Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Abutiu
O cão egípcio Abuwtiyuw (IPA: ʔ-bwit-ʔew), também transcrito como Abutiu (morreu antes de 2280 a.C.), foi um dos primeiros animais domésticos documentados cujo nome é conhecido. Acredita-se ter sido um cão de guarda real que viveu na Sexta Dinastia (2345-2181 a.C.), e recebeu um elaborado enterro cerimonial na Necrópole de Gizé a mando de um faraó cujo nome é desconhecido.
Uma pedra inscrita listando os presentes ofertados pelo faraó para o funeral de Abutiu foi descoberta pelo egiptólogo George A. Reisner em outubro de 1935. Aparentemente o material era parte do spolia incorporado na estrutura de uma mastaba (túmulo faraônico) da Sexta Dinastia, após a demolição da capela funerária do dono de Abutiu, onde a pedra provavelmente tinha sido originalmente instalada. A tabuleta de calcário branco mede 54,2 × 28,2 × 23,2 centímetros. A inscrição é composta de dez fileiras verticais de hieróglifos, separadas uma a uma por linhas verticais.
O Abutiu parece ter sido um cão de caça de corpo esbelto semelhante a um galgo inglês, com orelhas eretas e uma cauda encaracolada, provavelmente um tesem, umas das mais antigas raças de cachorro. O túmulo em que sua tabuleta foi descoberta está no Cemitério G 2100 no Campo Ocidental de Gizé, próximo do lado oeste da Grande Pirâmide de Gizé (Pirâmide de Quéops). (leia mais...)