The Satanic Verses

romance de Salman Rushdie de 1988
(Redirecionado de Versículos Satânicos)

The Satanic Verses (Brasil: Versos Satânicos / Portugal: Os Versículos Satânicos) é o quarto romance do escritor britânico de origem indiana Salman Rushdie. Publicado pela primeira vez em setembro de 1988, o livro foi inspirado na vida do profeta islâmico Maomé. Assim como em seus livros anteriores, Rushdie usou o realismo mágico e contou com eventos e pessoas contemporâneas para criar seus personagens. O título refere-se aos Versos Satânicos, um grupo de versículos do Alcorão que se referem a três deusas pagãs de Meca: Allāt, Al-Uzza e Manāt. A parte da história que trata dos "versos satânicos" foi baseada em relatos dos historiadores al-Waqidi e al-Tabari.[1]

The Satanic Verses
Os Versículos Satânicos [PT]
Versos Satânicos [BR]
Autor(es) Salman Rushdie
Idioma Língua inglesa
País  Reino Unido
Editora Viking Press
Lançamento 1989
Páginas 546
Edição portuguesa
Tradução Ana Luísa Faria, Miguel Serras Pereira
Editora Círculo de Leitores
Lançamento 1989
Páginas 493
ISBN 972-20-0746-7
Edição brasileira
Tradução Misael H. Dursan
Editora Companhia das Letras
Lançamento 1998
Páginas 523
ISBN 8571647372
Cronologia
Vergonha
Haroun e o Mar de Histórias

No Reino Unido, The Satanic Verses recebeu críticas positivas, foi finalista do Booker Prize de 1988 (perdendo para Oscar e Lucinda de Peter Carey) e ganhou o Whitbread Award de 1988 de romance do ano.[2] No entanto, uma grande controvérsia se seguiu quando os muçulmanos o acusaram de blasfêmia e zombar de sua fé. A indignação entre os muçulmanos fez com que o aiatolá Ruhollah Khomeini, então líder supremo do Irã, pedisse a morte de Rushdie em 14 de fevereiro de 1989. O resultado foram várias tentativas fracassadas de assassinato de Rushdie, que foi colocado sob proteção policial pelo governo do Reino Unido, e ataques a vários indivíduos conectados, incluindo o assassinato do tradutor Hitoshi Igarashi. Mais tarde, Rushdie foi esfaqueado em agosto de 2022 durante uma palestra pública na Chautauqua Institution, no estado de Nova York.

Temendo agitação, o governo de Rajiv Gandhi na Índia impediu que o livro fosse importado.[3][4]

Controvérsia

editar

Na Inglaterra, militantes muçulmanos queimaram o livro. Em vários países foi proibida a sua edição. A reação mais violenta veio do Irão. Pela crítica em relação ao Islamismo, o aiatolá Khomeini decretou em 1989 uma sentença de morte (fatwa) clamando pela morte "do autor do livro Versos Satânicos, que é contra o Islã, o Profeta e o Qur'an, e todos aqueles envolvidos em sua publicação que estejam cientes de seu conteúdo". Khomeini, sem ser citado explicitamente, aparece em um dos sonhos de Gibreel. Líderes religiosos iranianos ofereceram 6 milhões de dólares como recompensa pelo assassinato de Rushdie.

Em 1991, o tradutor japonês do livro Hitoshi Igarashi foi assassinado na Universidade de Tsukuba, e acredita-se que o tenha sido em resposta à fatwa.[5] Outros também sofreram atentados mas sobreviveram, tanto tradutores[5][6] bem como editores como o norueguês William Nygaard.[6]

Referências

  1. Erickson, John D. (1998). «The view from underneath: Salman Rushdie's Satanic Verses». Islam and Postcolonial Narrative. Cambridge, UK: Cambridge University Press. pp. 129–160. ISBN 0-521-59423-5. doi:10.1017/CBO9780511585357.006 
  2. Netton, Ian Richard (1996). Text and Trauma: An East-West Primer. Richmond, UK: Routledge Curzon. ISBN 0-7007-0326-8 
  3. Manoj Mitta (25 de janeiro de 2012). «Reading 'Satanic Verses' legal». The Times of India. Consultado em 24 de outubro de 2013. Arquivado do original em 29 de abril de 2013 
  4. Suroor, Hasan (3 de março de 2012). «You can't read this book». The Hindu. Consultado em 7 de agosto de 2013 
  5. a b Helm, Leslie (13 de julho de 1991). «Translator of 'Satanic Verses' Slain» (em inglês). Los Angeles Times. Consultado em 26 de setembro de 2013 
  6. a b «One person's story» (em inglês). OMID. Consultado em 26 de setembro de 2013 
  Este artigo sobre um livro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.