Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Suicídio por queima de carvão
O suicídio por queima de carvão consiste na inalação dos gases emitidos pela queima de carvão em lugares fechados por um indivíduo com intuito de cometer suicídio. O mecanismo por trás de seu funcionamento está ligado à associação do monóxido de carbono (CO) à hemoglobina, formando o complexo carboxiemoglobina, que por sua vez compromete o transporte de oxigênio e resulta em morte por hipóxia cerebral. É visto como um método "fácil, letal e indolor"; entretanto, pode ocasionar danos físicos e cerebrais permanentes àqueles resgatados ainda com vida.
Embora haja registros de sua prática desde o século XIX, foi apenas após ser noticiado extensivamente pela mídia asiática durante a crise financeira de 1997 que passou a ter exponencial popularidade, principalmente em Taiwan, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Singapura e China. O método é sobretudo praticado por homens, pessoas entre 25 e 54 anos, desempregados, ou por indivíduos sem histórico de aconselhamento psicológico e transtornos mentais diagnosticados. Há várias medidas e recomendações adotadas pela mídia e por governos de países asiáticos para coibir sua prática, dentre elas divulgar mais responsavelmente casos de suicídio e limitar o acesso livre a carvão em supermercados e lojas de conveniência.
À medida que o carvão queima, a concentração de monóxido de carbono (CO) no ar aumenta. Graças à sua toxicidade — e não por causa da exaustão de oxigênio, como muitos pensam —, concentrações de cerca de 0,1% no ar em um espaço confinado são fatais se inaladas por um longo período de tempo. A combustão incompleta do carbono produz o CO, que une-se rapidamente à hemoglobina, comprometendo o transporte de oxigênio dentro do organismo. Isto resulta em morte por hipóxia causada pela intoxicação aguda por monóxido de carbono. (leia mais...)