Waldomiro Diniz
Waldomiro Diniz (Rio de Janeiro, 3 de março de 1962) é um empresário brasileiro. Diniz é um ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República.[1]
Waldomiro Diniz | |
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Nascimento | 3 de março de 1962 (62 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | político |
Diniz ganhou notoriedade no País e até internacional em 2004, após a revista Época ter divulgado fita gravada pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.[2] O escândalo detonou a primeira crise no Governo Lula.[3]
Biografia
editarNa vida pública
editarEx-funcionario da Caixa que foi demitido numa das reformas do governo Collor, Diniz se destacou ao auxiliar a oposição nas investigações que elucidavam as relações de PC Farias e Fernando Collor.[4] Foi indicado em março de 1999 pelo Governador Antony Garotinho para a representação do Rio de Janeiro em Brasília.[4] Foi Presidente da Loterj de fevereiro de 2001 a janeiro de 2003, sendo responsável pela administração, gerenciamento e fiscalização do jogo no estado.[2][4]
No governo federal
editarSendo próximo de José Dirceu desde a época das investigações que levaram ao impeachment de Collor, Diniz foi nomeado Subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República a partir de 1º de janeiro de 2003, tornando-se um homem de confiança do então ministro da Casa Civil José Dirceu durante o primeiro mandato de Lula.[2]
O Caso Waldomiro Diniz e a condenação
editarEm 13 de fevereiro de 2004, a revista Época (datado no dia 16 de fevereiro), publicou uma reportagem-denúncia revelando que o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, era extorquido por Diniz.[2] A revelação coincidiu com o 24° aniversário do PT bem como a 300ª edição da revista.
A reação do governo foi rápida: Diniz foi exonerado no mesmo dia e alegou que os fatos decorreram apenas em 2002, já que atuava como presidente da Loterj.[5] No entanto, no dia 20 de fevereiro, a mesma revista Época (datado no dia 23 de fevereiro) publicou outra reportagem-denúncia revelando que Diniz manteve encontros com Cachoeira no ano seguinte (2003), já integrante do governo Lula.[6] A nova revelação levou à medida provisória (MP) que proibiu os bingos no País no mesmo dia.
O escândalo tornou-se a primeira crise política do governo Lula, durante 2004.[7] Esse fato incluiu-se ao escândalo do Mensalão.[8]
As revelações enfraqueceram no governo a posição de José Dirceu, o qual afastou-se de Diniz após o escândalo.
Em 1º de março de 2012, Diniz foi condenado pela Justiça estadual do Rio de Janeiro a 12 anos de reclusão além de multa por corrupção passiva e ativa.[9]
Referências
- ↑ 11 de julho de 2011. «Procuradoria denuncia Waldomiro Diniz por crimes tributários». Folha.com. Consultado em 1 de maio de 2012
- ↑ a b c d ANDREI MEIRELES E GUSTAVO KRIEGER (16 de fevereiro de 2004). «Bicho na campanha». Época. Consultado em 10 de outubro de 2017
- ↑ «O PT na berlinda, Entenda o caso Waldomiro Diniz». Uol Educação. Consultado em 1 de maio de 2012
- ↑ a b c «Waldomiro morou com ministro, de quem é amigo há 12 anos». Folha de S.Paulo. 14 de fevereiro de 2004. Consultado em 14 de abril de 2020
- ↑ Liz Batista (3 de fevereiro de 2014). «Escândalo Waldomiro Diniz completa 10 anos». Acervo Estadão. Consultado em 16 de fevereiro de 2017
- ↑ ANDREI MEIRELLES E DIEGO ESCOSTEGUY (23 de fevereiro de 2004). «Waldomiro Diniz, versão 2003». Época. Consultado em 10 de outubro de 2017
- ↑ «2004: escândalo dos bingos é primeira crise política do governo Lula». CBN. Globo.com. 5 de fevereiro de 2016. Consultado em 16 de fevereiro de 2017
- ↑ «Dos bingos ao STF, saiba a ligação de Cachoeira com o mensalão». Terra. 2 de agosto de 2012. Consultado em 16 de fevereiro de 2017
- ↑ Folha de S.Paulo (1 de Março de 2012). «Justiça do Rio condena Waldomiro Diniz por corrupção»