Ajuda:Página de testes/1

ACK

Ack é uma banda brasileira de punk rock e hardcore formada no Rio de Janeiro em 1994. Atualmente, a banda é composta por Fabio Seidl (baixo e vocal), Felipe Sad (guitarra e vocal), Raphael Erichsen (guitarra) e Pedro Paulo "PP" (bateria).

Ack: Felipe Sad, Raphael Erichsen, Fabio Seidl e PP.

História

Acknowledgments, o início

O Ack surgiu com o nome de Acknowledgments (Agradecimentos, em inglês) em meados da década de 1990. Após a dissolução da formação original da banda carioca de punk rock Cabeça, o baterista e fundador Bruno "Nhoca" Lucena, inspirado por bandas como Bad Religion e Descendents, decidiu criar uma banda de hardcore que cantasse em inglês.

Fabio Calunga, ex-colega de Nhoca no Cabeça, apresentou Bruno ao baixista e vocalista Fabio Seidl, que frequentava a mesma loja de discos que ele.

Seidl e Nhoca compuseram quatro músicas e recrutaram o guitarrista Renato Apae para gravar a primeira demo da banda, intitulada I Don’t Know, que incluía um cover de Dag Nasty ("Trying").

Apae deixou a banda logo após a gravação da demo e do primeiro show. Em seu lugar, entrou Tiago Cambará, o "Ti", amigo de Nhoca das pistas de skate do Rio.

Essa formação durou apenas alguns shows. Em uma apresentação no lendário Garage, o dono da casa, Fabio Costa, declarou que o nome da banda era muito complicado e, a partir daquele dia, só a chamaria de Ack. A ideia pegou.

No final de 1994, Nhoca mudou-se para a Califórnia, e Ti deixou a banda pouco depois. Com a demo em mãos, Fabio Seidl decidiu continuar com o projeto.

O recomeço

Em 1995, Seidl reconstruiu o Ack com outro ex-integrante do Cabeça, o guitarrista Johnny, além de seu amigo de infância, o guitarrista e vocalista Felipe Sad, e o baterista Gustavo Pessoa.

Com essa formação, a banda gravou mais duas demos: Ack-me (1995) e Grab The Bomb (1997), que incluiu a primeira música em português do grupo, Michael J. Fox, que se tornou um clássico do Ack.

Nesse período, a banda foi convidada a participar de um documentário e uma coletânea. O documentário, Dez Anos No Rock Carioca, de André Schutz, apresentava grupos da nova geração do Rio revisitando artistas dos anos 1980. O Ack apareceu sendo entrevistado e tocando uma versão de Pros Que Estão Em Casa, da banda Hojerizah, liderada por Toni Platão.

A coletânea, intitulada Garimpo, foi curada pela revista Underguide, lançada pela Paradoxx Music e produzida por Clemente Nascimento (líder dos Inocentes e guitarrista/vocalista da Plebe Rude).

O Ack começou a atrair um público cada vez maior para seus shows e recebeu críticas positivas da imprensa especializada no Brasil, como Rock Brigade, Rock Press e Dynamite, e nos Estados Unidos, em revistas como Flipside e Maximum Rockn’Roll.

Em 1997, o Ack foi convidado a abrir o show da lendária banda californiana NOFX, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. A apresentação entrou para a história por lotar não apenas a casa, mas também as ruas ao redor, com fãs que não conseguiram entrar mas ficaram ouvindo do lado de fora.

Na ocasião, o baixista e vocalista do NOFX, Fat Mike, usou uma camisa do Ack, e uma foto dele no show foi incluída no encarte do álbum The Decline, do NOFX.

Era o momento perfeito para o Ack gravar seu primeiro álbum.

Play, o álbum, selo próprio e nova formação

Diante da falta de interesse de gravadoras ou selos em bandas de punk rock no Rio, Fabio Seidl, Felipe Sad e o baixista do Carbona, Melvin Ribeiro, decidiram lançar seu próprio selo independente, a Traidores Records.

Pela Traidores, o Ack participou da coletânea T-Rex One, que reuniu bandas internacionais como Rhythm Collision (EUA), Lost Lyrics (Alemanha) e as brasileiras Carbona, Blind Pigs e White Frogs.

Logo após, a banda lançou seu primeiro álbum, Play, com 14 faixas, entre o final de 1997 e o início de 1998. A produção e mixagem ficaram a cargo de Florencia Saravia e Flavio Canetti.

O álbum contou com participações especiais de Bê Negão (Planet Hemp), Henrike e Mauro Tracco (Blind Pigs), e a capa foi ilustrada por Marco Donida (Matanza).

Logo após a gravação, o guitarrista Johnny anunciou sua saída e foi substituído por Raphael "Kindim" Erichsen, das bandas Essential Tension e Core Flakes, roadie do Ack, vizinho e amigo de infância de Sad e Seidl. Embora Johnny tenha gravado o disco, nas fotos de divulgação e no encarte, a banda já aparece com Kindim.

Impulsionado por faixas como Michael J. Fox, Where’s The Attitude, She Lost Control, Happy Song e Todo Mundo Contra Mim, Play teve excelente repercussão na mídia especializada e em grandes veículos como MTV, TV Cultura, Globo e Jornal do Brasil, além de programas de rádio e trilhas de programas de surf e skate por todo o país.

O álbum levou a banda a ser convidada para uma série de shows pelo Brasil, incluindo festivais como Expo Alternative (com Inocentes e Violeta de Outono), Super Demo (ao lado de Mundo Livre e Los Hermanos) e Rio Surf Rock Festival (com as bandas americanas Down By Law e Man... or Astroman?).

Anos 2000 e Granada Drive-In

Os anos 2000 começaram com o Ack em alta, realizando shows pelo Brasil e se apresentando em locais clássicos como Garage e Empório (Rio) e Hangar (São Paulo). A banda também abriu turnês de bandas internacionais como No Fun At All e Millencolin (Suécia), Attaque 77 (Argentina) e Seaweed (EUA).

Nesse período, o baterista Gustavo Pessoa deixou a banda e foi substituído temporariamente por João Saraiva (irmão de Florencia Saraiva, produtora do primeiro disco, e que já havia tocado com Fabio na banda Voz do Brazil), e depois em definitivo por Pedro Paulo "PP", que já havia tocado com Kindim no Core Flakes.

O Ack já havia composto diversas faixas que apareceram em coletâneas como Apocalipse 2000 (Tamborete Records, Brasil), além de lançamentos na Colômbia, Alemanha e EUA.

Em 2000, a banda voltou ao estúdio para gravar seu segundo álbum, Granada Drive-In, produzido por Flavio Canetti, que já havia trabalhado em Play, e lançado no ano seguinte pelo selo paulista Thirteen Records.

Diferentemente do primeiro álbum, que tinha a maioria das músicas em inglês, Granada Drive-In foi gravado com sete faixas em inglês e sete em português.

O álbum contou com participações especiais de artistas da cena, como André "Nervoso" Paixão (Beach Lizards, Autoramas), André "Tor" Tauil (Zumbis do Espaço), Diogo Ribeiro (Eight Microwave, Os Estudantes), Henrique Badke (Carbonas, Barneys), Kito Vilela (Eight Microwave, Invisibles, Jimmy & RATS), Marco Homobono (Kamundjangos) e Marco Manfrini (Claro Que Não, Os Estudantes).

Granada Drive-In foi lançado em 2001 no Cine Íris, no Rio de Janeiro, com lotação esgotada. O álbum rendeu dois clipes: Você Não Gosta de Música, produzido e dirigido por Daniel Seidl; e A Vida Continua, gravado na estrada e produzido pela própria banda.

Outras faixas de destaque foram Três Acordes, Um Amor, Uma Cerveja, Song 4 Gigs e All My Friends Are Falling In Love, escrita originalmente para o Carbona e que apareceu primeiro no segundo álbum do trio carioca, Back To Basics.

No entanto, o ano de 2000 trouxe mudanças. O guitarrista e vocalista Felipe Sad mudou-se do Rio para Curitiba, o que levou a banda a recrutar outro guitarrista, Felipe Guga, também ex-Core Flakes.

Sad nunca deixou a banda, mas, quando não podia tocar, Guga assumia a guitarra. Quando Sad estava presente, a banda passou a atuar como um quinteto, com três guitarristas.

Inflamável e os inimigos do fim

A distância geográfica fez com que o Ack priorizasse alguns shows e ficasse um tempo sem compor. Em 2003, a banda relançou o álbum Play em uma edição chamada Play 94-98, com uma nova capa e músicas das três demos que haviam ficado de fora do álbum original.

Em 2004, o Ack foi convidado a participar da trilha sonora do filme Ódiquê, dirigido por Felipe Joffily e estrelado por Cauã Reymond, Alinne Moraes e Cassia Kiss.

Quando a banda estava em pré-produção de seu terceiro álbum, o baixista e vocalista Fabio Seidl aceitou um convite para trabalhar em Portugal, o que colocou o futuro da banda em xeque.

Mesmo assim, o Ack finalizou o disco Inflamável, desta vez totalmente em português, produzido por Gabriel Zander (Noção de Nada, Zander) e lançado pela Navena Muzik, selo do guitarrista Raphael "Kindim" Erichsen e Victor Stephan, vocalista d’Os Estudantes.

O álbum contou com 13 músicas, com destaque para Desastre Emocional (que ganhou um clipe dirigido por Gustavo Pessoa, ex-baterista), Lugar Melhor e Combater. A banda ainda realizou shows de "despedida" no Teatro Odisseia (Rio) e no Hangar (São Paulo), além de abrir a turnê da banda argentina Boom Boom Kid.

No entanto, a palavra "despedida" está entre aspas por uma razão.

Das muitas voltas do Ack até Aurora, o EP

O Ack não aprendeu a dizer adeus aos palcos e iniciou uma tradição de shows de reunião nos finais de ano, quando os integrantes estavam no Rio, quase sempre na Audio Rebel.

Em 2024, trinta anos após a formação da banda e vinte anos após o lançamento de Inflamável, o Ack reuniu novas músicas e lançou o EP Aurora, com seis faixas. O disco foi produzido por Felipe Sad no seu Laje Estúdio, gravado à distância em Curitiba, São Paulo e Nova York, e mixado por Don Zientara (Fugazi, Down By Law, Dag Nasty, Bad Brains) no mítico Inner Ear Studio, em Washington, EUA.

O EP contou com a faixa Cabeça, dedicada à banda homônima e ao vocalista Fabio Calunga, que havia apresentado os integrantes da formação original e falecido alguns anos antes. A faixa teve participação de NoBru Pederneiras (ex-Cabeça e atual Planet Hemp) na guitarra e Rodrigo Lima (Dead Fish) em Som e Fúria Sob o Sol.

O álbum foi lançado com um show na Audio Rebel e foi bem recebido pela imprensa especializada. Mais tarde, no mesmo ano, a banda gravou mais uma faixa, Juventude, Adeus, uma versão de Lost Youth, dos Blind Pigs, que entrou na coletânea de 30 anos dos Porcos Cegos.

Referências:

https://open.spotify.com/artist/70HPyxWtFTBYBdIr4V0reT

https://www.letras.mus.br/ack-musicas/

https://www.letras.com.br/ack/biografia#google_vignette

https://www.letras.mus.br/ack-musicas/

https://www.radiorock.com.br/2024/04/08/ack-lanca-ep-com-participacao-de-rodrigo-lima-dead-fish-ouca-aurora/

https://popfantasma.com.br/ack-banda-punk-carioca-volta-apos-20-anos-com-ep-e-mini-turne/

https://whiplash.net/materias/news_696/360094-ack.html

https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2024/08/13/tenho-razoes-para-acreditar-que-as-pessoas-vao-continuar-preferindo-a-criatividade-humana-diz-diretor-global-de-desenvolvimento-criativo-da-meta.ghtml

https://www.rocknoticias.com.br/ack-lanca-ep-com-participacao-de-rodrigo-lima-do-dead-fish-ouca-aurora-87902.html

http://www.rockemgeral.com.br/2009/07/01/ack-2/

http://www.rockemgeral.com.br/2011/02/10/musicos-de-rock-se-convertem-em-diretores-de-cinema/

https://musicatotal.net/2024/04/09/ack-lanca-ep-com-participacao-de-rodrigo-lima-do-dead-fish-ouca-aurora/

https://www.radiorock.com.br/2024/03/06/apos-20-anos-ack-retorna-com-single-ao-lado-de-nobru-pederneiras-do-planet-hemp/

https://whiplash.net/materias/news_697/359186-ack.html

https://laboratoriopop.com.br/apos-20-anos-banda-ack-retorna-com-novo-single/

https://roadie-metal.com/ack-lanca-novo-single-cabeca-com-a-participacao-do-planet-hemp-nobru-pederneiras/

https://www.runrockmusic.com.br/noticias/cidade/1443931