Velhas Virgens

banda de rock brasileira
 Nota: Se procura pelo filme brasileiro, veja A Banda das Velhas Virgens.

Velhas Virgens é uma banda brasileira independente de rock que tem como característica letras irreverentes, geralmente com assuntos sexuais e alcoólicos.[1][2][3]

Velhas Virgens
Velhas Virgens
Paulão de Carvalho e Roy Carlini, em 2011
Informações gerais
Origem São Paulo, SP
País Brasil
Gênero(s) Rock cômico, blues-rock, hard rock, punk rock, rock alternativo, pop rock
Período em atividade 1986 - atualmente
Gravadora(s)
  • Prize Records (1995)
  • Velas/Primal Records (1997)
  • Gabaju Records (1999-presente)
Integrantes Paulão de Carvalho
Tuca Paiva
Alexandre "Cavalo" Dias
Filipe Cirilo
Simon Brow
Ana Pessoa
Ex-integrantes Celso de Carvalho
Mário Sérgio Freire
Eduardo Lucena
Fabiano Pimenta
Caio Andrade
Cláudia Lino
Roberta Schwantes
Liliany Takara
Roy Carlini
Juliana Kosso
Página oficial www.VelhasVirgens.com.br

Proveniente de São Paulo, o grupo tem quinze discos lançados e tem seu espaço no cenário alternativo nacional, mesmo sem tocar em rádios ou aparecerem em programas de TV ao longo de seus 35 anos de história.[3]

História

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Juliana Kosso (vocalista do grupo entre 2008 até 2024)

Em 1986, "Paulão" de Carvalho, que já tinha tocado na banda "Beba Cerveja E Seus Copos Quebrados", que era o esboço do que se tornaria a atual Velhas Virgens, conheceu Alexandre "Cavalo" Dias. Inicialmente, Paulão tocava baixo e Cavalo guitarra. Chamaram os amigos Rick para assumir a bateria e Celso - irmão do Paulão - para os vocais. Até o final da década de 1980, tocaram em vários lugares, mudando diversas vezes de baterista durante esses anos.

Na virada da década, o vocalista Celso deixa a banda, só restando os fundadores, mas logo apareceu Mário Sérgio "Lips Like Sugar" para assumir definitivamente o comando da bateria. Paulão assume os vocais, a gaita e continua com o baixo, enquanto o recém-chegado Fabiano assume o posto de guitarrista. Com essa mudança de formação, a banda passou a flertar mais com o blues. Gravaram algumas demos e fizeram diversas apresentações.

O ano de 1993 marca a saída de Fabiano. Quem assume seu lugar na guitarra é Caio "The Kid" Andrade. É gravado em 1994 e lançado no ano seguinte o primeiro álbum, intitulado de Foi Bom Pra Você?. Já neste primeiro trabalho está contida uma característica que surgiu na banda a partir de 1990: as letras escrachadas falando basicamente de mulheres, cerveja e rock and roll. Outra marca do grupo foi chamar artistas consagrados para participar de algumas canções. Na estreia encontram-se as presenças de Pit Passarell do Viper, Oswaldo Vecchione do Made in Brazil, Eduardo Araújo e Marcelo Nova do Camisa de Vênus. Um disco de estreia bem aceito pelos fãs, com sonoridade voltada para o rock and roll clássico e blues e músicas como "Minha Vida é o Rock 'n Roll" (cover do Made in Brazil), "Cerveja na Veia", "Só Para Te Comer", "Excesso de Quorum" e "De Bar em Bar Pela Noite", essa com a participação de Marcelo Nova. Nesse mesmo ano a dançarina Cláudia Lino passa a acompanhar a banda nas apresentações.

Em 1996, as Velhas Virgens assinam com a gravadora Velas, da qual o cantor Ivan Lins é um dos sócios. Também em 1996, a entrada do baixista Edu Gago faz com que Paulão se dedique somente aos vocais e a gaita. O segundo disco Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro é lançado ainda em 1996, trazendo mais convidados ilustres como Roger do Ultraje a Rigor, que canta com Paulão a sádica "Mulher do Diabo", que conta ainda com a presença do baixista ex-Ultraje Serginho Petroni. Rita Lee, que já havia escrito a apresentação do primeiro disco, aparece aqui para cantar a saga noturna de bebedeiras na "Beijos de Corpo". O guitarrista Sérgio Hinds da banda O Terço deixa sua marca em "Pão Com Cerveja". Destacam-se ainda as canções "Já Dizia o Raul", "Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro", a balada Blues "Não Vale Nada", entre outras.

Em 1997, a banda faz mais de 50 concertos pelos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Até que Lips sofre um acidente de moto e Paulão se machuca jogando bola, o que causa uma parada de dois meses na banda.

Em 1998, sai Edu para a entrada de Tuca "Pés-de-Arara" no baixo, completando a formação atual. Neste mesmo ano, iniciaram a produção do terceiro disco, porém com o cenário nacional de Rock em baixa, optaram por uma produção independente, dado a dificuldade de contratos com grandes gravadoras. Cavalo abre sua gravadora, a Gabaju Records, e exatamente em agosto de 1999 é lançado $r. $uce$$o, o terceiro disco. Com participações como Adriana Lessa, Célso Viáfora, Luís Carlini, Mário Ribeiro, Neto Botelho, o disco vem um pouco mais recheado de baladas e canções críticas. A canção que dá título ao disco, $r. $uce$$o, é bem recebida pelos fãs, fazendo uma critica direta ao mercado fonográfico, quanto ao seu lado mercantilista e comercial. Destacam-se ainda "A Minhoca Que Acendia o Rabo", a bem humorada "Domingo na Praia", "Essa Tal Tequila" e "O Verdadeiro Amor".

A chegada dos anos 2000 e o advento da internet foi um marco na história das Velhas, e em 2001 dois CD's foram lançados, Reveillon-2001 que vem com mais de 200 fotos do grupo e de Cláudia Lino "A Mulher Diabo", mais 6 videoclipes da banda, conta com as cifras de todos os álbuns anteriores, além de 9 músicas nunca antes lançadas e Abre essas pernas – Ao Vivo que contém alguns sucessos da banda, como “Madrugada e Meia”, “De Bar em Bar” e “Safadeza pura” gravado no Teatro Mars, em São Paulo nos dias 8 e 9 de junho do ano 2001.

No ano seguinte, Claudia Lino se despede da banda e Roberta "Guti" Schwantes se torna a nova integrante, fazendo parte do grupo até o fim da turnê do álbum Com a Cabeça no Lugar, e logo dando lugar para Lili, que entrou no período do novo projeto, Carnavelhas, aonde a banda utilizava marchinhas autorais da banda e os clássicos das marchinhas carnavalescas.

Lili seguiu no grupo até 2008, dando lugar à Juliana "Juju" Kosso, ex-integrante da última formação do conjunto vocal A Patotinha e também da banda Coyote, além de ter um projeto solo[4].

Em 2012, a banda lança uma linha exclusiva de cerveja, produzida em Ribeirão Preto, em comemoração aos 25 anos de carreira. A receita é do baixista Tuca Paiva.[5]

Em 2016, a banda sai em turnê comemorativa aos 30 anos, que culmina em um show gravado ao vivo em outubro daquele ano em São Paulo[6], lançado no ano seguinte em CD e DVD, chamado Velhas Virgens 30 anos – Ao vivo no Love Story.[2]

Em 21 de junho de 2019 é lançado nas plataformas de áudio o single "O bar me chama".[2] No ano seguinte, é lançado o álbum do mesmo nome[7][8], que faz homenagem ao rock dos anos 1970.[9] No Carnaval de 2021, é lançado o single "Marcha da vacina".[10] Mais tarde no mesmo ano, o álbum é indicado ao Grammy Latino de melhor álbum de rock ou música alternativa em língua portuguesa.[11]

Em 2023, a cantora Juliana Kosso tomou a decisão de deixar o grupo devido a questões pessoais e a banda promoveu um concurso para encontrar uma nova vocalista.[12][13] Após cerca de um mês do concurso, a banda escolheu a amazonense Ana Paula “Ony” Pessoa para o posto.[14][15]

Discografia

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Álbuns de estúdio
  • Foi Bom pra Você? (1995)
  • Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro!! (1997)
  • Sr. Sucesso (1999)
  • Com a Cabeça no Lugar (2003)
  • Cubanajarra (2005)
  • Ninguém Beija como as Lésbicas (2009)
  • Todos os Dias a Cerveja Salva a Minha Vida! (2014)
  • O Bar Me Chama (2020)
Álbuns de Carnaval
  • Carnavelhas (2004)
  • Carnavelhas 2: Do Love Story até a Av. São João (2011)
  • Carnavelhas III: Bebadoriso (2013)


Álbuns ao vivo
  • Abre Essas Pernas Ao Vivo (2001)
  • Nós Somos as Velhas Virgens! 21 Anos (2008)
  • Rockin Beer Tour - 25 Anos de Velhas Virgens (2011)
  • 30 Anos: Ao Vivo no Love Story (2017)


Coletâneas
  • Reveillon (2001)
  • Pirataria Autorizada (2006)
  • Pirataria Autorizada 2 (2006)
  • Garçons do Inferno (2015)
  • Correndo pra Encontrar o Meu Amor (2018)
DVD's
  • Abre Essas Pernas Ao Vivo (2001)
  • Do Arco das Velhas - 1986-2006 (2006)
  • Nós Somos as Velhas Virgens! 21 Anos (2008)
  • Velhas Virgens: Atrás de Cerveja e Mulher (documentário) (2008)
  • Rockin Beer Tour - 25 Anos de Velhas Virgens (2011)
  • Ninguém Beija Como as Lésbicas (Ao Vivo em Curitiba) (2015)
  • 30 Anos - Ao Vivo no Love Story (2017)

Integrantes

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Formação atual

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  • Paulão de Carvalho - vocal, gaita e sax[1] (1986-presente); baixo (1986-1995)
  • Alexandre "Cavalo" Dias - guitarra e backing vocal (1986-presente)
  • Carlos "Tuca Pés-de-Arara" Paiva - baixo (1998-presente) e backing vocal (2005-presente)
  • Simon Brow - bateria (2006-presente)
  • Filipe Cirilo - guitarra e slide (2015-presente)
  • Ana "Ony" Pessoa - vocal e performer (2023-presente)

Ex-integrantes

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  • Celso de Carvalho - vocal (1986-1990, falecido)
  • Rick - bateria (1986-1990)
  • Fabiano Pimenta - guitarra (1990-1993)
  • Mário Sérgio "Lips Like Sugar" Freire - bateria (1990-2006)
  • Eduardo "Gago" Lucena - baixo (1993-1997)
  • Caio "The Kid" Andrade - guitarra e lap steel (1993-2008)
  • Cláudia Lino - vocal e performer (1994-2002)
  • Roberta "Guti" Schwantes - vocal e performer (2002-2003)
  • Liliany "Lili" Takara - vocal e performer (2005-2008)
  • Roy Carlini - guitarra, lap steel e backing vocal (2008-2014)
  • Juliana "Juju" Kosso - vocal e performer (2008-2023)

Referências

  1. a b Carlota Cafiero (22 de junho de 2018). «Rock'n'Roll, liberdade e cerveja com Velhas Virgens». Consultado em 31 de agosto de 2018 
  2. a b c «Banda Velhas Virgens preserva o alto teor etílico do repertório no blues-rock 'O bar me chama'». G1. Consultado em 13 de julho de 2021 
  3. a b BA, Gabriel OliveiraDo G1 (20 de setembro de 2013). «'O que seria do Rock sem os gays?', indaga vocalista do Velhas Virgens». Bahia. Consultado em 13 de julho de 2021 
  4. «Ela pode ter sido a melhor coisa que já aconteceu para as Velhas Virgens». 16 de setembro de 2015. Consultado em 18 de setembro de 2024 
  5. Franca, Rodolfo TiengoDo G1 Ribeirão e (8 de março de 2012). «Banda Velhas Virgens produz cerveja em Ribeirão para comemorar 25 anos». Ribeirão e Franca. Consultado em 13 de julho de 2021 
  6. «Banda Velhas Virgens se apresentam na Love Story para o Show de Gravação do DVD 30 anos da banda». BaresSP. Consultado em 13 de julho de 2021 
  7. LeiaJá. «Velhas Virgens lança álbum 'O Bar me Chama'». LeiaJá. Consultado em 13 de julho de 2021 
  8. TEMPO, O. (8 de dezembro de 2020). «Velhas Virgens lançam disco maduro sobre bebedeira, lesbianismo, sexo e amizade». Diversao. Consultado em 13 de julho de 2021 
  9. «Velhas Virgens lançam disco maduro sobre bebedeira, lesbianismo, sexo e amizade». Folha de S.Paulo. 8 de dezembro de 2020. Consultado em 13 de julho de 2021 
  10. Entretenimento, Portal Uai; Entretenimento, Portal Uai (14 de fevereiro de 2021). «Jota Quest e Velhas Virgens enfrentam a pandemia com singles alto-astral». Portal Uai Entretenimento. Consultado em 13 de julho de 2021 
  11. Hussey, Allison; Bloom, Madison (18 de novembro de 2021). «Latin Grammy 2021 Winners: See the Full List Here». Pitchfork. Condé Nast. Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  12. Redação (24 de agosto de 2023). «Velhas Virgens promove concurso para selecionar nova vocalista». Rolling Stone Brasil. Consultado em 18 de setembro de 2024 
  13. Macedo, Alessandro (25 de agosto de 2023). «Notícias de Franca - Velhas Virgens transforma seleção de nova vocalista em 'Big Brother' musical». Notícias de Franca. Consultado em 18 de setembro de 2024 
  14. Manhã, Diario da (15 de outubro de 2023). «Gamer é escolhida vocalista da banda Velhas Virgens | Diario da Manhã». Diário da Manhã. Consultado em 18 de setembro de 2024 
  15. BinaSul, Turbinado,. «VELHAS VIRGENS ELEGE SUA NOVA VOCALISTA APÓS REALITY ROQUEIRO EM PLENO PALCO DO CARIOCA CLUB». Turbinado a força da imagem. Consultado em 18 de setembro de 2024 

Ligações externas

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