Álvaro Peres de Castro

Álvaro Peres de Castro (morto em Orgaz em 1240) foi um nobre cavaleiro castelhano, filho de Pedro Fernandes de Castro e de Jimena Gomes de Manzanedo, filha do conde Gomes Gonçalves de Manzanedo. Álvaro foi o primeiro marido da rainha de Portugal D. Mécia Lopes de Haro.

Enquanto jovem, Álvaro aprende as artes da guerra e torna-se cavaleiro, destacando-se na corte durante as guerras de Fernando III contra os mouros. Álvaro participou em várias campanhas contra os mouros no sul da actual Espanha, para lá dos dominios de Castela e Leão, e foi peça importante do jogo de poder militar do monarca na região de Andaluzia.

O seu primeiro matrimónio concretizou-se com a condessa de Urgel, a qual repudia entre 1225 e 1228 por não lhe ter originado descendência.

Por volta de 1227, D. Álvaro foi imcumbido da missão de medianeiro da trégua que se pactuara entre o monarca e os mouros, que libertariam 300 cristão. Entre eles estava outro nobre cavaleiro, o senhor de Biscaia, Lope Díaz de Haro Cabeza Brava[1], juntamente com a sua jovem filha, D. Mécia.[2] D. Álvaro depressa se interessou pela jovem e a presença do filho de D. Sancho I de Portugal, enciumara-o, o que fez com que desposasse D. Mécia, talvez ainda no mesmo ano.

Em Córdova, depois da conquista da cidade, o monarca regressa a Toledo e deixa D. Álvaro no comando militar dos arrabaldes do distrito.[3] O abandono a que se botou a agricultura devido à guerra, a fome e as consecutivas doenças que surgiram naquele território levaram-no a procurar o rei, deixando a esposa no seu forte de Martos, hoje na Andaluzia. O rei cedeu-lhe votos de vice-rei, além de dinheiro e mantimentos para o regresso.[4]

Contudo, devido à inexperiência do seu sobrinho, o forte é assaltado, mas D. Mécia junta as suas damas e criadas, arma-as e juntam-se nas ameias do castelo para o defender, o que confundiu o líder mouro que os atacava. Este foi prontamente dominado pelos cavaleiros do sobrinho e de outro esquadrão que se juntou.

Ao saber da notícia D. Álvaro pôs-se a caminho da Andaluzia, falecendo por doença no caminho.[5]

Ver também

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Referências

  1. SERRÃO, Joaquim Veríssimo, História de Portugal, t. I, Editorial Verbo
  2. LA FIGANIÈRE, Frederico Francisco de, Memorias das rainhas de Portugal, p. 85, Typographia universal, 1859
  3. LAFUENTE, História de España, T. 5
  4. LA FIGANIÈRE, Frederico Francisco de, Memorias das rainhas de Portugal, p. 86, Typographia universal, 1859
  5. LA FIGANIÈRE, Frederico Francisco de, Memorias das rainhas de Portugal, p. 87, Typographia universal, 1859