O volvismo ou sistema reflexivo de produção é um sistema de produção industrial pós-fordista introduzido pela Volvo na década de 1990 na sua planta de Uddevalla.[1][2]

Em linhas gerais, a indústria sueca é caracterizada endogenamente pelo seu altíssimo grau de informatização e automação, e exogenamente pela forte presença dos sindicatos trabalhistas e mão-de-obra altamente qualificada. No caso das fábricas da Volvo, é ainda marcada por um alto grau de experimentalismo, sem o qual talvez não fosse possível ter introduzido tantas mudanças.[2]

O Volvismo surgiu como resultado de várias inovações conjuntamente postas em prática, com a particularidade da participação constante dos trabalhadores. As exigências do mercado competitivo forjaram melhorias, mas o que fez a diferença no caso da Volvo foram claramente características particulares da sociedade sueca[3]. Além dos sindicatos fortes, o alto grau de automação das fábricas no país faz com que desde há tempos os jovens rejeitem serem vistos como “acessórios das máquinas”, como no taylorismo o seriam.[2]

Isso gerou mudanças estruturais: nessa linha, o operário tem um papel completamente diferente daquele que tem no fordismo, e ainda mais importante que no toyotismo: aqui é ele quem dita o ritmo das máquinas, conhece todas as etapas da produção, é constantemente reciclado e participa, através do sindicatos, de decisões no processo de montagem da planta da fábrica (o que o compromete ainda mais com o sucesso de novos projetos).[2]

Ver também

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Referências

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  1. Clarke, Constanze (2006). Automotive Production Systems and Standardisation: From Ford to the Case of Mercedes-Benz. [S.l.]: Springer Science & Business Media. ISBN 9783790816280 
  2. a b c d Wood Jr, Thomaz (outubro de 1992). «Fordismo, Toyotismo e Volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido». Revista de Administração de Empresas: 6–18. ISSN 0034-7590. doi:10.1590/S0034-75901992000400002. Consultado em 5 de fevereiro de 2024 
  3. Volvismo. Ensaios e notas. Acessado em 29 de setembro de 2017.

Ligações externas

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