

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O rei aparece como Vanlanda na Lista dos Inglingos do poeta norueguês Tiodolfo de Hvinir do século IX,[5][6] como Vanlande/Vanlandi na Saga dos Inglingos do historiador islandês Esnorro Esturleu do século XIII[7] e como Valander na obra latina História de todos os reis gautas e suíones de 1554 do arcebispo sueco João Magno.[2]

Valandro era filho de de Suérquero.[8] Com a morte de seu pai, sucedeu-o como governante das propriedades reais de Upsália. Era um grande guerreiro que viajou de país em país. Em certa ocasião, aceitou o convite para invernar na Finlândia com Esner [Neve], o Velho, onde casou com sua filha Driva [monte de neve]. Mas na primavera partiu, deixando a esposa com a promessa de que voltaria após três anos. Passados 10 anos, Driva mandou a feiticeira Hulda (seiðr), bem como o filho deles, Visbur, à Suídia (os domínios de Valandro). Driva deu presentes a Hulda para que conjurasse o marido de volta à Finlândia ou matasse-o.[9][10]

Quando Hulda fez sua conjuração, Valandro estava em Upsália. O rei foi arrebatado pela vontade de voltar, mas amigos e conselheiros evitaram que fosse por acharem que era uma magia dos finos. Então o sono tomou conta dele e ele se deitou para dormir. Mas mal foi dormir quando gritou, dizendo que um pesadelo o seguia (íncubo). Seus homens se aproximaram para ajudar, mas quando pegaram a sua cabeça o pesadelo pisou nas pernas dele e quase quebraram. E quando agarraram os seus pés, pressionou sua cabeça para que morresse. Os suíones queimaram seu corpo próximo a um rio chamado Escuta, e erigiram pedras memoriais.[10][9] Segundo Tiodolfo de Hvinir:[11]


Uma feiticeira vil,
fez Valandro,
visitar,
o irmão de Vili (Odim),[a]
quando aquele pisar,
da mulher-trol,
prostituta amaldiçoada,
o rei guerreiro;
foi ele queimado,
na margem do Escuta,
nobre príncipe,
que o pesadelo matou.

[a] ^ Visitá-lo significa ir para Valhala[12]

Referências

Bibliografia

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  • «Visbur». Enciclopédia Nacional Sueca (em sueco). Gotemburgo: Universidade de Gotemburgo 
  • Esnorro Esturleu (2011). Hollander, Lee M., ed. Heimskringla - History of the Kings of Norway. Austin: University of Texas Press 
  • Grundy, Stephan (2014). The Cult of Ódinn: God of Death?. New Heaven, Connecticut: Troth Publications 
  • Henrikson, Alf; Berg, Björn (1963). «Frejs ätt». Svensk historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. ISBN 91-0-055344-1 
  • Lagerqvist, Lars O.; Åberg, Nils (2004). «Saga och sägen om våra förhistoriska kungar (Lendas e tradições dos nossos reis pré-históricos)». Litet lexikon över Sveriges regenter (Pequeno léxico dos regentes da Suécia) (em sueco). Estocolmo: Vincent. 63 páginas. ISBN 91-87064-43-X