Juazeiro
O juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.; Rhamnaceae), também conhecido por joá, laranjeira-de-vaqueiro, juá-fruta, juá e juá-espinho, é uma árvore típica do Semiárido brasileiro.[1]
Juazeiro | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Ziziphus joazeiro Mart. |
Seus frutos, do tamanho de uma cereja, são comestíveis e utilizados para fazer geleias, além de possuírem uma casca rica em saponina (usada para fazer sabão e produtos de limpeza para os dentes). São também utilizados na alimentação do gado na época seca.
Membro da família Rhamnaceae, é uma árvore, em seu ambiente natural de caatinga e cerrado, de médio porte, com ramos tortuosos protegidos por espinhos. Entretanto, a espécie se adapta bem a locais mais úmidos, onde se torna uma árvore elegante com cerca de 15 metros de altura. Suas folhas assemelham-se às folhas de canela, exceto pelo tom verde mais claro e consistência mais membranácea. Suas flores são pequenas, de cor creme, dando origem a frutos esféricos, também pequenos, de cor amarelada, doces, com uma semente em seu interior.
A árvore é reputada por diversas propriedades medicinais. Entre seus componentes químicos, destacam-se vitamina C, pó de juá, cafeína, ácido betulínico e saponinas (estas últimas consideradas tóxicas, se ingeridos em grandes quantidades).
História e utilização
editarO início da utilização do juazeiro foi com os povos indígenas da Caatinga, tendo importância tradicional. Atualmente, o povo Fulni-Ô, de Pernambuco, ainda usa essa planta na sua medicina tradicional e em suas construções, preservando conhecimentos milenares sobre o uso dessa planta.[2]
O extrato do juazeiro, o juá, é empregado na indústria farmacêutica em produtos cosméticos, dentre eles xampus e cremes, bem como em cremes dentais.
Sinonímia botânica: Ziziphus gardneri Reiss.
Referências
editar- ↑ «Juazeiro». Catalogue of Life. Species 2000: Leiden, the Netherlands. Consultado em 27 de setembro de 2023
- ↑ Da Silva, Valdelina A. (2003). «Etnobotânica dos índios Fulni-Ô». UFPE. Consultado em 28 de maio de 2024