Viaduto Austregésilo de Athayde
O Viaduto Austregésilo de Athayde é uma construção da cidade de São Paulo, localizada no Brooklin, mais precisamente na Avenida Vereador José Diniz, cruzando a Avenida Jornalista Roberto Marinho.
Viaduto Austregésilo de Athayde | |
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Obras da futura estação Vereador José Diniz. Ao fundo o viaduto Austregésilo de Athayde (2015). | |
Arquitetura e construção | |
Tipo | viaduto |
Início da construção | abril de 1988 |
Data de abertura | 1 de outubro de 1993 |
Comprimento total | 220 m |
Maior vão livre | 54 m |
Geografia | |
Cruza | Avenida Jornalista Roberto Marinho |
País | Brasil |
História
editarCom a implantação da nova linha do Tramway de Santo Amaro em 1913, a Light implantou um pontilhão sobre o córrego Águas Espraiadas. Com o crescimento da cidade, a linha do Tramway passou a ser acompanhada pela Estrada São Paulo-Santo Amaro, aberta por volta de 1932.[carece de fontes] Apesar da desativação do bonde em 1968, o pontilhão havia sido ampliado e transformado em um pequeno viaduto rodoviário, parte da Avenida Conselheiro Rodrigues Alves. Em 1974 a avenida foi rebatizada Vereador José Diniz.[1]
Em 1986 o ex-prefeito Reinaldo de Barros exercia o cargo de secretário municipal de Obras e Vias Públicas na gestão Jânio Quadros apresentou um pacote de obras viárias que incluíam um túnel sob a Avenida Vereador José Diniz, como parte da futura Avenida Água Espraiada.[2] Por conta de problemas financeiros o projeto não saiu do papel e acabou arquivado. Em dezembro de 1986 o secretário municipal de Obras Walter Bodini anunciou um novo projeto para a Avenida Vereador José Diniz.[3]
Em abril de 1988 foram contratadas junto a empresa Mendes Junior[4] as obras de um complexo viário Águas Espraiadas por 43 milhões de dólares, que incluíam intervenções na Avenida Vereador José Diniz. Assim, o antigo pontilhão acabou implodido em 30 de abril daquele ano. A promessa era de que ele fosse substituído por dois viadutos de 113 m de extensão.[5] As obras seguiram lentamente até serem parcialmente paralisadas durante a gestão Luíza Erundina, por conta da falta de recursos para remover uma favela ali existente.[6]
O viaduto foi inaugurado apenas na gestão Paulo Maluf (em cerimônia em que compareceu o empresário Roberto Marinho) em 1 de outubro de 1993. A ceriônia de inauguração acabou ofuscada por uma tentativa de suicídio no viaduto recém-construído.[7][8] Posteriormente sem-teto construíram barracos embaixo do viaduto, sendo parcialmente removidos apenas na gestão Marta Suplicy.[9]
Em junho de 2011 foi iniciada a construção da Estação Vereador José Diniz da Linha 17 do metrô, ao lado do viaduto.
Referências
- ↑ Dicionário de Ruas. «Avenida Vereador José Diniz». Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ «Com pacote viário, Reynaldo deixa secretaria». Folha de S.Paulo, ano 66, edição 20925, Seção Cidades, página 13. 18 de julho de 1986. Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ «Aprovado projeto viário ligando Zona Sul ao Centro». Folha de S.Paulo, ano 66, edição 21077, página 9. 17 de dezembro de 1986. Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ Google Street View (abril de 2019). «Detalhe do Viaduto Austregésilo de Athayde». Alphabet Inc. Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ «Implosão derruba hoje trecho da Ponte de José Diniz». Folha de S.Paulo, ano 68, edição 21577, página 13. 30 de abril de 1988. Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ «Erundina pode ser obrigada a remover favela para completar obra de Jânio». Folha de S.Paulo, ano 68, edição 21783, Caderno Cidades, Página C-1. 22 de novembro de 1988. Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ Juca Varella (1 de outubro de 1993). «Roberto Marinho com o então prefeito Paulo Maluf, durante a inauguração do viaduto Austregésilo de Athayde, em Santo Amaro, São Paulo». Folha Imagem/Folha de S.Paulo. Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ «Garota tenta suicídio durante inauguração de viaduto». Folha de S.Paulo, ano 73, edição 23558, Caderno São Paulo página 6. 2 de outubro de 1993. Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ Victor Martins de Aguiar (2017). «Baixios de viadutos como desafio urbanístico: uma leitura das "terras de ninguém" nos viadutos Alcântara Machado e do Glicério» (PDF). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Páginas 33-35. Consultado em 6 de junho de 2020