Walter Gulle Oesau (Farnewinkel, 28 de junho de 1913Sankt Vith, 11 de maio de 1944) foi um piloto alemão durante a Segunda Guerra Mundial tendo atingido um total de 127 vitórias confirmadas.[1][2]

Walter Oesau

Conhecido(a) por "Gulle"
Nascimento 28 de junho de 1913
Farnewinkel, Reino da Prússia, Império Alemão
Morte 11 de maio de 1944 (30 anos)
Sankt Vith, Bélgica.
50° 16′ N, 6° 07′ L
Nacionalidade alemão
Serviço militar
País Alemanha Nazista Alemanha Nazista
Serviço  Luftwaffe
Anos de serviço 1933–1944
Patente Oberst (postumamente)
Unidades Legião Condor, JG 1, JG 2, JG 51, J/88
Comando III./JG 3, III./JG 51, JG 2, Jagdfliegerführer Bretagne, JG 1
Conflitos Guerra Civil Espanhola
Segunda Guerra Mundial
Condecorações Espadas da Cruz de Cavaleiro
Assinatura
Assinatura de Walter Oesau

Se alistou para o Exército em 1933 onde serviu num Regimento de Infantaria. No ano de 1934 ele havia sido promovido para Fahnenjunker e estava recebendo treinamentos para voo na Deutschen Verkehrsfliegerschule. Ao completar o seu treinamento de piloto, foi enviado para a Jagdgeschwader “Richtofen”.[2]

Leutnant Oesau era um dos primeiros pilotos de caça a entrar na J/88 na Espanha, em abril de 1938. Ele serviu com a 3. J/88 e obteve 9 vitórias aéreas. Acabou se tornando um dos 27 recebedores da Cruz Espanhola em Ouro e Diamantes (em alemão: Spanienkreuz in Gold mit Brillanten). Ele também havia se ferido durante esta campanha e foi condecorado com o Badge de Feridos Espanhol.[2]

Em 1 de março de 1939, Oesau entrou para o Stabsschwarm do I./JG 2. Em 15 de julho, Oberleutnant Oesau foi designado Staffelkapitän da 1./JG 20 que foi em seguida redesignado 7./JG 51. Oesau registrou a sua primeira vitória na Segunda Guerra Mundial no dia 13 de maio de 1940.[2]

Ele encerrou a Campanha Francesa com um saldo de 5 vitórias. Em 18 de agosto de 1940 ele se tornou o quinto piloto da Luftwaffe a atingir a marca das 20 vitórias na Segunda Guerra Mundial, sendo condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro (em alemão: Ritterkreuz). Em 25 de agosto de 1940, o então Hauptmann Oesau foi designado Gruppenkommandeur da III./JG 51. Logo após, em 11 de novembro de 1940, Oesau foi apontado como Gruppenkommandeur da III./JG 3.[2]

Ele liderou o Gruppe para a Frente Oriental no início da Operação Barbarossa. Atingiu a sua 40ª vitória em 5 de fevereiro de 1941. Em 6 de fevereiro, ele foi condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro com Folhas de Carvalho (em alemão: Eichenlaub) (Nr 9). No dia 30 de junho, ele chegou a sua 50ª vitória.[2]

No dia 10 de julho de 1941 ele abateu cinco aeronaves inimigas, sendo estas as suas vitórias de 64 a 68. A sua 70ª vitória veio em 11 de julho e a 80ª em 17 de julho. Em 15 de julho as suas vitórias chegaram a 80 e se tornou o terceiro soldado a ser condecorado com as Espadas da Cruz de Cavaleiro (em alemão: Schwertern).[2]

No final de julho de 1941 ele foi retirado da Frente Ocidental para assumir o comando da JG 2. Atingiu a sua 100ª vitória em 26 de outubro, sendo o terceiro piloto da Luftwaffe a chegar a esta marca. Ele foi proibido de voar em missões de combate, já que não queriam arriscar em perder as suas experiências de combate e qualidades de líder.[2]

Em 12 de novembro de 1943, Oberst Oesau retornou para o combate quando foi designado Kommodore da JG 1 após a morte do Oberst Hans Philipp (206 vitórias, RK-S). Ele adicionou 14 vitórias contra as formações de bombardeiros quadrimotores B-17 e B-24 da USAAF.[2]

Em 11 de maio de 1944, Oesau liderou três aeronaves de seu Stabsschwarm, saindo de Paderborn para interceptar os bombardeiros aliados ao Nordeste da Bélgica e Luxemburgo. Durante o ataque aos bombardeiros, ele foi seguido pela escola de P-38. No combate que se seguiu, foi abatido e morreu em seu Bf 109 G-6/AS (W.Nr. 20 601) “Grün 13” próximo de St Vith.[2]

Anos mais tarde o Major Grasser relembrou o fato:

"Eu estava com Oesau em sua última missão, quando foi abatido perto de Aachen. Naquele dia, ele tentou despistar a escolta dos Boeings. Mas foi seguido por dois Mustangs e vários Lightnings. No entanto, ele não pôde fazer nada e nós também não. Desta forma, perdemos nosso melhor homem."[2]

“Gulle” Oesau atingiu 127 vitórias em pouco mais de 300 missões de combate. Dentre estas, 9 vitórias foram durante a Guerra Civil Espanhola, 74 foram na Frente Ocidental, incluindo 14 bombardeiros quadrimotores tendo abatido em toda a guerra 38 Spitfires(um B-17 como engültige Vernichtung) e 44 na Frente Oriental.[2]

Sumário da carreira

editar

Condecorações

editar

Promoções

editar
  • outubro de 1933 – Soldado alistado[10]
  • 1934 – Fahnenjunker[10]
  • 20 de abril de 1937 – Leutnant (segundo-tenente)[11]
  • 15 de julho de 1939 – Oberleutnant (primeiro-tenente)[10]
  • 19 de julho de 1940 – Hauptmann (capitão)[11][12]
  • 20 de julho de 1941 – Major (major)[13]
  • 1 de fevereiro de 1943 – Oberstleutnant (tenente-coronel)
  • 1 de maio de 1944, postumamente – Oberst (coronel)[14]

Comandos

editar

Precedido por
Hauptmann Hannes Trautloft
Comandante do III/JG 51[2]
25 de agosto de 1940
Sucedido por
Hauptmann Richard Leppla
Precedido por
Hauptmann Wilhelm Balthasar
Comandante do III/JG 3[2]
11 de novembro de 1940 – 28 de julho de 1941
Sucedido por
Hauptmann Werner Andres
Precedido por
Major Wilhelm Balthasar
Comandante da Jagdgeschwader 2[2]
20 de julho de 1941 – 1 de julho de 1943
Sucedido por
Major Egon Mayer
Precedido por
Major Hermann Graf
Comandante da Jagdgeschwader 1[2]
12 de novembro de 1943 – 11 de maio de 1944
Sucedido por
Major Heinrich Bär
  1. De acordo com Scherzer em 16 de julho de 1941.[6]

Referências

  1. «Luftwaffe 39-45». Walter Oesau. Consultado em 24 de fevereiro de 2009 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p «Ases ad Luftwaffe». Walter Oesau. Consultado em 24 de fevereiro de 2009 
  3. a b c d e Berger 1999, p. 255.
  4. a b Thomas 1998, p. 130.
  5. Patzwall & Scherzer 2001, p. 336.
  6. a b c Scherzer 2007, p. 576.
  7. Fellgiebel 2000, p. 329.
  8. Fellgiebel 2000, p. 54.
  9. Fellgiebel 2000, p. 39.
  10. a b c Williamson & Bujeiro 2004, pp. 30–31.
  11. a b Weal 1999, pp. 70–71.
  12. Weal 2006, pp. 15–25.
  13. Stockert 1996, p. 66.
  14. Stockert 1996, p. 68.

Bibliografia

editar