Zona abissal ou abissopelágica é a camada da zona pelágica compreendida entre os 4.000 m de profundidade e o leito oceânico. Na biologia marinha, o termo se refere ao ecossistema situado na região mais profunda dos oceanos, ou planícies abissais, para além do assoalho oceânico, onde o leito oceânico situa-se a uma profundidade entre 7000 e 11000 metros,[1] onde a luz do Sol jamais chega e a pressão chega a atingir 76 MPa.

As camadas da zona pelágica.

Estas regiões representam 42% dos fundos oceânicos, habitat onde vivem poucos seres vivos, em razão da pobreza de nutrientes e baixa temperatura. Nessas regiões é que se situam as fossas abissais que são regiões mais profundas ainda.

Os seres vivos que habitam este ecossistema chamam-se seres abissais e são dotados de adaptações especiais àquele ambiente. A ordem de peixes Lophiiformes é um exemplo de organismos abissais. Nesse ambiente pouco conhecido, vivem na completa escuridão, animais geralmente pequenos, muitos deles luminosos.

Pesquisas nas zonas abissais

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Os seres humanos exploraram menos de 2% do fundo do oceano, e dezenas de novas espécies derivadas do mar profundo são descobertas com cada mergulho. O submarino DSV Alvin, de propriedade da Marinha dos Estados Unidos e operado pela Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) em Woods Hole, Massachusetts, exemplifica o tipo de embarcação usada para explorar águas profundas. Este Submarino de 16 toneladas pode suportar uma pressão extrema e é facilmente manobrável apesar do seu peso e tamanho.

A extrema diferença de Pressão entre o fundo do mar e a superfície torna quase impossível a sobrevivência da criatura na superfície; Isso dificulta a pesquisa em profundidade porque a maioria das informações úteis só podem ser encontradas enquanto as criaturas estão vivas. Desenvolvimentos recentes permitiram que os cientistas analisassem essas criaturas mais de perto e por mais tempo. Um biólogo marinho, Jeffery Drazen, explorou uma solução, uma armadilha de peixe pressurizada. Isso captura uma criatura de águas profundas e ajusta sua Pressão interna lentamente até o nível da Superfície quando a criatura é trazida para a Superfície, na esperança de que a criatura possa se ajustar.[2]

Outra equipe científica, da Universidade Pierre e Marie Curie, desenvolveu um dispositivo de captura conhecido como PERISCOP, que mantém a pressão da água à medida que a superfície, mantendo as amostras em um ambiente pressurizado durante a subida. Isso permite um estudo próximo na superfície sem quaisquer distúrbios de pressão que afetem a amostra.[3]

Ver também

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Referências

  1. “Breve caracterização do meio marinho” no site do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, Portugal Arquivado em 7 de dezembro de 2012, no Wayback Machine. acessado a 30 de junho de 2009
  2. «New Trap May Take Deep-Sea Fish Safely Out of the Dark». news.nationalgeographic.com. Consultado em 9 de agosto de 2017 
  3. «BBC NEWS | Science/Nature | Live fish caught at record depth». news.bbc.co.uk (em inglês). Consultado em 9 de agosto de 2017 
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