Vasco Mariz (Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1921 - Rio de Janeiro, 16 de junho de 2017) foi um historiador, musicólogo, escritor e diplomata brasileiro.

Vasco Mariz
Nascimento 22 de janeiro de 1921
Rio de Janeiro
Morte 16 de junho de 2017 (96 anos)
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Historiador, musicólogo, escritor e diplomata

Recebeu sua formação musical no Conservatório Brasileiro de Música e graduou-se em Direito pela Universidade do Brasil, turma de 1943, e dois anos depois iniciou sua carreira diplomática. Concluindo um curso de aperfeiçoamento em História Diplomática em 1947, logo foi indicado vice-cônsul no Porto, Portugal, servindo depois em diversas funções e cargos em Rosário, Nápoles, Washington, Nova Iorque, Roma, até alcançar o posto de ministro em 1967, promovido por merecimento, e embaixador em 1971, designado para representar o Brasil no Equador e sucessivamente em Israel, Peru e Alemanha Oriental, aposentando-se em 1987.

Em sua carreira como diplomata antes de ser embaixador desempenhou o papel de delegado brasileiro junto a vários organismos internacionais de importância - como a ONU,FAO, a OEA, o GATT, a UNESCO - e em diversas ocasiões tais representações tinham claros propósitos culturais, desenvolvendo-se na área de história, folclore, arte e música. Foi chefe do departamento cultural do Itamaraty.

Sua atuação na área da cultura é intensa; desde a publicação em 1948 do livro Figuras da música brasileira contemporânea não cessou de dar importantes contribuições no campo da musicologia e da história do Brasil.

Foi sócio-emérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do PEN CLUB do Brasil e da Academia Brasileira de Música (cadeira 40, presidente em 1991), membro do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio e outras instituições nacionais e estrangeiras como o Conselho Inter-americano de Música (ex-presidente). Conselheiro do Museu Nacional de Belas Artes.

Faleceu aos 96 anos no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro vitimado por uma pneumonia.[1]

Publicações

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Vasco até 2010 publicou 58 livros sendo nove no exterior: dois nos EUA e um na França, União Soviética, Itália, Portugal, Argentina, Peru e Colômbia, entre os quais:

  • A canção de câmara no Brasil (6ª edição, 2002)
  • Heitor Villa-Lobos, o homem e a obra (12ª edição, 2004), editado no Brasil e nos EUA, França, União Soviética, Itália e Colômbia
  • Dicionário Biográfico Musical (3ª edição, 1991)
  • A canção popular brasileira (7ª edição, 2002)
  • História da Música no Brasil (8ª edição, 2012)
  • Três Musicólogos Brasileiros (1983), sobre Mário de Andrade, Renato Almeida e Luiz Heitor Corrêa de Azevedo
  • Cláudio Santoro (1994)
  • Antônio Houaiss, uma vida (organizador, 1995)
  • Francisco Mignone: O homem e a Obra (organizador, 1997)
  • 1.500 verbetes para o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de Antonio Houaiss (1998)
  • Música clássica brasileira (2002)
  • Ribeiro Couto, 30 anos de saudade (organizador, 1991)
  • Ribeiro Couto - Maricota, Baianinha e outras mulheres (antologia de contos, organizador, 2001)
  • Ribeiro Couto no seu centenário (1998)
  • Villegagnon e a França Antártica (1999, 2002, 2005, co-autoria com Lucien Provençal)
  • Vida musical (4ª série, 1997)
  • Mini-enciclopédia internacional - Dicionário Carlos Aulete Essencial (2009)
  • Ensaios históricos (2004)
  • Brasil/França - relações históricas no período colonial (organizador, 2006)
  • Os Franceses no Maranhão: La Ravardière e a França Equinocial (co-autoria com Lucien Provençal, 2007 e 2011)
  • A música no Rio de Janeiro no tempo de D.João VI (2008)
  • Temas da política internacional (memórias, 2008)
  • Cartas de Villegagnon e textos correlatos (organização e comentários, 2009)
  • Depois da Glória (2012)
  • Nos bastidores da diplomacia (2013)
  • Os franceses na Guanabara (2015)
  • Pelos caminhos da história (2015)
  • Ribeiro Couto: 50 anos de saudades (2015)
  • Retratos do Império (2016)
  • Retratos da Republica (2017)

Distinções

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Bibliografia

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Há 26 dicionários e enciclopédias nacionais e estrangeiras que contém verbetes sobre a obra de Vasco Mariz.

Referências

  1. «Morre o musicólogo e diplomata Vasco Mariz». O Globo. 16 de junho de 2017 
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