Voto preferencial
Voto preferencial ou votação preferencial é um tipo de estrutura de cédula eleitoral utilizada em diversos sistemas eleitorais em que os eleitores classificam uma lista ou grupo de candidatos em ordem de preferência. Por exemplo, o eleitor pode escrever um "1" ao lado de sua primeira escolha, um "2" ao lado de sua preferência em segundo lugar, e assim por diante. Isto contrasta com as cédulas utilizadas por métodos que não permitem mais do que duas opções para cada candidato (Sim ou Não), como a voto majoritário ou votação por aprovação.
História
editarA primeira referência conhecida sobre voto por ordem de preferência se encontra nas escrituras de Ramon Llull no final do século XIII. Seu significado nem sempre é claro. Se crê que Llull apoiava um método similar ao método Copeland, desenvolvido séculos depois, que utilizava uma sequência de eleições "um contra um", e não cédulas de voto preferencial.
No século XV, os documentos de Llull chamaram a atenção de Nicolás de Cusa. Ainda assim, Cusa parece pouco influenciado por estas, e independentemente desenvolveu o que agora se chama de Conta de Borda. Esse método usou cédulas ranqueadas. As escrituras de Llull e de Cusa logo desapareceram, para serem redescobertas no século XX.
O estudo moderno da votação preferencial se iniciou quando Jean-Charles de Borda publicou um escrito em 1781 no qual defendia o método associado a seu nome. Esse método foi criticado pelo Marquês de Condorcet, quem criou seu próprio método para reconhecer uma preferência coletiva, o Método de Condorcet. Acreditava que o método de Borda nem sempre identifica corretamente a preferência de um grupo. Ainda assim, o exemplo que Condorcet criou para argumentar este segue polêmico.[1]
Referências
editar- ↑ George G. Szpiro, "Numbers Rule" (2010).