Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Ara martinicus
Ara martinicus é uma espécie hipotética extinta de arara que pode ter sido endêmica da ilha Martinica, no Caribe. Foi nomeada cientificamente por Walter Rothschild em 1905, com base apenas numa breve descrição da década de 1630 feita pelo padre francês Jacques Bouton. O religioso mencionou araras de cor "azul e laranja". Nenhuma outra evidência concreta da existência da espécie é conhecida, mas ela pode ter sido retratada em antigas obras de arte, como em dois quadros do século XVII, pintados pelo holandês Roelant Savery. O que realmente o padre Bouton observou permanece um mistério e várias hipóteses foram levantadas. Alguns autores acham que o que ele viu em Martinica foram araras-canindé cativas oriundas da América do Sul.
Um outro documento antigo, escrito em 1658 por Charles de Rochefort, faz menção a uma arara de plumagem azul e amarela, porém com a cauda vermelha. Rothschild, no início do século XIX, cunhou os termos Anodorhynchus coeruleus, e depois Ara erythrura, para esta ave. Não se sabe ao certo onde ela foi vista originalmente. O próprio Rothschild acreditou a princípio que era da Jamaica, mas depois admitiu que sua proveniência era incerta. O ornitólogo James Greenway afirmou que o relato de Rochefort era problemático pois ele nunca esteve na Jamaica e que sua descrição pode ter sido baseada noutra mais antiga de Jean-Baptiste Du Tertre. Atualmente se considera que esta arara é idêntica a Ara martinicus, se é que realmente alguma vez existiu.
A ave é uma das treze espécies de araras que os especialistas acreditam ter habitado as ilhas do Caribe. Todas elas foram extintas. Muitas destas espécies são atualmente consideradas duvidosas (ou hipotéticas) pois a maioria foi descrita com base apenas em relatos antigos. (leia mais...)